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Vale (VALE3): lucro líquido de US$ 1,837 bilhão no 1T23

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A Vale lucrou US$ 1,837 bilhão de forma líquida no primeiro trimestre de 2023 (1T23), queda de 58,8% na base de comparação com o 1T22. O consenso Refinitiv projetava um lucro de US$ 2,4 bilhões.

A Vale teve uma receita líquida de US$ 8,434 bilhões, queda anual de 22% e abaixo dos US$ 9,2 bilhões projetados.

Ebitda – juros, impostos, depreciação e amortização – ajustado das operações continuadas foi de US$ 3,576 bilhões, baixa de 42,5% na base anual e também abaixo dos US$ 4,3 bilhões projetados.

A mineradora explica a queda do Ebitda em função dos menores preços realizados de finos de minério de ferro e pelotas, menores vendas de finos de minério de ferro e maiores custos.

As reações iniciais do mercado ao resultado da Vale foram negativas. Às 19h59 (horário de Brasília), os ADRs (American Depositary Receipts, recibo de ações negociados nos EUA) VALE negociados na Bolsa de Nova York caíam 1,87%, a US$ 13,63, após chegarem a cair quase 3% logo após a divulgação do balanço.

Analistas projetavam que a mineradora traria resultados mais fracos na comparação trimestral – e em parte também na anual – por conta dos menores volumes vendidos e menor preço médio, que já tinham sido divulgados na previa operacional.

O fluxo de caixa livre das operações atingiu US$ 2.284 milhões no 1T23, representando 62% de conversão de caixa. A robusta conversão de caixa deve-se à variação positiva do capital de giro, amplamente explicada pelo forte recebimento das vendas do 4T22. Isso foi parcialmente compensado pela formação de estoques e desembolsos sazonais relacionados a distribuição de lucro no primeiro trimestre.

No volume de vendas, o resultado foi prejudicado pelas chuvas na região do terminal marítimo Ponta da Madeira, no Maranhão, que impediram a formação de pilhas de estoque. Já no preço médio, a Vale vendeu produtos com alto teor de sílica e menor quantidade do minério extraído de Carajás, visto como de melhor qualidade.

No 1T23, a Vale distribuiu US$ 1.795 milhões para os acionistas e recomprou US$ 763 milhões de ações. A posição de caixa e equivalentes de caixa diminuiu em US$ 80 milhões no trimestre.

O preço médio realizado nas vendas de finos de minério de ferro no primeiro trimestre deste ano ficou em US$ 108,6 por tonelada, contra US$ 141,4 por tonelada entre janeiro e março de 2022. Nas pelotas, o preço realizado nos três primeiros meses deste ano foi de US$ 162,5 por tonelada, contra US$ 194,6 por tonelada em igual período do ano passado.

O preço realizado de níquel no 1T23 aumentou em 14% a/a, apesar da média relativamente estável dos preços da LME.

O preço médio realizado de cobre foi US$ 9.465/t no trimestre, 13% menor a/a, devido principalmente aos menores preços da LME. O preço realizado foi 6% maior que a média de preço da LME para o trimestre (US$ 8.927/t) como resultado do efeito positivo dos mecanismos provisórios de preços (PPAs), uma vez que as faturas em aberto foram marcadas a menores preços no início do trimestre.

O preço médio realizado de níquel foi US$ 25.260/t no trimestre, um aumento de 14% a/a, principalmente, como resultado de maiores prêmios para produtos Classe I e o impacto positivo de hedge, com preço de strike médio atingindo US$ 34.929/t no trimestre. Isso foi parcialmente compensado pelo impacto negativo do (a) período cotacional devido à distribuição de vendas nos três meses anteriores, bem como as diferenças entre o preço LME no momento da venda e o preço médio LME, (b) vendas à preço fixo, e (c) maiores descontos para produtos Classe II.

