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Suzano (SUZB3): lucro líquido de R$ 5,243 bilhões no 1T23, ações sobem

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A Suzano registrou um lucro líquido de R$ 5,243 bilhões no primeiro trimestre de 2023 (1T23), queda anual de 49%, mas praticamente em linha com o esperado pelo consenso Refinitiv, que apontava lucro de R$ 5,26 bilhões.

O menor lucro líquido em comparação ao 1T22, segundo a companhia, é explicado pela variação negativa no resultado financeiro, como resultado da desvalorização cambial sobre a dívida e sobre a marcação a mercado das operações com derivativos, parcialmente compensado pelo aumento no resultado operacional, por sua vez em função da elevação da receita líquida, a despeito do maior Custo de Produtos Vendidos (CPV) e maior despesas gerais e administrativas (SG&A).

A receita líquida foi de R$ 11,276 bilhões, com avanço anual de 16%. Já o lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (Ebitda, na sigla em inglês) ajustado foi de R$ 6,155 bilhões, com avanço de 20%.

ebitda – lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização – ajustado da Suzano subiu 20%, a R$ 6,16 bilhões, com margem Ebitda ajustado de 55%, puxado principalmente pelo preço médio líquido 13% maior da celulose em dólares, parcialmente compensado pelo aumento de custos (CPV).

As vendas de celulose da Suzano apresentaram queda na comparação com o trimestre anterior em função da sazonalidade do período, totalizando em 2.455 mil toneladas, uma redução de 11% em relação ao 4T22 e um aumento de 3% em relação ao 1T22. O preço líquido médio em USD da celulose comercializada pela Suzano foi de US$ 721/t, representando uma redução de 13% frente ao 4T22 e um aumento de 13% comparado ao 1T22. No mercado externo, o preço médio líquido realizado pela Companhia ficou em US$ 719/t, uma queda de 13% e aumento de 12% na mesma base comparativa.

O preço líquido médio em dólares da celulose comercializada pela Suzano foi de US$ 721 a tonelada (t), representando uma redução de 13% frente ao 4T22 e um aumento de 13% comparado ao 1T22. No mercado externo, o preço médio líquido realizado pela companhia ficou em US$ 719/t, uma queda de 13% e aumento de 12% na mesma base comparativa.

O preço líquido médio em reais foi de R$ 3.748/ton no 1T23, uma queda de 14% em relação ao 4T22, em função do cenário de preços mais desafiadores, sobretudo na China, apontou a companhia. Em relação ao 1T22, o aumento de 12% ocorreu principalmente em função do maior preço médio líquido em dólar no período.

A receita líquida de celulose teve queda de 23% em relação ao 4T22, em função do menor volume vendido (-11%), menor preço médio líquido em dólar (-13%) e da desvalorização do dólar médio frente ao real médio (-1%). Na comparação com o 1T22, o aumento de 15% se deveu ao maior preço médio líquido em dólar (+13%) e ao maior volume vendido (+3%), parcialmente compensado pela desvalorização do dólar médio frente ao BRL médio (-1%).

O custo caixa sem paradas do 1T23 foi de R$ 937/t, apresentando estabilidade em comparação com o 4T22 em decorrência: menores preços de insumos, sobretudo energéticos explicado por menores preços do gás natural, por sua vez correlacionado ao Brent; e menores custos de madeira, principalmente pelo menor raio médio e menor custo com diesel, parcialmente compensados pelo maior consumo de madeira nas fábricas de Aracruz, Mucuri e Três Lagoas em função de qualidade (maior sujidade e tempo pós corte), dado impacto de fortes chuvas no 4T22 nestas regiões; pela elevação do custo fixo em função do menor volume de produção, em decorrência dos efeitos já mencionados sobre a qualidade da madeira e maiores custos com manutenção; e pelo menor resultado com utilidades devido ao menor volume exportado e menor preço realizado.

As variações cambiais e monetárias aumentaram o resultado financeiro da Companhia em R$ 1.248 milhões como consequência da valorização de 3% do BRL frente ao USD de fechamento do 4T22, impactando a parcela da dívida em moeda estrangeira em R$ 1.511 milhões (US$ 11,631 milhões ao final do 1T23). Esse efeito foi parcialmente compensado pelo resultado negativo da variação cambial sobre outros itens do balanço em moeda estrangeira (R$ 263 milhões), com destaque para o impacto sobre a posição de caixa da Companhia (56% em USD ao final do 1T23). Importante ressaltar que o impacto contábil da variação cambial na dívida em moeda estrangeira tem efeito caixa somente nos respectivos vencimentos.

