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FED: Confira os discursos dos presidentes nesta terça-feira; Gestores apostam que Fed encerrou ciclo de alta

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Confira os discursos dos presidentes do Federal Reserve em entrevistas durante a terça-feira (16):

Mester diz que Fed ainda não está no ponto em que pode “manter” os juros

A presidente do Federal Reserve de Cleveland, Loretta Mester, disse nesta terça-feira que não acredita que o banco central dos Estados Unidos esteja em um ponto em que possa manter a taxa de juros por um período de tempo.

“A abordagem que estou adotando é que gostaria que a taxa de juros chegasse a um ponto em que, quando estou pensando sobre qual seria a próxima mudança, quero que seja igualmente um potencial aumento versus uma diminuição”, disse Mester em uma conferência em Dublin.

“Quando colocarmos a política monetária nessa taxa, acho que vamos segurar por um tempo para garantir que a taxa de juros volte a cair. Portanto, não coloco isso em termos de uma pausa, coloque-o em termos de manutenção. Já chegamos a essa taxa? Neste ponto, com os dados que obtivemos até agora, eu diria que não.”

Vamos trazer a inflação de volta à meta sem desemprego, diz Goolsbee

O presidente do Fed Chicago, Austan Goolsbee, em entrevista à Bloomberg hoje (16) na parte da tarde, disse que o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) vai fazer de tudo para reduzir a inflação.

“Vamos trazer a inflação de volta à meta sem desemprego”, afirmou. Ele, no entanto, evita divulgar qual deve ser a política monetária antes da reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês), em junho.

“Ainda não decidi nada para a reunião de junho do Fomc. É um erro se comprometer com taxas quando há mais informações para serem divulgadas. Ainda é muito prematuro para se falar em corte de taxas”

Goolsbee disse que a inflação, embora em ritmo de queda, ainda não está respondendo ao aperto da política monetária da forma que os membros do Fed esperam. “A inflação não está caindo do jeito que esperávamos. O preço dos bens vem caindo, mas não o dos serviços”.

O mandato duplo do Fed, o de manter a inflação sob controle e o de evitar o desemprego, foi lembrado pelo presidente do Fed Chicago. “Devemos evitar que o mercado de trabalho se deteriore rápido demais, e muitas pessoas percam o emprego”.

Goolsbee afirmou que não se baseia nas análises do mercado para suas decisões de política monetária. “Temos que nos comprometer com a inflação baixa e o nível de emprego. Precisamos olhar para muitos outros indicadores também”, encerrando a entrevista.

Ainda estou para ser convencido que a demanda está esfriando, diz Barkin

O presidente do Fed Richmond, Thomas Barkin, em entrevista à Bloomberg, disse não acredita que os dados econômicos atuais sejam suficientes para parar de subir as taxas de juros.

“Estou ainda para ser convencido de que a demanda está esfriando”, disse ele. O banco está monitorando uma série de informações para determinar o andamento da política monetária, como a discussão sobre o teto da dívida norte-americana. “Estamos de olho na questão do teto da dívida.

Há muitos dados a serem divulgados até a reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla
em inglês) em junho”.

Um dos fatores que fazem os membros do Fed analisarem com cuidado é o nível de emprego nos Estados Unidos. “O mercado de trabalho está aquecido. Não devemos ter picos de desemprego no futuro porque há falta de profissionais no mercado. A onda de demissões que atingiu o país nos últimos seis meses foi em
setores carentes de mão de obra”

Há também as incertezas sobre a economia mundial como um todo, que são acompanhadas pelo Fed. Ainda assim, a cautela deve imperar, segundo Barkin. “Em clima de incerteza, devemos ser cautelosos, mas não travados”

Ao ser perguntado sobre se seria possível parar o aumento de juros para acompanhar a reação da economia, Barkin foi enfático. “Se não abaixarmos a inflação agora, ela poderá voltar ainda maior”.

Por fim, Barkin afirmou que “está confortável em ter mais altas nos juros para abaixar a inflação”.