O custo caixa C1 da Vale, excluindo compras de terceiros, aumentou US$ 4,9/t a/a, impulsionado principalmente por efeitos one-off de custo, incluindo a antecipação de atividades de manutenção, aproveitando o menor impacto nos volumes no primeiro trimestre, efeito negativo do mix de volumes, em função da menor produção do Sistema Norte, e consumo de estoques do trimestre anterior com custos mais elevados, maiores custos de mineração devido principalmente a maiores distâncias de transporte, em linha com o plano de lavra, pressões inflacionárias sobre diesel e materiais, e custos mais altos associados à implementação de nossa nova forma de operar, incluindo os custos de nossas plantas de filtragem de rejeitos que começaram a operar em 2022.

As despesas relacionadas a Brumadinho e descaracterização de barragens somaram US$ 111 milhões, uma redução de 30,6% frente a mesma etapa de 2022.

As despesas operacionais totais, por sua vez, atingiram o montante de US$ 600 milhões no 1T23, uma redução de 9,4% em relação ao mesmo trimestre de 2022.

O resultado financeiro líquido foi negativo em US$ 530 milhões no 1T23, ante perdas financeiras de US$ 242 milhões no 1T22.

  • Investimentos

A Vale investiu US$ 1,130 bilhão no primeiro trimestre de 2023, contra US$ 1,136 bilhão investido no mesmo trimestre do ano passado.

Os investimentos em projetos de crescimento em construção totalizaram US$ 326 milhões no 1T, estável a/a, impulsionados pelo progresso dos projetos Maximização Capanema e Briquetes Tubarão, parcialmente compensados por menores investimentos no projeto Sol do Cerrado após seu comissionamento em outubro de 2022.

Os investimentos de manutenção de nossas operações totalizaram US$ 804 milhões no 1T, estável a/a, impulsionados por maiores desembolsos de manutenção nas operações de minério de ferro, que foram compensados por menores investimentos em filtragem de rejeitos após o start-up de nossas quatro plantas.

  • Endividamento

A dívida bruta e arrendamentos totalizaram US$ 13,0 bilhões em 31 de março de 2023, ligeiramente maior t/t, principalmente, devido à emissão de US$ 300 milhões de dívida como parte da gestão de passivos da Vale.

A dívida líquida da companhia fechou o trimestre em US$ 8,226 bilhões, 3,9% a mais que os US$ 7,915 bilhões do fim do ano passado. A mineradora informou ainda que a dívida líquida expandida — que inclui obrigações pela reparação de Brumadinho e Refis, entre outros — fechou o trimestre em US$ 14,4 bilhões, dentro da meta de alavancagem da empresa, que é de US$ 10 bilhões a US$ 20 bilhões.

O indicador de alavancagem financeira, medido pela dívida líquida/Ebitda ajustado, ficou em 0,5 vez em março de 2023, alta de 0,3 ponto percentual (p.p.) em relação ao mesmo período de 2022.

Os resultados da Vale (BOV:VALE3) referentes suas operações do primeiro trimestre de 2023 foram divulgados no dia 26/04/2023. Confira o Press Release!

Teleconferência

Após anos priorizando a remuneração aos acionistas, a Vale prepara-se para um novo ciclo de crescimento, com foco principalmente no que chama de “metais de transição”, aqueles usados na produção de baterias.

A empresa iniciou no fim de 2022 uma reorganização de suas operações, que visa separar os negócios de minério de ferro, seu principal produto, desses outros metais. A companhia convidou Mark Cutifani para presidir um novo conselho de administração voltado a essas operações.

“Estamos criando oportunidades tremendas para destravar valor nos negócios e para crescer”, disse o presidente da companhia, Eduardo Bartolomeo, em teleconferência nesta quinta-feira (27) para detalhar o lucro da companhia no primeiro trimestre.

O presidente da Vale disse que a empresa não descarta aquisições para sustentar esse crescimento, mas eventuais decisões nesse sentido dependem da conclusão da reorganização das operações, que criará um veículo para investimentos.

A companhia já falou que estuda abrir capital da nova empresa, mas Bartolomeo diz que essa não é a única opção na mesa. A atração de um parceiro estratégico também está em estudo. “A nova empresa será nossa plataforma de crescimento”, afirmou o executivo.

