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Raízen destaca que rendimento das colheitas continua a ser uma prioridade

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A Raízen realizou o seu dia do investidor (ou Investor Day), de forma a trazer as principais tendências dos negócios.

A companhia destacou que o rendimento das colheitas continua a ser uma prioridade. Enquanto no ano passado a Raízen entregou 70 milhões de toneladas de cana por hectare, a empresa pretende atingir potencialmente 83 milhões de toneladas nos próximos anos, entre o 4º/5º corte de cana-de-açúcar, o que deve melhorar a produtividade. Se a companhia conseguir fazer isso, a administração prevê um incremento de R$ 3 milhões no fluxo de caixa operacional. Isso deve ser alcançado por meio de tecnologia e revisão dos processos de tratamento e colheita.

A empresa ainda apontou ter obtido sucesso na entrega de açúcar aos consumidores finais em mais de 40 países, reduzindo o número de tradings. A Raízen acredita que existe atualmente um novo equilíbrio de preço do açúcar (atualmente em US$ 0,25 por libra), impulsionado pela continuidade do crescimento da demanda não acompanhado da oferta. A companhia deve gradativamente capturar esse upside ao refazer o hedge de preços nas safras futuras, destacou.

A companhia ainda destacou sua visão sobre a recente mudança na política de preços da Petrobras (BOV:PETR4). De acordo com a Raízen (BOV:RAIZ4), a política de comercialização deve favorecer grandes compradores na distribuição de combustíveis.

A administração acredita que a estratégia da Petrobras de defender a participação no mercado doméstico deve beneficiar grandes consumidores de combustíveis com melhores condições de pagamento que devem melhorar o capital de giro. Além disso, a empresa estatal parece estar disposta a lutar com o diesel da Rússia por uma participação no mercado doméstico, o que deve remover a vantagem das empresas de distribuição menores, apontou a companhia no evento.

Durante o evento, a empresa ainda apontou que está estudando oportunidades de desinvestimento e atração de parceiros estratégicos, a fim de alavancar seu balanço e potencializar o crescimento em suas diferentes unidades de negócio.

Segundo o CEO da Raízen, Ricardo Mussa, não foram estabelecidas metas para esse plano de “reciclagem de portfólio”, e eventuais ações nesse sentido seriam tomadas “com muito rigor” e sem afetar a estratégia de longo prazo da companhia.

A alavancagem pretendida é de 1,6-1,8 vez a relação entre dívida líquida/Ebitda, com a orientação de capex da empresa de R$ 13,0-R$ 14,0 bilhões (70% de manutenção) sendo o pico, caindo gradualmente depois disso. A empresa continuará seus esforços para capturar créditos tributários, que podem somar R$ 12 bilhões ao longo do tempo (5-6 anos).

VISÃO DO MERCADO

 BTG Pactual 

Também com uma visão positiva, o BTG Pactual classificou após o Investor Day que a Raízen é a intersecção da agilidade e empreendedorismo da Cosan (CSAN3) com a visão de longo prazo e escala global da Shell.

“Para nós, esses atributos moldaram o estilo e as vantagens competitivas de uma das empresas mais admiráveis do nosso universo de cobertura. O Investor Day 2023 da Raízen, realizado esta semana, em muitos aspectos, reforça tudo isso. Vimos uma equipe de gestão conceituada e motivada na vanguarda das possibilidades de transição energética e soluções de mobilidade”, apontam os analistas do BTG.

Para eles, o desempenho das ações desde o IPO não corresponde à recomendação de compra para os papéis. “Mas, como a Raízen atravessa o pico de capex deste ano e os projetos de expansão ainda não estão desenvolvidos, acreditamos que há muito potencial de valor a ser gerado nos próximos 12 a 24 meses”, avaliam.

O BTG cita que as apresentações durante o Investor Day abordaram os principais aspectos da tese da Raízen. Eles podem ser resumidos em três frentes, em ordem de prioridade: (i) manter o status de grau de investimento com índice de alavancagem entre 1,6 vez e 1,8 vez, como citado anteriormente; (ii) garantir que o capex seja bem executado para que a Raízen cumpra seus planos de crescimento; e (iii) perseguir opcionalidades quando e se as metas anteriores forem atingidas.

