Nesta quinta-feira (29), o Google, empresa controladora da Alphabet (NASDAQ:GOOGL), anunciou que removerá os links para notícias canadenses dos resultados de busca e de outros produtos no Canadá, em conformidade com o Bill C-18, também conhecido como Lei de Notícias Online. Essa decisão segue a Meta Platforms Inc (META, M1TA34), proprietária do Facebook, que também anunciou o fim do acesso a notícias para usuários canadenses em suas plataformas após a aprovação da lei na semana passada. A lei está programada para entrar em vigor dentro de seis meses.
A Alphabet também é negociada na B3 através do ticker (BOV:GOGL34).
O ministro do Patrimônio, Pablo Rodriguez, responsável pela apresentação do projeto de lei no ano passado, afirmou que as plataformas não possuem obrigações imediatas sob a lei e que o governo está aberto a consultas sobre o processo regulatório e de implementação.
A indústria de mídia do Canadá tem defendido uma regulamentação mais rigorosa das empresas de tecnologia para evitar que elas expulsem as empresas de notícias do mercado de publicidade online.
Em um post em seu blog, o Google informou ao governo que, quando a lei entrar em vigor, será necessário remover os links para notícias canadenses dos produtos Search, News e Discover no Canadá. A empresa destacou que essa decisão e seus impactos não foram tomados de forma leviana e ressaltou a importância de ser transparente com os editores canadenses e os usuários.
A lei estabelece regras para que plataformas como o Facebook e o Google negociem acordos comerciais e paguem aos editores de notícias pelo uso de seu conteúdo, seguindo uma abordagem semelhante à legislação inovadora aprovada na Austrália em 2021.
As empresas de tecnologia dos EUA afirmaram que as propostas são insustentáveis para seus negócios. O Google argumentou que a lei do Canadá é mais abrangente do que as da Austrália e da Europa, pois estabelece um preço para os links de notícias exibidos nos resultados de pesquisa e pode ser aplicada a veículos que não produzem notícias.
O Google propôs que o projeto de lei seja revisado para que o pagamento seja baseado na exibição de conteúdo de notícias, em vez de links, e para especificar que apenas as empresas que produzem notícias e aderem aos padrões jornalísticos sejam elegíveis para o pagamento.