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Petrobras: caso de assédio na estatal é denunciado pelo MP

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A denúncia de um empregado da Petrobras por assédio sexual no fim de março trouxe à tona uma série de relatos de petroleiras que afirmam terem sido assediadas, levando a direção da estatal a anunciar um grupo de trabalho para rever a maneira como lida com o tema.

Nos relatos, as mulheres dizem ter passado por situações de assédio por superiores ou outros colegas de trabalho, em alguns casos durante os períodos embarcados em plataformas de produção.

Em um deles, uma empregada diz que tinha que fechar a porta com uma cadeira para evitar a entrada de homens nos quartos. Ela diz também que uma amiga encontrou um colega mexendo em suas calcinhas.

Outra diz ter sido agarrada por um gerente quando voltavam juntos de uma festa. Em outro relato, uma mulher afirma que a chefia deixou de agir quando uma recepcionista teve o seio apalpado por um funcionário.

Os casos vieram a público depois que o Ministério Público do Rio de Janeiro denunciou um empregado do Cenpes (Centro de Pesquisas da Petrobras) por assédio e importunação sexual contra uma mulher que prestava serviços à estatal.

De acordo com a denúncia, ele se aproveitava de ter cargo hierárquico superior ao da vítima e costumava exibir seu crachá e “passava a constrangê-la de forma insistente, mesmo com a sua recusa”. Por três vezes, teria esfregado seu pênis nas nádegas da vítima, diz a Promotoria.

A denúncia foi feita no dia 22 de março. Neste sábado (1º), após o surgimento de novos relatos, o presidente da Petrobras (BOV:PETR3) (BOV:PETR4), Jean Paul Prates, convocou uma reunião com gerentes da empresa para debater o problema.

Ele prometeu que denúncias internas “terão garantias de não retaliação, proteção da privacidade das vítimas, investigação rigorosa e aplicação de sanções quando for o caso”. “Não toleraremos nenhum tipo de violência”, afirmou, em carta aos empregados.

A FUP (Federação Única dos Petroleiros) divulgou nesta segunda (3) comunicado cobrando a direção da estatal. “Não adianta a empresa fazer campanha para incentivar a denúncia se ela própria não lida de forma sensata com a situação”, diz a diretora da federação Cibele Vieira.

“Quando uma mulher denuncia um abuso, seja físico ou emocional, ela tende a ser desacreditada pelas pessoas a sua volta”, acrescenta, no comunicado, a diretora do Sindicato dos Petroleiros do Norte Fluminense, Bárbara Bezerra.

“Eu mesma já passei por situações do tipo dentro da plataforma e a primeira pergunta que fizeram é se eu estava ‘paquerando’ alguém. É um desrespeito absurdo! Nós só queremos trabalhar em paz.”

Nesta segunda, a empresa anunciou a criação de um grupo para “rever os procedimentos internos de recebimento e tratamento das denúncias de assédio e importunação sexual contra mulheres”.

O trabalho será coordenado pela gerente executiva de SMS (Saúde Meio Ambiente e Segurança), Daniele Lomba, e terá que apresentar um diagnóstico e medidas emergenciais até o dia 20 de abril.

Em nota, a Petrobras diz que o empregado denunciado por assédio foi desligado da companhia. “Imediatamente após receber as denúncias, a Petrobras abriu uma apuração interna e adotou as medidas cabíveis dentro do âmbito administrativo”, afirma.

Petrobras cria grupo de trabalho para rever os procedimentos internos de recebimento e tratamento das denúncias de assédio 

A Petrobras criou um grupo de trabalho para rever os procedimentos internos de recebimento e tratamento das denúncias de assédio e importunação sexual contra mulheres. O grupo foi criado depois que acusações de assédio de chefes e abusos sexuais em um grupo de funcionárias no WhatsApp foram divulgadas.

As funcionárias relataram dezenas de episódios de assédio sexual cometido por colegas de trabalho e superiores hierárquicos quando estavam embarcadas em plataformas e também em outras unidades da empresa, como o Centro de Pesquisas (Cenpes).

As denúncias de assédio foram reveladas por Ancelmo Gois, colunista do jornal “O Globo”.

Após o caso vir à tona, a Petrobras fez reunião com gerentes executivos e o presidente da companhia disse que iria fortalecer as medidas de combate.
Segundo a empresa, os resultados do diagnóstico e as medidas imediatas serão apresentados até o dia 20 de abril.

Em comunicado, a Petrobras afirma que “não tolera qualquer tipo de assédio e violência contra mulher.” e que, “ao longo de toda a análise, serão revistos os processos de proteção às denunciantes e de aplicação de punições, assim como as atribuições das áreas que são responsáveis pela apuração das denúncias”.

Informações Folha e G1

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