O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, lamentou a conclusão da venda do Polo Potiguar à 3R Petroleum nas suas redes sociais, reforçando que o processo foi iniciado antes de sua gestão: e informou que irá acolher os trabalhadores afetados nessas regiões.
“Hoje não é um dia feliz para a Petrobras no Rio Grande do Norte. Como Senador da República e presidente da Frente Parlamentar Nacional em Defesa da Petrobras de 2019 a 2022, lutei muito para que o Polo Potiguar não fosse vendido, ainda mais como foi: juntando os melhores campos terrestres do Estado com a Refinaria Clara Camarão, terminais, dutos e bases.
Infelizmente, apesar disso, a venda se consumou antes da minha posse como Presidente da Petrobras (BOV:PETR3) (BOV:PETR4) e, cumprindo com as determinações do Presidente Lula de reter os ativos não vendidos sem desrespeitar contratos, estamos hoje finalizando o período de transferência física e operacional desses ativos”, escreveu Prates: na postagem.
Segundo Prates, a operação “por pouco” não significou a saída total da Petrobras do RN. “Chegamos a tempo, e posso assegurar que a Petrobras não sairá do Rio Grande do Norte. Seguirá aqui, reinaugurará sua sede em Natal no dia 19 de junho e se revitalizará fortemente em breve. Aos petroleiros/as do RNCE estamos organizando todas as condições para não apenas superar esta transição como para que iniciem em breve novas fases profissionais, voluntariamente, com conforto, perspectivas e segurança.”
Em vídeo publicado em seu perfil no Instagram nesta quinta-feira, direcionado aos trabalhadores das unidades de negócio dos estados do Rio Grande do Norte e Ceará (UN-RNCE), Prates disse que a companhia iniciou uma pesquisa com os trabalhadores em 2 de junho para “entender suas preocupações nesse momento de transição”, que a companhia está trabalhando para “buscar soluções para o corpo de trabalho local, olhando tanto para a área operacional, quanto
administrativa”.
Ele disse que a Petrobras vai reformular sua atuação no Rio Grande do Norte, “região que terá importante papel no plano da Petrobras rumo à transição energética e à ampliação dos investimentos no segmento de renováveis”. “A Petrobras fica no Rio Grande do Norte: a Petrobras fica no Ceará, a Petrobras fica no Nordeste”, afirmou.
Segundo o executivo, parte do contingente nesses locais “não sofrerá qualquer impacto, permanecendo no RN” e que prevê a abertura de vagas administrativas em Natal e operacionais nas unidades do offshore, além de outras vagas de trabalhos nas unidades da empresa no Nordeste, em refino e em outras áreas da companhia, além de novas formas de trabalho.
“Firmes em nosso compromisso e cuidado com as pessoas, lançamos no inicio de junho uma pesquisa de mobilidade para levantar junto aos trabalhadores e trabalhadoras abrangidos pelo Polo Potiguar o interesse de atuação de cada um e cada uma, com a garantia de permanência no estado para os que desejarem, e um regime de teletrabalho até as alocações nos seus novos setores na Petrobras.”