O dólar à vista fechou em baixa frente ao real, devolvendo parte da alta recente e acompanhando o recuo da moeda no exterior, pautado pela decisão do Fed. Jerome Powell e seus colegas seguiram o roteiro, anunciando alta de 25 pb nos juros e sinalizando que devem fazer uma pausa ou mesmo encerrar o ciclo de aperto, diante dos impactos da crise bancária, que deve levar ao enxugamento do crédito.
Tudo dependerá dos próximos números de emprego e inflação e da força do freio da crise sobre a atividade. Como o mercado espera que o BCE eleve os juros em 50 pb amanhã e não sinalize nenhuma pausa, o euro ganhou terreno lá fora, assim como iene, refletindo a busca dos investidores por proteção, diante das incertezas em torno do dólar.
Aqui, o mercado espera por alguma sinalização no comunicado do Copom, logo mais, uma vez que a manutenção da Selic está dada. Na agenda de dados do dia, o BC mostrou que o fluxo cambial total de abril ficou positivo em US$ 844 milhões, com destaque para a semana passada (24 a 28/4), quando foi contabilizada entrada líquida de US$ 1,996 bilhão, resultado de entrada de US$ 4,403 bilhões pela conta comercial e saída de US$ 2,406 bilhões pela conta comercial.
O dólar à vista fechou em baixa de 1,09%, a R$ 4,9919, depois de oscilar entre R$ 4,9834 e R$ 5,0523. Às 17h02, o dólar futuro para maio recuava 1, %, para R$ 5,0. Lá fora, o índice DXY caía 0,58%, para 101,373 pontos. O euro avançava 0,46%, para US$ 1,1053. A libra tinha alta de 0,68%, para US$ 1,2554. E o dólar caía 1,07%, para 135,093 ienes.