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Copom mantém Selic em 13,75% ao ano e confirma expectativa do mercado; Confira reação do mercado

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O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu, por unanimidade, manter a taxa básica de juros Selic inalterada em 13,75% ao ano pela sexta reunião consecutiva, confirmando a expectativa predominante do mercado. No comunicado divulgado após a reunião, o Copom citou que a atual conjuntura econômica demanda paciência e serenidade na condução dos juros.

No documentou, o Copom voltou a afirmar que, embora seja um cenário “menos provável”, não hesitará em retomar o ciclo de ajuste caso o processo de desinflação não transcorra como esperado. A frase já havia sido mencionada na reunião de março, e gerou uma forte reação dos mercados, que esperavam a suavização do tom.

Em seu balanço de riscos, entre os fatores de alta para a inflação, o Copom pontuou haver uma “incerteza ainda presente” sobre o desenho final do arcabouço fiscal a ser aprovado pelo Congresso, impactando as expectativas para a trajetória da dívida pública, a inflação e os ativos de risco. Já entre os riscos de baixa, o comitê manteve os fatores já apontados na reunião anterior – a queda adicional de commodities em moeda local, a desaceleração econômica global mais acentuada do que projetado e a contração no crédito no mercado doméstico maior do que seria compatível com o atual estágio do ciclo de política monetária.

O comunicado afirmou ainda que o processo desinflacionário tende a ser mais lento em um ambiente de expectativas de inflação desancoradas, o que demanda mais atenção na condução da política monetária. O Copom voltou a afirmar não haver “relação mecânica” entre a convergência da inflação e a aprovação do arcabouço fiscal.

Estimativa IPCA (Inflação)

O Copom manteve em 5,8% as estimativas para o Índice Nacional de Preços Amplo (IPCA) para este ano em seu cenário de referência, mesmo patamar projetado na reunião de março. A projeção continua acima das metas de inflação de 3,25%, com intervalo de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.

Em seus cenários, o Copom também manteve a projeção para o IPCA de 2024 em 3,6%, mesmo nível de março. O Copom elevou a projeção dos preços administrados para este ano para 10,8%, ante 10,2% estimados em março. Para 2024, reduziu a projeção do indicador oficial da inflação brasileira para 5,2%, ante 5,3%.

Na economia doméstica, o Copom observou que os indicadores recentes seguem corroborando com o cenário de desaceleração esperado, embora o mercado de trabalho apresente “maior resiliência”. O Copom pontuou ainda que o ambiente externo “se mantém adverso” – em decorrência da falência de bancos regionais nos Estados Unidos. Ainda assim, o comitê observa “contágio limitado” sobre as condições financeiras até o momento.

Reação do Mercado

Genial Investimentos – Na avaliação do economista-chefe da Genial Investimentos, José Márcio Camargo, o mercado deve reagir positivamente ao resultado da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), dado o fato de que o órgão deu o primeiro sinal de que está mais tranquilo em relação à taxa de inflação.

Na avaliação do economista, o principal destaque do comunicado divulgado é o fato de que, apesar de o Comitê afirmar que não hesitaria em retomar o ciclo de ajuste caso o processo de desinflação não transcorra como o esperado, escreve que esse é o cenário menos provável.

“[O Comitê] acha que o cenário de retomada do ciclo de alta é menos provável do que achava na reunião passada”, afirmou Camargo.

Itaú Unibanco – Risco de elevação de juro se tornou menos provável. “Esperamos flexibilização em outubro e novembro, a 12,5% no fim do ano”

Santander – Copom parece manter plano de voo de Selic estável por período prolongado. Comunicado é consistente com corte de Selic no 4TRI23

Barclays – Copom não dá sinais de corte da Selic, mantemos projeção de corte a partir de setembro, a 12,5% no fim de 2023. Mercado de juros provavelmente vai se focar em elementos dovish do Copom. Esperamos continuidade no rali de juros após comunicado menos hawkish.

Bank of America – BofA aumenta projeção de Selic ao fim de 2023 de 11,0% para. Banco mantém Selic ao fim de 2024 em 9,5%. Corte de juros deve começar em agosto.

Citi – Vemos Copom mais confiante em estratégia de ficar mais tempo parado. Colegiado segue indicando ausência de espaço para redução da Selic. Comunicado dá suporte à projeção de corte de juro no 4TR123, encerrando o ano em 12,25%.

Ativa – Adição de “cenário menos provável” no trecho sobre possível retomada do ciclo é um aceno ao mundo político. “Reafirmamos expectativa de Selic inalterada em 13,75% até abril/24; cenário alternativo aponta Selic elevada por mais tempo do que sugere o Focus.

XP Investimentos – A XP enxerga o comunicado consistente com um cenário de Selic estável para os próximos meses, pelo menos. “Em nossa visão, à medida que a inflação global desacelere e a demanda doméstica perca força, o Copom iniciará um ciclo de flexibilização gradual no segundo semestre”, projeta o
estrategista-chefe, Caio Megale.

“Antevemos um corte de 0,25 pp na reunião de agosto, seguido de sucessivos cortes de 0,50 pp até a Selic atingir 11,00% no primeiro semestre de 2024”, completa.

O estrategista ressalta que está implícita na projeção de Selic as hipóteses de que i) as metas de inflação a partir de 2024 mudarão e/ou ii) o Copom alongará seu horizonte de política monetária para o atingimento da meta.

 

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