O resultado financeiro líquido foi positivo em R$ 2.470 milhões no 1T23, em comparação aos resultados positivos de R$ 2.000 milhões no 4T22 e de R$ 12.935 milhões no 1T22.

Os investimentos de capital (em regime caixa) totalizaram R$ 3.720 milhões. A redução de 28% em relação ao 4T22, ocorreu em função principalmente do menor investimento no Projeto Cerrado, além do menor desembolso na linha de manutenção, com destaque para a manutenção industrial devido à maior concentração de projetos executados no 4T22.

O investimento de capital relativo à plena execução do Projeto Cerrado foi revisado de R$ 19,3 bilhões para R$ 22,2 bilhões, dos quais R$ 15,9 bilhões referem-se ao investimento de capital industrial e R$ 6,3 bilhões relativos a investimentos florestais, logísticos e outros.

Em 31 de março de 2023, a dívida líquida era de R$ 55,2 bilhões (US$ 10,9 bilhões) versus R$ 57,1 bilhões (US$ 10,9 bilhões) observados em 31 de dezembro de 2022. A diminuição da dívida líquida em moeda nacional é explicada principalmente pelo impacto da variação cambial sobre o saldo de dívida em USD.

O índice de alavancagem financeira medido pela relação dívida líquida/EBITDA Ajustado em Reais ficou em 1,9x em 31 de março de 2023 (2,0x no 4T22). Esse mesmo indicador, apurado em USD (medida estabelecida na política financeira da Suzano), diminuiu para 1,9x em 31 de março de 2023 (2,0x no 4T22).

Os resultados da Suzano (BOV:SUZB3) referentes suas operações do primeiro trimestre de 2023 foram divulgados no dia 27/04/2023. Confira o Press Release completo!

Teleconferência

Ao comentar os resultados do primeiro trimestre de 2023 (1T23), divulgados na véspera, a Suzano (SUZB3) destacou o atual cenário para as commodities (atualmente sobre pressão) e a estratégia para lidar com os preços mais baixos. A empresa disse que não espera que o preço da celulose de fibra curta mude muito, permanecendo entre US$ 600 a US$ 620 a tonelada. Há fabricantes globais que esse valor já não cobre os custos de produção, mas não é o caso da empresa brasileira.

“Vamos manter estoques (de celulose) em níveis mais baixos. Acreditamos que o nível de preço que tem hoje está bem abaixo do custo marginal e isso não é sustentável por muito tempo”, disse Walter Schalka, CEO da Suzano, nesta sexta (28), durante teleconferência com analistas de mercado sobre os resultados da companhia.

“Nos volumes que temos, há geração de caixa positivo, mas algumas não dão retorno ideal do capital empregado. A gente vai monitorar de perto o mercado”, complementou o executivo. No atual trimestre, a empresa fará paradas para manutenção é já prevê redução de volume.

Leonardo Grimaldi, diretor-executivo Comercial de Celulose e Logística, disse que “a demanda por celulose ficou abaixo do esperado por conta do movimento posterior ao de “reestoque” (há um nível de estoque elevado na Europa), com volume sendo direcionado para a China, colocando mais pressão no mercado, onde a redução de preço foi mais intensa do que em outras regiões”.

O diretor não espera que o preço da celulose de fibra curta, negócio central da Suzano, mude muito, devendo oscilar entre US$ 600 e USS 620. “O cenário no segundo trimestre com menos estoque coloca a empresa numa situação mais confortável”, avalia. Mesmo com os preços baixos da celulose, a empresa destacou na teleconferência a margem Ebitda de 55% alcançada no 1T23.

Grimaldi aponta que a partir de março ocorreu um aumento de pedido da China da celulose por conta da recuperação das exportações de papel daquele país.

Analistas de mercado questionaram na teleconferência o projeto Cerrado, nova fábrica da Suzano em construção no Mato Grosso do Sul (com previsão de término em 2024), cujo capex foi revisado de R$ 19,3 bilhões para R$ 22,2 bilhões.

“Não temos nenhum tipo de estouro do projeto. Foram ajustes paramétricos de fórmulas que tivemos com nossos fornecedores, principalmente com relação à inflação”, tratou de dizer o CEO da empresa sobre o acréscimo de US$ 1,9 bilhão nesse item.

Ele explicou também que outra parte do valor (US$ 1,3 bilhão) está ligada a otimização de custo futuro, como planta química (ácido sulfúrico), equipamentos florestais e logística externa (equipamentos ferroviários e terminal de exportação).