Barr alerta para deficiências na regulamentação e supervisionamento bancário dos EUA

O vice-presidente de supervisão do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), Michael S. Barr, compareceu hoje perante o Comitê de Serviços Financeiros dos Estados Unidos para discutir a necessidade de fortalecer a regulamentação e o supervisionamento bancário. Durante seu discurso, Barr ressaltou a importância de abordar as deficiências identificadas no sistema bancário, com base em sua análise da recente falência do Silicon Valley Bank (SVB).

Barr iniciou seu discurso destacando que, embora o sistema bancário dos EUA permaneça forte e resiliente, os recentes estresses revelaram deficiências que precisam ser abordadas. “O estresse recente no sistema bancário mostra a necessidade de estarmos vigilantes ao avaliar e responder aos riscos”, afirmou.

Em relação à falência do SVB, o vice-presidente de supervisão do Fed enfatizou que a revisão realizada demonstrou deficiências na regulamentação e no supervisionamento que exigem ação imediata. “Minha análise da falência do SVB demonstra que há deficiências na regulamentação e na supervisão que devem
ser abordadas, e estou empenhado em fazê-lo”, declarou.

Durante sua apresentação, Barr destacou as principais conclusões do relatório de supervisão e regulamentação do Fed em relação ao caso DO SVB. Entre as conclusões, ele ressaltou que o conselho de administração e a administração do SVB falharam em administrar adequadamente os riscos do banco, especialmente relacionados ao seu modelo de negócios concentrado e à alta dependência de depósitos não segurados.

Além disso, Barr enfatizou que os supervisores do Fed não avaliaram completamente as vulnerabilidades do SVB à medida que o banco crescia em tamanho e complexidade, e quando as vulnerabilidades foram identificadas, medidas adequadas não foram tomadas para garantir que o banco as corrigisse rapidamente.

O discurso de Barr também destacou a necessidade de fortalecer a supervisão e a regulamentação com base nas lições aprendidas com a falência do SVB. Ele mencionou a importância de níveis sólidos de capital bancário, a revisão dos requisitos de capital e liquidez, aprimoramento da supervisão de risco de taxa de
juros e risco de liquidez, bem como a melhoria da supervisão da remuneração de incentivos para os gerentes de banco.

A autoridade concluiu sua apresentação enfatizando a importância de uma supervisão mais ágil e assertiva, destacando a necessidade de intensificar a supervisão à medida que os bancos crescem em tamanho ou complexidade e garantir que os problemas identificados sejam tratados de forma mais rápida e eficaz.

Gestores apostam que Fed encerrou ciclo de alta

A maioria dos gestores consultados pelo Bank of America Merril Lynch prevê que o Federal Reserve já encerrou seu ciclo de aperto monetário, de acordo com pesquisa mensal divulgada nesta terça-feira.

Eles, no entanto, entendem que caso não haja uma recessão econômica “os ativos de risco devem permanecer resilientes”. 63% dos gestores acreditam em um “soft landing”, cenário macroeconômico em que o aperto de juros não causa uma recessão. Entretanto, a maioria dos entrevistados entende que os lucros corporativos devem decrescer entre 0 e 5% nos próximos doze meses.

Segundo o BofA, entre 5 e 11 de maio, 61% dos gestores acreditavam que o Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC) não elevará mais os juros este ano. A maioria dos profissionais crê que o FOMC começará a reduzir os juros em janeiro de 2024 (43%). Outros 24% apostam que o banco central deverá cortar os juros já na reunião de dezembro de 2023. Uma minoria, de 14%, aposta em corte apenas no segundo trimestre de 2024.

Sobre o impasse nos Estados Unidos envolvendo o limite da dívida, 71% dos gestores creem que o Congresso americano resolverá a questão até a data final para o acordo. Ontem, a secretária do Tesouro, Janet Yellen, afirmou em carta a congressistas que o país caminha para um calote na dívida em 1 de junho caso não haja a ampliação do teto da dívida. Embora seja uma estimativa, Yellen afirmou que o Tesouro pode esgotar as medidas extraordinárias para evitar um potencial “default” dias ou semanas depois dessa estimativa.

