O JPMorgan Chase venceu um leilão para adquirir o First Republic Bank (NYSE:FRC) em uma intervenção de emergência liderada pelo governo depois que os esforços de resgate privados não conseguiram preencher um buraco no balanço do banco problemático e os clientes retiraram seus depósitos.
O banco JPMorgan é negociado na B3 através da BDR (BOV:JPMC34). Às 14h30, as ações do banco negociada na Nyse estavam em alta de 2,5%, negociado a US$ 141,71.
Como parte do acordo, o JPMorgan fará um pagamento de US$ 10,6 bilhões à FDIC (agência controladora de depósitos dos EUA) como parte do acordo para comprar a maior parte dos ativos do credor com sede em São Francisco.
O JPMorgan assumirá os ativos da First Republic, incluindo cerca de US$ 173 bilhões em empréstimos e US$ 30 bilhões em títulos, bem como US$ 92 bilhões em depósitos.
O JPMorgan e a Federal Deposit Insurance Corporation (FDIC), entidade com função equivalente à do Fundo Garantidor de Crédito (FGC), que orquestrou a venda, concordaram em dividir o ônus das perdas, bem como quaisquer recuperações, nos empréstimos unifamiliares e comerciais da empresa, informou a agência na segunda-feira (1°) em um comunicado.
“Nosso governo nos convidou e a outros para intensificar, e nós o fizemos”, disse o CEO do JPMorgan, Jamie Dimon, em um comunicado. “Nossa força financeira, capacidades e modelo de negócios nos permitiram desenvolver uma oferta para executar a transacão de forma a minimizar os custos para o Federal Deposit Insurance Corporation.”
O banco também assinou um acordo de compartilhamento de perdas com a FDIC em empréstimos individuais, residenciais e comerciais que comprou, mas não aceitará a dívida corporativa ou as ações preferenciais do First Republic Bank.
Crise bancária
O First Republic ficou sob intensa pressão depois de divulgar na semana passada que havia sofrido mais de 100 bilhões em saídas de depósitos no primeiro trimestre e estava explorando opções.
Isso também renovou o estresse no setor bancário, que estava se recuperando do fechamento do Silicon Valley Bank e do Signature Bank em março, enquanto o credor suíço Credit Suisse foi comprado pelo rival UBS em uma aquisição engendrada pelo Estado.
Biden diz que correntistas do First Republic estão protegidos
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, elogiou nesta segunda-feira as medidas dos reguladores norte-americanos para facilitar a venda do First Republic Bank, proteger todos os seus depositantes e garantir que os contribuintes norte-americanos não sejam afetados.
“Essas ações vão garantir que o sistema bancário esteja são e salvo”, disse Biden em um evento na Casa Branca. “Criticamente, os contribuintes não são os únicos que estão em jogo.”
Ele repetiu seu apelo por regulamentação e supervisão mais fortes de bancos grandes e regionais.
First Republic se torna o segundo maior banco a quebrar nos EUA
Por pouco mais de um mês, o Silicon Valley Bank (SVB) foi o segundo maior banco a quebrar na história dos Estados Unidos. Isso até o First Republic Bank, um banco da Califórnia que atendia a clientes ricos, tirá-lo dessa posição.
O First Republic recebeu um resgate da Federal Deposit Insurance Corporation (FDIC), entidade com função equivalente ao do Fundo Garantidor de Crédito (FGC) nesta segunda-feira (1°), depois de não conseguir desfazer os danos de uma enxurrada de saques de clientes e queda nos precos dos ativos.
O regulador dos EUA fechou um acordo para que o JPMorgan Chase (JPM) assuma os ativos do banco, incluindo US$ 173 bilhões em empréstimos e US$ 30 bilhões em títulos, bem como US$ 92 bilhões em depósitos, depois que as negociações para resgatar o banco se arrastaram por semanas.
Os US$ 229 bilhões em ativos do First Republic em 13 de abril o colocam logo atrás do Washington Mutual, que implodiu em 2008 com US$ 307 bilhões em tais participações e depósitos totais de US$ 188 bilhões.
Naquela época, o FDIC apreendeu as operações bancárias da empresa com sede em Seattle e as vendeu para o JPMorgan por US$ 1,9 bilhão.
Entre as maiores falhas do FDIC neste século, três ocorreram nas últimas semanas com o colapso do Silicon Valley Bank e do Signature Bank no início de marco. O Silicon Valley Bank tinha US$ 167 bilhões em ativos na época de seu colapso.
Com informações da Reuters e Bloomberg