“Apesar das condições desfavoráveis, o cenário de capex se mantém e estamos satisfeitos com projeto Cerrado, que vai deixar a empresa mais competitiva”, comentou Schalka no final da teleconferência.

Marcelo Bacci, CFO da Suzano, explicou que o guidance de capex para 2023 está mantido, com a diferença impactando somente em 2024. “Já demos um guidance ao mercado que estabelecemos um limite para a dívida líquida e não devemos ultrapassar US$ 12 bilhões”, disse. A dívida líquida está hoje em US$ 10,9 bilhões.

“Temos caixa suficiente para cobrir os vencimentos nos próximos quatro anos”, garantiu Bacci. “Não temos necessidade de refinanciar nada”, complementou. A companhia explicou ainda que o pico da alavancagem deve ocorrer pouco antes do início da operação do projeto Cerrado. A alavancagem da empresa hoje está em 1,9 vez.

⇒ Às 15h57 (horário de Brasília) desta sexta-feira (28), as ações SUZB3 subiam 3,5%, a R$ 39,34, em um dia positivo para o Ibovespa.

VISÃO DO MERCADO

Bradesco BBI

“A empresa também aumentou o capex em 2021, quando o capex era estimado em R$ 14,7 bilhões. Os R$ 2,9 bilhões adicionais serão pagos em 2024, sem mudanças no guidance para 2023”, diz Nipps. “A Suzano revisou seu Capex para Cerrado em 2024 com o ajuste da inflação e a decisão de diminuir os riscos operacionais com a execução certas partes do projeto que seriam adquiridas de terceiros”, diz o Bradesco BBI.

Bradesco BBI tem recomendação underperform com preço-alvo de R$ 54,00…

Goldman Sachs 

A Suzano, no primeiro trimestre, teve um preço médio de US$ 721 de celulose, número ainda acima daquilo registrado no fim de março, de US$ 599,8. Já o volume de celulose vendido caiu 11% frente ao quarto trimestre, a 2,45 milhões de toneladas. O Ebitda desta frente ficou em R$ 5,3 bilhões.

“O Ebitda da companhia foi fraco, mas em linha com estimativas consensuais, que foram recentemente revistas para baixo. Mas nós acreditamos que os lucros ainda irão se deteriorar significativamente a partir daqui, já que os preços spot na China estão 35% abaixo dos preços realizados no primeiro trimestre”, corroboram os especialistas do Goldman Sachs, chefiados por Marcio Farid.

No segmento de papel, a empresa também frustrou no quesito volumes. As vendas de 280 mil toneladas vieram com queda de 10% no trimestre, em parte por conta da sazonalidade, e o Ebitda recuou 9%, para R$ 818 milhões.

Goldman Sachs tem recomendação de venda com preço-alvo de R$ 48,00…

Itaú BBA

Os preços da celulose de fibra curta tocaram o menor patamar em dois anos nesta sexta-feira, em meio à expectativa de sobre oferta da commodity em descompasso com uma demanda mais fraca, o que levou analistas do Itaú BBA a reduzirem projeções para a Suzano, líder no setor.

O preço da celulose de fibra curta na China (BHKP) encerrou a semana a US$ 503,57 por tonelada, de acordo com levantamento do BTG Pactual. A cotação é a menor desde abril de 2021. Já a celulose de fibra longa (NBSK) atingiu o menor patamar desde meados do primeiro semestre do ano passado, a US$ 709,29 por tonelada.

O atual nível de preços já estaria abaixo do custo marginal de produção da fibra curta, estimado por consultorias globais entre US$ 560 e US$ 600 por tonelada. A partir desse ponto, é possível que algumas empresas reduzam o tamanho das operações, já que elas deixam de ser rentáveis.

Ontem, a Suzano divulgou o balanço do primeiro trimestre com recuo nas linhas de faturamento e lucro operacional, quando comparados ao final do ano passado.

“O contexto macroeconômico e os fundamentos do mercado de celulose mais desafiadores pressionaram a receita do trimestre. A queda do preço e dos volumes vendidos de celulose em relação ao trimestre anterior resultaram na redução do EBITDA ajustado neste segmento, na comparação com o quarto trimestre de 2022”, disse a companhia.

Maior produtora de celulose de eucalipto do mundo e uma das principais fornecedoras da fibra curta, a Suzano atribuiu a queda de preços da commodity à expectativa de uma maior oferta neste ano.

