A Paranapanema, metalúrgica em recuperação judicial, registrou um prejuízo líquido de R$ 178,9 milhões no primeiro trimestre de 2023, revertendo o lucro líquido de R$ 169,7 milhões em igual período de 2022. De acordo com a companhia, houve impacto do volume de vendas devido às restrições para capital de giro.
Quando excluídos os efeitos da variação cambial, perdas e ganhos de encargos financeiros e depreciação, tem-se um prejuízo líquido ajustado de R$ 77,7 milhões, uma perda 46,5% menor frente o 1T22.
O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) ficou negativo em R$ 76,8 milhões, uma alta de 1,9% sobre o dado negativo de R$ 75,4 milhões do primeiro trimestre de 2022. Em termos ajustados, o Ebitda ficou negativo em R$ 63 milhões, um avanço de 48,6% ante o número negativo de R$ 42,4 milhões do 1T22.
O lucro bruto ajustado foi de R$ 4,9 milhões no 1T23, 73% de queda ante um dado de R$ 18,2 milhões no mesmo período do ano anterior, impactado pela redução do volume total de vendas, mix de produtos com uma proporção relevante de Cobre Primário e pela redução do volume de Coprodutos.
A receita líquida caiu 45,6%, a R$ 441,9 milhões. O volume de vendas da companhia alcançou 12.463 toneladas, 46% menor frente o 1T22 com as restrições de capital de giro.
No 1T23, as despesas operacionais foram de R$ 44 milhões, 56 % acima do mesmo período do ano anterior explicadas principalmente pelo de complemento de impairment dos créditos de ICMS na base do PIS/COFINS no valor de R$ 6.8 milhões devido a atualização da Selic e pela provisão da multa pelo não pagamento da parcela do Acordo Global no valor de R$ 5 milhões.
A empresa disse seguir em negociação com os credores com o intuito de obter um waiver de covenants e um acordo de standstill enquanto discute com tais credores novas condições para o equacionamento de seu passivo.
Os resultados da Paranapanema (BOV:PMAM3) referentes suas operações do primeiro trimestre de 2023 foram divulgados no dia 14/05/2023.