As ações da PRIO figuravam entre as maiores altas percentuais do Ibovespa desde a manhã desta segunda-feira, após analistas do Itaú BBA projetarem um resultado recorde para a companhia no primeiro trimestre.
Por volta de 14h45, as ON da PRIO subiam 3,44%, a R$35,17, após tocarem máxima diária de R$35,27 mais cedo. No mesmo horário, o Ibovespa recuava 0,44%, e ações de companhias independentes de óleo e gás como a Enauta e a 3R também operavam em território negativo.
A equipe do Itaú BBA, liderada por Monique Greco, disse que o balanço da PRIO (BOV:PRIO3) entre janeiro e março deve ser beneficiado por uma maior produção e pelo aumento das vendas depois de uma opção por armazenar barris no trimestre anterior, à espera de melhores preços.
A receita da maior petroleira independente do Brasil, deve ser impulsionada pelo aumento de 218% nas vendas trimestre a trimestre, sendo estimada em US$ 566 milhões pelo BBA, devido à negociação de todo estoque de petróleo que estava nas Ilhas Virgens americanas, segundo o relatório.
Segundo os analistas, “como resultado, esperamos um EBITDA recorde histórico para a PRIO no primeiro trimestre, de US$370 milhões”, o que representaria avanço de 71,8% na comparação anual e salto de 124% ante o trimestre anterior.
O lucro líquido da PRIO projetado pela equipe é de US$ 209 milhões entre janeiro e março, com aumento de 2,2% na comparação anual e elevação de 18,7% frente aos três meses anteriores.
“Destacamos que os resultados deste trimestre estão parcialmente afetados pela taxa de exportação de 9,2% sobre o petróleo bruto, que entrou em vigor em 1 de março”, destacou o time do banco.
Os custos, no entanto, devem voltar a cair à medida que a empresa invista na revitalização do ativo, segundo os analistas. O ponto negativo no balanço da PRIO deve ser o custo de extração, que caminha para interromper a trajetória de queda devido à incorporação do campo de Albacora Leste à carteira da companhia, em janeiro.
Os papéis da PRIO lideram entre companhias de óleo e gás em termos de valorização nos últimos 12 meses, com ganhos de 43% no valor de suas ações, contra quase 38% da segunda colocada, a PN da Petrobras.
O desempenho é melhor que o de rivais independentes, mas perde para a Petrobras, cujas ações PN sobem mais de 10% de janeiro a abril. No acumulado do ano, porém, as ON da PRIO caem 5,67%.
O Itaú BBA tem preço-alvo de R$ 58,00 para as ações da PRIO no final de 2023. A Genial Investimentos, que colocou a empresa como favorita no setor de óleo e gás, tem alvo de R$60 e recomendação de “compra”.