A Vale vem anunciando parcerias com montadoras e outras mineradoras para expandir suas operações de níquel. Em março, por exemplo, fechou acordo com a Ford e a chinesa Zhejiang Huayou Cobalt para o desenvolvimento de um projeto na Indonésia.

Bartolomeo disse que a empresa vê também potencial de crescimento em suas operações de minério de ferro, que no primeiro trimestre enfrentaram restrições logísticas que reduziram as vendas e impactaram negativamente o resultado da empresa.
O lucro da Vale caiu para R$ 9,5 bilhões, cerca da metade do registrado no mesmo período do ano anterior, quando o minério de ferro disparou após o início da Guerra da Ucrânia. O preço de referência para a venda do principal produto da mineradora caiu 11% na comparação entre os trimestres.

Embora a produção de minério tenha crescido 6% em relação aos primeiros três meses de 2023, as vendas de finos de minério caíram 10,6%. O preço médio de venda teve queda de 23,2%, com a redução, no mix de vendas, de produtos com maior prêmio de qualidade.

Bartolomeo disse que o quadro deverá ser revertido ao longo do ano, com o retorno das vendas da produção de maior qualidade. Ele repetiu discurso que acompanhava o balanço, ao dizer que confia que a empresa cumprirá suas metas.

O vice-presidente executivo de finanças e relações com investidores da Vale, Gustavo Pimenta, afirmou que a empresa vai concluir até outubro o terceiro programa de recompra de ações.

Pimenta ressaltou que, quando o programa estiver concluído, cerca de 20% das ações da mineradora em circulação terão sido recompradas.

“É um programa que contribui para criar valor para a companhia”, afirmou Pimenta.

As ON da Vale reverteram as perdas registradas no início do pregão e avançavam 1,2%. Hoje, a Vale divulgou ao mercado que acertou a venda da sua participação na MRN, maior produtora e exportadora de bauxita do Brasil. O plano possibilitou a eliminação de despesas anuais de até US$2 bilhões, segundo a Vale.

VISÃO DO MERCADO

Ativa Investimentos

Em linha com a avaliação sobre a dinâmica de os custos, a Ativa atribui os custos à manutenção de plantas, de um pior mix de volumes, maiores distâncias de transporte e inflação de insumos, embora receitas mais fracas já fosse esperada.

“Com um resultado financeiro pior em base anual, seu lucro líquido também nos decepcionou”, escreve o analista Ilan Arbetman. Segundo ele, ainda que a Vale tenha registrado um fluxo de caixa livre positivo, o mercado deve se perguntar sobre a dinâmica de custos nos próximos trimestres.

No segmento de transição energética, diz o analista, a visão é negativa ante os resultados de cobre e níquel, com alta trimestral nos preços médios de referência de níquel, mas maior proporção de produtos de classe inferior e impactos em Voisey’s Bay relacionados à transição para a mineração subterrânea.

O analista escreve ainda que, após forte baixa recente, segue acreditando que os preços de minério de ferro continuarão sem força, com os volumes originários do hemisfério sul adentrando o continente asiático com maior intensidade a partir do segundo trimestre.

Ativa Investimentos tem recomendação neutra com preço-alvo de R$ 92,00…

Bradesco BBI

O Bradesco BBI também destacou esse início de 2023 como difícil, com o Ebitda 13% abaixo das suas estimativas.

“Embora parte dos resultados negativos já tenha sido precificada após a prévia operacional (a Vale reportou embarques e preços realizados na semana passada em seus dados de produção e vendas), esperamos que a ação sofra com os números consolidados do 1T23, especialmente porque o desempenho do custo foi muito mais fraco do que o esperado”, avaliam os analistas.

Os ADRs (recibo de ações negociados nos EUA) da companhia chegaram a cair cerca de 3% na noite da última quarta-feira, logo após o balanço, mas amenizou a queda: às 8h50 (horário de Brasília) desta quinta-feira (27), os papéis caíam 0,65%, a US$ 13,80. Cabe ressaltar que, no ano, a ação cai 19% também em meio à recente fraqueza do minério, com baixa acumulada de 12,5% apenas em abril. Já na B3, às 10h12, os ativos caíam 1,15%, a R$ 69,46.

