O índice Ibovespa, principal indicador da bolsa de valores brasileira, registrava uma queda de 1,2%, levando-o a perder a marca dos 117.000 pontos. A queda foi motivada pelo resultado do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), que veio ligeiramente acima das projeções dos economistas. Esse resultado negativo afetou o desempenho da bolsa brasileira, enquanto, no exterior, as bolsas de Wall Street apresentaram uma recuperação.

Nos Estados Unidos, os principais índices acionários apresentaram ganhos após a divulgação de indicadores econômicos fortes, aliviando os temores de uma possível recessão futura. O Dow Jones registrou alta de 0,37%, o S&P 500 subiu 0,44% e o Nasdaq avançou 0,57%.

Em relação à política monetária, o Federal Reserve (Fed) decidiu fazer uma pausa nos aumentos das taxas de juros, mas sinalizou a possibilidade de um novo aumento em julho.

Essa perspectiva mantém os investidores atentos às declarações dos principais formuladores de políticas, especialmente as do presidente do Fed, Jerome Powell, que serão proferidas no Fórum do Banco Central Europeu (BCE).

O IPCA-15 e a ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central do Brasil revelaram divergências entre os membros do comitê em relação aos próximos passos da política monetária. Enquanto alguns defendem cautela, outros veem espaço para o início do afrouxamento em agosto.

No mercado cambial, o dólar registrou uma alta em relação ao real brasileiro, sendo cotado a R$ 4,7948, com uma variação positiva de 0,59%. Essa movimentação contrariou a tendência do dólar no exterior, onde o índice DXY, que mede a força da moeda norte-americana em relação a uma cesta de outras moedas, apresentou uma queda de 0,14%, situando-se em 102,549.

Essa valorização do dólar influenciou os juros longos, com os rendimentos dos títulos do Tesouro Nacional registrando movimentos mistos. Enquanto o rendimento da nota de 2 anos apresentou queda, fechando em 4,736%, o rendimento da nota de 10 anos registrou alta, atingindo 3,759%.

Destaques

Os papéis do setor de mineração e siderurgia acompanham a alta do minério de ferro, que subiram com a expectativa por estímulos econômicos por parte do governo chinês.

Em Dalian, o contrato para setembro teve alta de 4,11% (US$ 114,11 a tonelada), enquanto no mercado à vista de Qingdao a valorização foi de 3,08% (US$ 114,21). A commodity subia também em Cingapura, onde era negociada a US$ 113,05 a tonelada (+0,44).

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 Com informações do BDM e TC