A arrecadação total das Receitas Federais atingiu, em março de 2023, o valor de R$ 171.056 milhões, registrando decréscimo real (IPCA) de 0,42% em relação a março de 2022. No período acumulado de janeiro a março de 2023, a arrecadação alcançou o valor de R$ 581.795 milhões, representando um acréscimo pelo IPCA de 0,72%.
Esse é o melhor desempenho arrecadatório para o trimestre desde 2000.
Os dados foram divulgados nesta terça-feira (25) pela Receita Federal do Brasil (RFB).
Nos números atualizados pela inflação, o resultado de março foi o segundo melhor para o mês em toda a série histórica, com início em 1995, ficando atrás somente de março de 2022.
Sem correção inflacionária, a arrecadação mostrou alta de 4,21% em março.
Considerando somente as receitas administradas pela RFB, houve queda real de 0,07% no mês passado, somando R$ 165,919 bilhões. A alta nominal foi de 4,58%.
Já a receita própria de outros órgãos federais (onde estão os dados de royalties de petróleo, por exemplo) foi de R$ 5,137 bilhões no mês passado, queda real de 10,70%. Em termos nominais, essas receitas caíram 6,55%.
Desonerações
O governo federal deixou de arrecadar R$ 12,389 bilhões em março por causa de desonerações tributárias. Em março de 2022, a renúncia foi de R$ 6,434.
As fontes de renúncia do governo federal no mês passado foram: Imposto sobre Produtos Industrializados (R$ 1,9 bilhões); PIS/Cofins sobre combustíveis (R$ 3,750 bilhões); folha de salários (R$ 736 milhões); planos de saúde (R$ 265 milhões); tributação de participação de lucros e resultados (R$ 261 milhões); depreciação acelerada de bens de capital (R$ 187 milhões); outros, no qual entra o Simples Nacional (R$ 4,422 bilhões).