As vendas do comércio varejista subiram 0,8% em março ante fevereiro, na série com ajuste sazonal, informou nesta quarta-feira, 17 o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado contrariou a mediana das previsões dos analistas, que apontava queda de 0,2% nas vendas do varejo. O intervalo das estimativas ia de queda de 1,0% a alta de 0,5%,
Na comparação com março de 2022, sem ajuste sazonal, as vendas do varejo tiveram alta de 3,2% em março de 2023. Nesse confronto, as projeções iam de uma queda de 1,5% a avanço de 2,6%, com mediana positiva de 0,7%.
As vendas do varejo restrito acumularam crescimento de 2,4% no ano, que tem como base de comparação o mesmo período do ano anterior. Em 12 meses, houve alta de 1,2%.
Quanto ao varejo ampliado – que inclui as atividades de material de construção, veículos e atacado alimentício -, as vendas subiram 3,6% em março ante fevereiro, na série com ajuste sazonal. O resultado veio acima do intervalo das estimativas dos analistas ouvidos pelo Projeções Broadcast, que esperavam desde uma queda de 1,9% a um avanço de 1,0%, com mediana negativa de 0,5%.
Na comparação com março de 2022, sem ajuste, as vendas do varejo ampliado tiveram alta de 8,8% em março de 2023. Nesse confronto, as projeções variavam de uma elevação de 0,3% a expansão de 4,6%, com mediana positiva de 1,4%.
As vendas do comércio varejista ampliado acumularam alta de 3,3% no ano e redução de 0,2% em 12 meses.
Vendas operam 2% abaixo do pico
Após um avanço de 0,8% no volume vendido em março ante fevereiro, o varejo passou a operar 2,0% abaixo do pico, que foi alcançado em outubro de 2020, dentro da série histórica da Pesquisa Mensal de Comércio, iniciada em 2000, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Já o varejo ampliado, que cresceu 3,6% em março ante fevereiro, está em nível 0,3% aquém do ápice, registrado em agosto de 2012.
Quatro das oito atividades recuam em março
Quatro das oito atividades que integram o comércio varejista registraram perdas nas vendas em março ante fevereiro, segundo os dados da Pesquisa Mensal de Comércio, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Na média global, o volume vendido subiu 0,8%.
As quedas ocorreram em Tecidos, vestuário e calçados (-4,5%), Outros artigos de uso pessoal e doméstico (-2,2%), Livros, jornais, revistas e papelaria (-0,6%) e Combustíveis e lubrificantes (-0,1%).
Na direção oposta, as atividades com expansão foram Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (7,7%), Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (0,7%) e Móveis e eletrodomésticos (0,3%).
A atividade de Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo registrou estabilidade.
No comércio varejista ampliado – que agora inclui as atividades de veículos, material de construção e atacado alimentício – houve elevação de 3,6% em março ante fevereiro. O segmento de Veículos, motos, partes e peças registrou alta de 3,7%, enquanto Material de construção subiu 0,2%.
Com a reformulação periódica da Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), o desempenho do varejo ampliado com ajuste sazonal inclui os dados do atacado alimentício, nova atividade investigada. No entanto, ainda não há divulgação de dados individuais para o atacado de produtos alimentícios na série com ajuste sazonal. O IBGE explica que é necessário ter uma série histórica mais longa para ter uma base de dados consistente para as divulgações ajustadas sazonalmente.
Comparação com março de 2022
Segundo o IBGE, cinco das oito atividades que integram o varejo registraram crescimento em março de 2023 ante março de 2022. Na média global, o comércio varejista teve uma expansão de 3,2%.
Houve avanços em Combustíveis e lubrificantes (14,3%), Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (6,8%), Hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (4,5%), Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (4,1%) e Móveis e eletrodomésticos (2,0%).
Os segmentos com perdas foram Outros artigos de uso pessoal e doméstico (-12,9%), Livros, jornais, revistas e papelaria (-8,0%) e Tecidos, vestuário e calçados (-7,3%).
No varejo ampliado – que agora inclui os segmentos de veículos, material de construção e atacado alimentício -, as vendas subiram 8,8% em março de 2023 ante março do ano anterior. O volume vendido por Veículos, motos, partes e peças avançou 10,7% em relação a março de 2022, Material de Construção teve recuo de 5,1%, e Atacado de produtos alimentícios, bebidas e fumo subiu 5,6%.