“Nossa percepção é que a Raízen vê os próximos 18 meses como cruciais para cumprir seus planos de etanol de segunda geração (E2G) e renovar a produção de cana-de-açúcar sem comprometer a solidez do balanço. Após isso, a Raízen espera se tornar um forte gerador de caixa e de dividendos”, ressalta.

Bradesco BBI

O Bradesco BBI aponta ainda que continua vendo a empresa em uma gradual inflexão nas operações nos próximos anos. “Enquanto as despesas de capital devem começar a cair, os resultados operacionais devem melhorar com: (1) preços mais altos do açúcar (atualmente em US$ 0,25/libra), (2) colheitas mais fortes ajudadas por iniciativas de produtividade e fatores climáticos, e (3) menores custos de insumos, como diesel e fertilizantes. Tudo isso deve ser potencializado pelo foco da empresa em créditos tributários”, explica o banco.

O Bradesco BBI mantém recomendação outperform (desempenho acima da média do mercado, equivalente à compra) e preço-alvo de R$ 6, o que representa potencial de valorização de 71,9% frente a cotação de fechamento de quarta-feira (24) de R$ 3,49.

Itaú BBA

Já o Itaú BBA avalia que a empresa segue confiante na evolução de sua jornada de produtividade, já que mais da metade de seu canavial está mais próximo de seu pleno potencial, o que deve se traduzir em maiores volumes de moagem. Em relação aos ativos fiscais, a gestão da companhia acredita que poderá rentabilizar o valor acumulado em 2022/23 no médio prazo – entre cinco a dez anos.

JP Morgan

O JPMorgan, por sua vez, destacou que a produtividade agrícola é o principal foco da empresa agora, sendo o tópico mais relevante para a criação de valor. A Raízen está no caminho certo para aumentar os rendimentos de TCH (toneladas de cana por hectare) em 20%, com potencial para aumentar o FCF em R$ 3 bilhões por ano.

O banco americano também comentou que a administração da Raízen espera que 2023 seja mais estável em termos de margens e reforçaram sua estratégia de foco no cliente, explorando o crescimento do fornecimento de energia renovável na carteira de seus clientes.

 O JPMorgan também mantém recomendação equivalente à compra.

XP Investimentos

A XP Investimentos apontou que, sempre quando tem contato com a alta administração da Raízen, sai com uma visão positiva de longo prazo reiterada para nome, pois vê a companhia como a empresa mais bem preparada para aproveitar a atual tendência mundial de transição energética.

Os analistas da XP apontaram ainda potenciais catalisadores para o desempenho das ações no curto prazo.

Segundo eles, os preços dos papéis da Raízen podem ser impulsionados pela (i) captura de valor em ganhos de produtividade agrícola; (ii) alocação de capital; e (iii) desinvestimentos.

Nesse contexto, a equipe de research da XP lembra que a Raízen reportou ganhos de produtividade de cerca de 20% na base anual para a safra 23/24 nas canas de primeiro ao terceiro corte, que agora responde por mais de 60% da safra total de cana-de-açúcar, sugerindo que o guidance de alta de 10% na comparação anual é conservador. Com base nisso, a previsão de cerca de 80 milhões de toneladas de moagem para esta temporada também pode estar no limite inferior, deixando espaço para um risco potencial de alta.

Além disso, os analistas da XP destacam que a Raízen espera que toda a cana atinja seu potencial produtivo em 2 anos. “A combinação de menores custos unitários e maior produção pode levar a um impacto positivo de R$ 3 bilhões na geração de caixa (FCF), nas estimativas da companhia”.

Por outro lado, disse que compartilha das preocupações dos investidores sobre o risco de execução e que a precificação de todos os projetos de transição energética pode demorar para acontecer.

Com relação a desinvestimentos, embora com pouca divulgação, a administração está avaliando opções de reciclagem de portfólio (non-core), o que pode ajudar a diminuir as preocupações dos investidores com alavancagem, na visão da XP.

Informações Infomoney

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