A Wells Fargo & Co (NYSE:WFC) concordou em pagar US$ 1 bilhão para resolver um processo de um acionista que a acusava de fazer declarações enganosas sobre sua conformidade com ordens de consentimento federais após o escândalo de 2016 envolvendo a abertura de contas de clientes não autorizadas.

A Wells Fargo & Co também é negociada na B3 através do ticker (BOV:WFCO34).

No momento da publicação (15h34, horário de Brasília), as ações WFCO34 estavam em alta de 0,6%, a um último preço de R$ 47,63 reais. O mínimo de 52 semanas é de R$ 45,71 reais. O máximo de 52 semanas é de R$ 64,91 reais.

O acordo é um dos seis maiores acordos de ações coletivas de valores mobiliários da última década, de acordo com os advogados dos investidores, que entraram com um pedido na segunda-feira (16) para que um juiz de Manhattan aprove o acordo.

Os investidores processaram o banco em 2020, alegando que seu ex-CEO, Tim Sloan, e outros executivos fizeram declarações enganosas em depoimento perante o Congresso, investidores e a mídia.

Os investidores alegaram que os executivos apresentaram um cenário muito otimista sobre suas interações com os reguladores, inclusive não revelando que seus planos iniciais de reforma haviam sido rejeitados pelas autoridades.

O produto do acordo irá para investidores que compraram ações da Wells Fargo de 2 de fevereiro de 2018 a 12 de março de 2020.

“Este acordo resolve uma ação coletiva de valores mobiliários consolidada envolvendo a empresa e vários ex-executivos e um diretor, que não está na empresa há vários anos”, disse um porta-voz da Wells Fargo. “Embora discordemos das alegações neste caso, estamos satisfeitos por ter resolvido este assunto.”

O acordo segue um acordo anterior há quatro anos sobre o escândalo de contas falsas do banco com executivos e diretores avaliados em US$ 320 milhões e um acordo de acionistas de 2018 que custou à empresa US$ 480 milhões. Em 2020, o Wells Fargo concordou em pagar US$ 3 bilhões para encerrar as investigações dos EUA sobre mais de uma década de abusos generalizados do consumidor em um acordo que permitiu ao banco evitar acusações criminais.

Embora os abusos de vendas tenham sido descritos repetidamente em investigações anteriores, o acordo de 2020 forneceu mais detalhes sobre o ambiente de alta pressão que levou legiões de funcionários de baixo escalão a infringir a lei – muitas vezes custando-lhes seus empregos quando foram pegos pelo interno da empresa controles. Muitos dentro do banco se referiam às práticas abusivas de vendas como “jogos”, de acordo com os promotores da época.

Por Bloomberg/Robert Burnson