Aumentou também, ligeiramente, o percentual de gestores que se mostram pessimistas com a atividade econômica. Em maio, 65% desses profissionais anteviam uma deterioração da economia global adiante, contra 63% em abril.

Para a economia mundial, 33% dos gestores elegeram a contração de crédito e uma recessão global como os principais fatores de risco, levemente abaixo de abril, quando 35% dos profissionais elencavam esses itens como principais eventos negativos.

Legado de Powell é testado

O chair do Federal Reserve, Jerome Powell, que navegou por uma Casa Branca combativa e uma pandemia em seus primeiros anos como chefe do banco central dos Estados Unidos, está enfrentando um capítulo crítico em sua liderança com uma batalha contra a inflação ainda não resolvida, preocupações com recessão generalizada e críticas à supervisão do Fed sobre o setor financeiro.

Em certo nível, a nomeação do presidente Joe Biden na semana passada de um membro relativamente novo da diretoria do Fed para se tornar vice-chair do banco central parece um voto de confiança em Powell, que foi elevado ao cargo principal pelo ex-presidente Donald Trump, recebeu um segundo mandato de Biden e agora é uma figura sênior com mais de uma década no Fed.

No entanto, também representa um teste para a administração do dirigente do banco central de 70 anos, enquanto ele enfrenta decisões difíceis sobre a direção da taxa de juros, os índices de aprovação pública mais baixos de qualquer chefe recente do Fed e um pedido incomum de dentro para uma revisão externa da supervisão do Fed.

É um período que determinará se Powell será lembrado como o líder do Fed que domou a inflação sem recessão e manteve intacto um sistema financeiro estressado, ou como aquele que perdeu o controle dos preços e recorreu a taxas punitivas para recuperá-lo.

“Powell e seus colegas estão atualmente em um espaço com enormes implicações para 2024”, à medida que tentam conter a inflação sem causar uma recessão e aumento do desemprego antes das eleições presidenciais, disse Peter Conti-Brown, historiador do Fed e professor associado na Escola de Wharton da Universidade da Pensilvânia.

O humor em relação ao banco central entre os parlamentares dos EUA será testado esta semana, quando o vice-presidente do Fed para supervisão, Michael Barr, comparecer a comitês do Congresso na terça e quinta-feiras. O inspetor-geral do Fed enfrentará uma audiência separada na quarta-feira sobre “Fortalecimento da responsabilidade no Federal Reserve”. Powell fará comentários em uma conferência do Fed na sexta-feira.

Avaliações Baixas

A opinião pública sobre Powell, entretanto, parece ter azedado.

Quando assumiu o Fed em 2018, ele prometeu uma abordagem franca e fez mudanças que tentaram elevar os interesses dos trabalhadores. Advogado de Wall Street e executivo de private equity durante grande parte de sua carreira, Powell costuma abrir entrevistas coletivas dizendo que deseja políticas do Fed “que beneficiem a todos”.

Após o pior crescimento da inflação em 40 anos, os aumentos vertiginosos dos juros que se seguiram e uma série de falências de bancos de alto perfil, uma pesquisa recente do Gallup mostrou a confiança em Powell na marca mais baixa de qualquer chefe do Fed desde que a pergunta foi feita pela primeira vez em 2001.

Tem havido apelos bipartidários para uma supervisão externa mais rígida do Fed e críticas crescentes, algumas delas de dentro do Fed, algo incomum para uma instituição que trabalha por consenso e preserva sua independência.

A diretora do Fed Michelle Bowman classificou na sexta-feira uma revisão recente do Fed sobre a falência do Silicon Valley Bank de “limitada” e argumentou que o banco central precisava de “uma terceira parte independente…para entender completamente” por que o banco com sede em Santa Clara, na Califórnia, quebrou.

Historiadores do Fed disseram que o pedido de uma autoridade em exercício para uma revisão externa é raro, senão sem precedentes, e sugere que o debate sobre a supervisão bancária pode ser demorado.

“Uma revisão externa certamente prolongaria e potencialmente complicaria os próximos passos do Fed em lidar com seu desempenho regulatório e de supervisão”, disse Sarah Binder, historiadora do Fed e professora da Universidade George Washington na capital dos EUA.

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