O dólar à vista terminou em alta perante o real, acompanhando o movimento da moeda no exterior, que reagiu ao ajuste nas apostas do mercado para a próxima reunião do Fed e à expectativa para uma solução em breve para o teto da dívida americana.
A possibilidade de uma nova alta nos juros em junho entrou no radar após a fala mais dura de membros do Fed e a queda nos pedidos de auxílio-desemprego nos EUA. James Bullard (Fed St. Louis) afirmou ao Financial Times que o ritmo de queda da inflação tem sido mais lento que o ideal.
“Isso pode justificar a tomada de algum seguro, aumentando as taxas um pouco mais para garantir que realmente controlemos a inflação”, disse.
Aqui, além da pressão externa, também pesou no câmbio algum ruído em torno do arcabouço fiscal. Segundo analistas, dois dispositivos inseridos pelo relator favorecem a ampliação de despesas em R$ 80 bilhões. Claudio Cajado esclareceu que fez ajustes no texto para evitar uma perda de receita de R$ 40 bilhões em 2024 por conta do efeito da desoneração dos combustíveis no IPCA, usado para corrigir os valores de referência do arcabouço.
“É fantasioso que relatório do arcabouço fiscal libere R$ 80 bi a mais”, disse Cajado.
O dólar à vista fechou em alta de 0,68%, a R$ 4,9680, depois de oscilar entre R$ 4,9499 e R$ 4,9815. Às 17h02, o dólar futuro para junho subia 0,64%, a R$ 4,9815. Lá fora, o DXY avançava 0,63%, aos 103,530 pontos. O euro caía 0,64%, a US$ 1,0773. E a libra perdia 0,66%, a US$ 1,2409.