O BBI pondera, também, que os resultados foram impactados por uma miríade de “eventos pontuais”, de chuvas mais fortes do que o normal que afetaram as exportações do Sistema Norte (com consequente impacto na qualidade e prêmios do minério) e com antecipação de paradas de manutenção impactando custos.

Sobre o salto do custo C1, bem acima do guidance para 2023 de US$ 20-21 a tonelada, os analistas apontaram que tentarão obter uma melhor medida de se os componentes que impulsionaram esse aumento são de fato persistentes ou se devem desaparecer nos próximos trimestres.

O BBI manteve sua recomendação outperform (desempenho acima da média, equivalente à compra) para a Vale, seguindo com a visão de que os fundamentos do mercado de minério de ferro devem melhorar nos próximos meses, sustentado pelo aumento da demanda na China e baixos estoques de minério de ferro (principalmente estoques mantidos por siderúrgicas).

“A Vale deve se beneficiar diretamente deste ambiente positivo, com forte geração de fluxo de caixa livre e perspectivas de remuneração dos acionistas”, apontam, destacando também o desconto de 30% em relação aos pares australianos.

Citi

Em linha com a avaliação, o Citi nota que apesar dos s resultados financeiros da Vale no primeiro trimestre um pouco abaixo do esperado, vieram com boa geração de fluxo de caixa livre para o período, mantendo perspectivas de longo prazo positivas.

O analista Alexander Hacking escreve que o Ebitda de US$ 3,7 bilhões foi abaixo das estimativas de US$ 3,9 bilhões, impactado pelos menores preços realizados no período, conforme o relatório de produção.

O fluxo de caixa livre em US$ 3,2 bilhões foi robusto, com a companhia conseguindo manter dívida líquida estável mesmo após pagamento de dividendos e recompra de ações.

O Citi tem recomendação neutra para Vale, com preço-alvo em US$ 16 para os recibos de ação (ADRs) negociados na Bolsa de Nova York (Nyse), potencial de alta de 15,1% sobre o fechamento de ontem.

Credit Suisse

O Credit Suisse aponta que, por um lado, continua construtivo em relação ao minério de ferro (preço médio esperado de US$ 120 a tonelada esperado para o segundo e terceiro trimestres e de U$ 115 no quarto trimestre), apesar da recente queda de preço. Por outro lado, reconhece que os resultados do 1T23 da Vale representam uma queda em relação à sua atual projeção para o ano.

O banco suíço, assim como o BBI, possui recomendação outperform nos ADRs da Vale, acreditando que a mineradora oferece um Free Cash Flow Yield, ou rentabilidade de fluxo de caixa livre atrativo de 12% em 2023. Dentro de sua política de dividendos mínimos, a empresa poderia registrar um dividendo yield, ou dividendo em relação ao preço da ação, de 8% para 2023 (assumindo preços médios de minério de ferro em US$ 115 a tonelada em 2023).

“Além dos dividendos mínimos, a Vale deve continuar a utilizar seus recursos extras de fluxo de caixa para recomprar agressivamente suas ações, dada a recente queda no preço das ações”, apontam os analistas.

Goldman Sachs 

Para o Goldman Sachs, que também destacou os números como fracos e impactos por altos custos, o trimestre foi marcado provavelmente por muitos eventos pontuais, incluindo sazonalidade e vendas mais fracas do que o normal, mas os lucros têm ficado aquém das expectativas por alguns trimestres e os investidores estarão de olho no cumprimento do guidance (projeções) pela empresa.

Enquanto isso, os preços do minério de ferro devem continuar sendo o principal fator da tese de investimento na Vale. A equipe de commodities do banco vê sustentação no preço do minério de ferro no 2T23 devido a uma combinação de sentimento positivo em relação à reabertura da China, sazonalidade positiva (forte demanda por aço, fraca oferta de minério de ferro) e reposição após Ano Novo Chinês.

Porém, aponta que isso deve ser seguido por uma oferta sazonal crescente, aumento das exportações da Índia e da Austrália e aumento da oferta de sucata na China. Indo para a segunda metade do ano, a demanda fraca como resultado de lançamentos imobiliários mais fracos em 2022 também ficará mais evidente, o que deve impactar a cotação do minério.

