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As ações da Nike Inc (NYSE:NKE) mergulharam na segunda-feira (22) em direção a uma nova baixa de 2023, após uma rara classificação de analista para vender, com Sam Poser, da Williams Trading, dizendo que os calçados da gigante do vestuário esportivo estão “obsoletos”.
A Nike também é negociada na B3 através do ticker (BOV:NIKE34).
No momento da publicação (16h54, horário de Brasília), as ações NIKE34 estavam em queda de -5,5%, a um último preço de R$ 54,98 reais. O mínimo de 52 semanas é de R$ 43,20 reais. O máximo de 52 semanas é de R$ 66,91 reais.
As ações NKE caíram 3,9%. A liquidação colocou a ação no caminho para o fechamento mais baixo desde 20 de dezembro de 2022.
Poser cortou sua classificação para vender (Sell), depois de ficar inativo nos últimos dois anos. Isso torna Poser apenas o terceiro dos 35 analistas entrevistados pela FactSet a ser pessimista sobre a Nike.
Ele também reduziu seu preço-alvo em 21%, de US$ 120 para US$ 95, o que o torna o principal urso em Wall Street, com base nos dados FactSet disponíveis.
Os negócios da Nike nos EUA se tornaram “muito mais difíceis” do que o esperado quando a empresa divulgou os resultados fiscais do terceiro trimestre em março, enquanto a recuperação na China foi “instável”, disse Poser. E com estoques acima dos níveis ideais, o que provavelmente manterá as margens sob pressão, já que os consumidores americanos podem estar sendo treinados para buscar promoções.
“Nike, tanto on-line quanto em suas lojas outlet, está promovendo muitos estilos feitos para distribuição premium a preços abaixo de US$ 100, que agora competem com os calçados vendidos pela família”, escreveu Poser em nota aos clientes.
Mas não se trata apenas de preço.
Poser disse que não acredita que haja novas ofertas de produtos atraentes o suficiente, e o produto antigo tornou-se “obsoleto”.
“Especificamente, o produto de corrida Air Max parece quase morto, e o calçado para o canal moderado [calçado familiar] está obsoleto e permanecerá obsoleto até o calendário de 2023”, escreveu Poser.
Ele está preocupado que a atividade atual, na qual o medo dos consumidores de perder lançamentos de novos produtos se deteriorou, seja “assustadoramente familiar” à atividade observada em 2015 e 2016, “quando a Nike esticou a marca Jordan até quase a saturação, a fim de compensar a falta de novidades em outras categorias.”
Depois de subir 30% em 2015, as ações da Nike negociadas em Nova York caíram 18,9% em 2016, para um ganho líquido de 5,7% em dois anos. Em comparação, o Dow caiu 2,2% em 2015 e subiu 13,4% em 2016, para um ganho líquido de 10,9% em dois anos.
Poser também cortou sua estimativa de lucro por ação para o ano fiscal de 2023 de US$ 3,13 para US$ 3,10, o que se compara ao consenso do FactSet EPS de US$ 3,23. Ele também reduziu sua estimativa de receita de US$ 50,83 bilhões para US$ 50,68 bilhões – o consenso do FactSet é de US$ 50,97 bilhões – e reduziu sua projeção de margem bruta de 43,5% para 43,4%.
As ações da Nike caíram 4,7% no acumulado do ano, enquanto o fundo negociado em bolsa Consumer Discretionary Select SPDR XLY subiu 17,1% e o Dow Jones subiu 0,5%.
Por MarketWatch/Tomi Kilgore