“Ainda que o volume oriundo dos novos projetos na América do Sul não estivesse fisicamente disponível nos mercados finais, a perspectiva de sua disponibilidade no curto prazo impactou o ambiente de negócios, sobretudo na China”, ressaltou.

Em entrevista recente à Mover, o analista do Itaú BBA Daniel Sasson disse que há uma expectativa de aumento de 3 milhões de toneladas na capacidade de produção de celulose de fibra curta até 2024, enquanto o consumo deve crescer de 1,0 milhão a 1,5 milhão de toneladas, em linha com a média histórica.

A própria Suzano está investindo no projeto Cerrado, tendo anunciado ontem um aumento na previsão de investimentos no ativo.

Analistas do Itaú BBA disseram em relatório hoje que a correção de preços na celulose deve reduzir o EBITDA esperado para a companhia em 2023 para R$ 18,9 bilhões, de R$ 24,5 bilhões anteriormente. Considerando também a revisão de orçamento de Cerrado, a equipe do banco cortou o preço-alvo das ações da companhia para R$ 51,00 por ação, de R$ 62,00 antes, embora mantendo recomendação de ‘compra’.

Itaú BBA mantém recomendação de compra e reduz preço-alvo de R$ 62,00 para R$ 51,00…

As ações ordinárias da Suzano e as units da Klabin caem, respectivamente, 22,42% e 8,48% no acumulado do ano. A Klabin divulgará resultados do primeiro trimestre em 3 de maio.

Morgan Stanley 

O Morgan Stanley acaba de mudar sua recomendação para a Suzano de neutra para equivalente à compra (underweight, exposição acima da média do mercado), com preço-alvo em R$ 50. Para os analistas da instituição americana, o recuo da ação, que acompanha o preço da celulose, abre uma boa oportunidade de entrada.

“O valuation atrativo oferece uma oportunidade, já que as expectativas foram reduzidas. (…) As ações caíram 25% nos últimos 12 meses, com desempenho inferior em média em 20 pontos percentuais aos pares da América Latina e 21 e 13 pontos, em relação aos mercados de ações da América Latina e do Brasil, respectivamente. Com um múltiplo de Ebitda [Lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização, na sigla em inglês] de 2024 em 5,5 vezes, está sendo negociada mais de 1 desvio padrão abaixo de sua média histórica, que é de 7,1 vezes”.

A equipe do Morgan, chefiada por Jens Spiess, ainda destaca que, a partir de agora, há um risco limitado de queda para a celulose, uma vez que o fundo do poço já foi atingido.

“De acordo com a FOEX, os preços de BEKP (fibra curta) da China caíram 42% dos máximos históricos observados no 4T22, de US$ 866 por tonelada para US$ 504, enquanto algumas fontes de notícias estão citando negociações com preços tão baixos quanto US$ 450. O preço agora está bem abaixo do custo marginal de produção da indústria de US$ 615 e de nossa previsão de preço a longo prazo de US$ 576”, debatem.

Para eles, os atuais níveis de preços devem incentivar cortes na oferta e demanda incremental de produtores de papel integrados de alto custo – para quem se torna mais rentável comprar no mercado aberto quando o preço cai abaixo do custo de produção de celulose.

“Vemos um potencial atrativo de valorização em relação ao nosso preço-alvo e um perfil de risco-retorno positivamente assimétrico. Onde podemos estar errados é em uma combinação de preços mais fracos de celulose e um real mais forte nos próximos meses em relação ao nosso caso-base poderia resultar em uma geração de fluxo de caixa menor do que modelamos”, completam.

XP Investimentos

“O Ebitda do segmento papel atingiu R$ 818 milhões, queda de 9% no trimestre mas alta de 46% ano, e 4% abaixo do nosso consenso, por conta dos volumes menores”, avalia Guilherme Nipps, analista da XP. “Os preços realizados foram o principal destaque do trimestre, com alta de 5%, embora os volumes tenham chamado a atenção, com queda de 17% trimestralmente, diminuindo tanto no mercado interno quanto no externo devido aos níveis de estoques normalizados internacionalmente e uma estratégia de vendas para recompor os estoques no Brasil”.

Os especialistas, por fim, não gostaram muito do aumento do Capex (investimento) para a planta de Cerrado, que saiu de R$ 19,3 bilhões para R$ 22,2 bilhões.

XP tem recomendação de compra com preço-alvo de R$ 72,90…

* Com informações da ADVFN, RI das empresas, Valor, Infomoney, Reuters

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