O serviço de carona Careem, de propriedade da Uber (NYSE:UBER), anunciou na segunda-feira (10) uma divisão com grande apoio de uma nova fonte, bem como de sua empresa controladora.

A Uber também é negociada na B3 através do ticker (BOV:U1BE34).

A holding de tecnologia com sede em Abu Dhabi e&, anteriormente Etisalat, assinou um acordo vinculativo com a Uber Technologies para adquirir uma participação majoritária de 50,03% na spinout – que será conhecida como Careem Technologies – com um investimento de US$ 400 milhões.

O negócio de carona da Careem permanece totalmente de propriedade da Uber, que a adquiriu por US $ 3,1 bilhões em 2019. A participação da Uber na divisão não foi divulgada.

A Careem Technologies se concentrará no crescimento do “superaplicativo” da empresa, que oferece dezenas de serviços além do passeio em um único aplicativo. Alguns desses serviços incluem entrega de supermercado Careem Quik em 15 minutos ou menos, entrega de comida, reserva de teste de PCR, pagamentos digitais e transferências de remessas, aluguel de bicicletas, serviços de lavanderia e limpeza e reserva de ingressos para eventos.

“Os serviços que não são de passeio que são de propriedade e operados pela Careem hoje serão de propriedade e operados pela Careem Technologies no futuro”, disse um porta-voz da Careem. Os serviços oferecidos por parceiros terceirizados, como o serviço de lavanderia Washmen ou o mercado de eventos Tikety, continuarão sendo operados por esses terceiros.

Careem enfatizou o papel duradouro do Uber na nova entidade. “O Uber continuará a ter participação acionária na divisão, mas a divisão será independente com uma estrutura de propriedade diferente”, disse o porta-voz.

Questionado sobre a necessidade da criação de uma entidade independente, o porta-voz explicou que o fato de o Uber ser uma empresa de capital aberto significava que havia restrições sobre como novos investimentos poderiam entrar.

Com o investimento de quase meio bilhão de dólares e a participação majoritária na Careem Technologies da e&, bem como o suporte contínuo da Uber, a Careem diz estar confiante sobre o crescimento de suas metas de superaplicativo daqui para frente.

“Estou emocionado em fazer parceria com a Careem e dar as boas-vindas à e&, à medida que desenvolvemos o super aplicativo Careem para oferecer mais serviços a milhões de pessoas nesta parte do mundo em rápida evolução”, disse o CEO da Uber, Dara Khosrowshahi, em comunicado.

Careem opera em mais de 80 cidades e 10 países, de acordo com seu site. Fundada em 2012 em Dubai pelos cofundadores Mudassir Sheikha e Magnus Olsson, a empresa cresceu de uma empresa de compartilhamento de viagens com sede em Dubai para uma plataforma “Super App”, usada em todo o Oriente Médio, do Marrocos ao Paquistão.

Para a e&, o investimento faz parte de uma estratégia mais ampla de expansão do que antes era uma empresa de telecomunicações para um grupo global maior de tecnologia e investimentos. O CEO da e&, Hatem Dowidar, disse em março de 2022 que as empresas de telecomunicações, incluindo a antecessora da e& Etisalat, “precisam sair do modelo tradicional de telecomunicações e subir na cadeia de valor”.

“Vimos como os gigantes da tecnologia cresceram. Agora olhamos para seus valores de mercado e os retornos que oferecem e sentimos inveja”, disse Dowidar na época.

Ter uma participação majoritária na Careem Technologies parece estar de acordo com o objetivo da empresa de aumentar e dimensionar suas ofertas digitais ao consumidor.

“A e& está investindo US$ 400 milhões para se tornar acionista majoritário do Super App da Careem, juntamente com a Uber e os três cofundadores da Careem”, disse um comunicado da e&. O investimento acelerará significativamente a meta da Careem de criar “o primeiro ‘aplicativo completo’ para clientes em todo o Oriente Médio”, escreveu a empresa.

A Careem, com sede em Dubai, “espera sinergias significativas com a e& e antecipa os benefícios da grande base de clientes da e&”, bem como sua experiência em escalar negócios de tecnologia em uma área geográfica que ambas as empresas compartilham, acrescentou.

Com informações de CNBC