Assim, os analistas do Goldman mantêm recomendação neutra para a Vale, pois vê as ações precificando um minério de ferro de US$ 97 a tonelada ante a projeção da casa de minério a US$ 120 a tonelada em 2023 e a US$ 90 em 2024.

JP Morgan 

O JPMorgan também tem recomendação neutra para a mineradora e espera uma revisão para baixo da expectativa de lucros pelo mercado, com base no Ebitda decepcionante.

Além disso, em recentes conversas, analistas do banco destacam a visão de que, enquanto os investidores geralmente concordaram que os preços do minério de ferro provavelmente seriam corrigidos em 2023, havia divergências na trajetória potencial dos preços.

“Nossas conversas sugerem que os investidores estão mais pessimistas em relação ao minério de ferro e à Vale nas últimas semanas, o que poderia impulsionar ainda mais a revisão dos lucros para baixo. Além disso, nós acreditamos que os investidores também ficarão mais cautelosos com relação aos custos, especialmente para a divisão de minério de ferro”, avalia.

Por outro lado, algumas casas seguem convictas na tese em Vale, apesar dos resultados fracos e expectativa de que as ações repercutem negativamente os números do trimestre.

Morgan Stanley

O Morgan Stanley é outra instituição a ter recomendação equivalente à compra (overweight, exposição acima da média do mercado) para os ADRs da Vale, com preço-alvo de US$ 19, ou potencial de alta de 37% em relação ao fechamento da véspera.

O banco avalia que o momentum do preço do minério de ferro no 2T23 seguirá apoiando os preços, suportado pela oferta reduzida, melhor sazonalidade da demanda e políticas favoráveis do mercado imobiliário na China. “Vemos uma resolução para o acordo de compensação de Mariana e outras etapas como liberar valor da unidade de metais básicos sendo catalisadores positivos”, avaliam.

A divisão se reflete também na compilação feita pela Refinitiv de casas de análise que cobrem os ADRs da mineradora. De 25 casas que cobrem os ativos da Vale, 14 recomendam compra, 10 manutenção e 1 venda. O preço-alvo médio, por sua vez, é de US$ 18,58, ainda um potencial de alta significativo de 34% em relação ao fechamento da véspera. Assim, apesar de mais um resultado fraco, a divisão sobre os ativos continua.

Santander

Para o Santander, a Vale apresentou resultados financeiros abaixo do esperado no primeiro trimestre, com o Ebitda vindo quase 20% aquém das estimativas, explicado pelos volumes e preços de minério de ferro mais baixos durante o período.

Os analistas Rafael Barcellos e Arthur Biscuola escrevem que o fluxo de caixa livre foi robusto em US$ 2,3 bilhões, o equivalente a uma conversão de 62% do Ebitda do período.

O banco nota que os custos-caixa da Vale ficaram em linha com as expectativas em US$ 24 a tonelada, mas notam que o ponto de equilíbrio na extração do minério e pelotas aumentou para US$ 68 a tonelada.

O Santander tem recomendação de compra para Vale, com preço-alvo em US$ 19 para os recibos de ação (ADRs) negociados na Bolsa de Nova York (Nyse).

XP

“Embora já antecipássemos um resultado mais fraco devido à piora na dinâmica da receita, notamos que os custos de produção mais altos foram o principal destaque negativo nos resultados, com os custos caixa C1 ( custo de produção dos finos de minério de ferro da mina ao porto, incluindo terceiros) aumentando de US$ 21,20 a tonelada no 1T22 para US$ 26,70 a tonelada no 1T23, potencialmente aumentando as preocupações sobre o desempenho dos custos no futuro”, aponta Guilherme Nippes, analista da XP.

Além disso, os custos das operações de níquel aumentaram significativamente, devido ao mix de produtos de menor qualidade e à transição para a mineração subterrânea da mina de Voisey’s Bay.

* Com informações da ADVFN, RI das empresas, Valor, Infomoney, Estadão

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