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Raízen (RAIZ4): lucro líquido ajustado de R$ 2,52 bilhões no 4T22/23

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A empresa sucroalcooleira Raízen registrou lucro líquido ajustado de R$ 2,52 bilhões no quarto trimestre do ano-safra 2022/2023, resultado cerca de doze vezes o lucro obtido no mesmo período do ano anterior, conforme balanço.

O lucro foi impulsionado por reconhecimento de créditos tributários de PIS e Cofins no montante consolidado de R$ 3,77 bilhões.

A receita líquida da companhia ficou em R$ 55 bilhões no trimestre, alta de 2,8% na base anual.

O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) ajustado avançou 232% na comparação anual, indo para R$ 5,91 bilhões. Sem ajuste, a alta foi de 153% ano a ano, para R$ 6,83 bilhões.

Segundo a companhia, o clima mais seco dos últimos dois anos resultou na menor disponibilidade de cana neste ano (volume de moagem ante uma projeção inicial de 80 milhões de toneladas). Como consequência, a produtividade agrícola foi inferior à da safra passada, gerando uma queda na disponibilidade de produto. “Além da condição climática adversa, intensificamos a renovação do canavial nesta safra, reduzindo a área de colheita, em meio à jornada para recuperação da produtividade agrícola”, apontou.

A dívida líquida encerrou o trimestre a R$ 20,36 bilhões, em função da geração de caixa primária, compensada pelo crescimento do capex (+47% na comparação anual) e aquisições, além de outros efeitos líquidos.

Aproximadamente R$ 2,0 bilhões (16% do endividamento total) estão alocados na operação Latam com intuito de financiar os investimentos na Argentina. A alavancagem atingiu 1,3 vez em a relação “dívida líquida/Ebitda dos últimos 12 meses”, mesmo patamar do ano anterior.

A empresa sucroalcooleira ainda divulgou nesta sexta-feira estimativa de lucro antes de impostos, juros, amortização e depreciação (Ebitda) ajustado entre R$ 13,5 bilhões e R$ 14,5 bilhões no ano-safra 2023/2024.

A companhia projetou investimentos entre R$ 13 bilhões e R$ 14 bilhões no período, segundo fato relevante ao mercado.

Os resultados da Raízen (BOV:RAIZ4) referentes às suas operações do quarto trimestre de ano safra 2022/2023 foram divulgados no dia 12/05/2023.

VISÃO DO MERCADO

Bank of America

Para o Bank of America, o Ebitda ajustado ficou abaixo das expectativas, porém, aos olhos do banco, a empresa continua cumprindo sua agenda de produtividade de cana-de-açúcar e precificação de açúcar e etanol.

Sobre a divisão de açúcar e renováveis, o BofA aponta que houve uma diluição limitada dos custos, já que a moagem durante o ano foi impactada por condições climáticas adversas. Por outro lado, os preços do açúcar ficaram em R$ 2.557 por tonelada, 12% acima dos preços internacionais, enquanto o etanol ficou em R$ 3,40 por litro, 24% acima dos preços de mercado.

Isso é resultado da estratégia da Raízen de acessar diretamente o consumidor final e diversificar a base de clientes, explica o BofA. Além disso, os rendimentos ficaram acima dos pares na mesma região, por causa dos investimentos no campo.

Sobre as projeções da Raízen para o ano-safra de 2023, os números estão em linha com o projetado pelo banco. As estimativas da companhia indicam uma queima de caixa ao longo do ano, mas o BofA acredita que a empresa deve continuar mantendo a alavancagem baixa, provavelmente buscando alternativas dentro das operações para aumentar o fluxo de caixa.

Bank of America tem recomendação de compra com preço-alvo de R$ 5,00.

BTG Pactual

Para o BTG Pacutal, os resultados foram mistos, com o desempenho operacional sendo distorcido por um efeito tributário robusto, enquanto a geração de caixa no período foi positiva, ajudando a empresa a reduzir dívida.

Os analistas Thiago Duarte, Pedro Soares e Henrique Brustolin escrevem que o Ebitda de R$ 2,6 bilhões, retirados todos os efeitos, ficou 18% abaixo das estimativas, mesmo crescendo quase 50% no ano.

O banco aponta que menores volumes de vendas em produção, assim como menores margens em etanol e combustíveis explicam o desempenho operacional da Raízen abaixo do esperado.

Outro ponto negativo são as metas apresentadas pela Raízen para o atual ano fiscal, mais conservadoras do que o esperado em termos operacionais e com números de investimento que chamam atenção, apontando que a empresa não deve reduzir alavancagem tão cedo.

BTG Pactual tem recomendação de compra com preço-alvo de R$ 8,00.

Bradesco

A Raízen apresentou Ebitda de R$ 2,6 bilhões excluindo os créditos tributários, 13% acima da estimativa do Bradesco BBI, mas 14% abaixo do consenso. O banco diz, em relatório, que os resultados de marketing e serviços continuaram sendo um destaque negativo, com margem recorrente inferior à de Ipiranga e da Vibra, enquanto o retorno sobre investimento caiu de 17% para 12%.

“Os resultados de renováveis e açúcar tiveram desempenho inferior ao longo do ano, mas podem melhorar significativamente neste ano-safra, devido a melhores condições climáticas e preços mais altos, especialmente para o açúcar”, comentam os analistas Vicente Falanga e Gustavo Sadka.

O banco destaca ainda que a companhia apresentou as novas projeções para o ano-safra 2023-2024, com Ebitda entre R$ 13,5 milhões a R$ 14,5 bilhões e investimentos de R$ 13 bilhões a R$ 14 bilhões.

“Nossa estimativa atual de Ebitda de R$ 13,6 bilhões está próxima do limite inferior, enquanto nossa estimativa de investimento está abaixo da projeção da empresa em R$ 10,6 bilhões”, dizem os analistas.

Bradesco BBI tem recomendação de compra com preço-alvo de R$ 6,00 por ação.

Citi

Na avaliação do Citi, a Raízen finalizou um ano-safra de 2022 desafiador com resultados pressionados no quarto trimestre fiscal, mas mostrando evolução na operação de açúcar e renováveis, parcialmente compensados pelo desempenho em combustíveis.

Os analistas Gabriel Barra e Joaquim Alves Atie escrevem que o Ebitda ajustado de R$ 2,6 bilhões no quarto trimestre fiscal ficou 10% abaixo do esperado, mas mostrou bom crescimento na comparação anual.

O banco destaca o bom desempenho da Raízen em açúcar, com maiores volumes comercializados e preço médio, assim como em etanol, também com maiores preços, ajudando a mitigar parcialmente as pressões no setor de combustíveis no início do ano.

As margens da Raízen em combustíveis ficaram acima do esperado em R$ 113 por metro cúbico, ajudada pela adição de novos postos em um ano, mas ainda assim, pior do que o resultado de um ano atrás, quando excluídos efeitos tributários.

“Ainda vemos Raízen como uma tese de investimentos de longa duração, que deve permanecer abaixo de pares do setor por maiores exigências de investimento em um momento de juros altos”, comentam.

Citi tem recomendação de compra com preço-alvo de R$ 6,00…

* Com informações da ADVFN, RI das empresas, Valor, Infomoney

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