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GPA: colombiano Gilinski faz nova oferta de US$ 586,5 milhões por 51% do capital do Éxito, ações despencam

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O GPA recebeu de Jaime Gilinski, nova oferta não solicitada e não negociada previamente com a administração, para aquisição parcial das ações detidas pelo GPA no Almacenes Éxito.

O comunicado foi feito pela empresa (BOV:PCAR3) nesta terça-feira (18).

A oferta tem como objetivo a aquisição de 51% do capital social do Éxito pelo valor de US$ 586.500.000, que representaria US$ 1.150.000.000 pela totalidade do capital social do Éxito.

Nos termos da carta submetida ao GPA, foi informado que: a nova oferta é vinculante; Campbelltown Inc. ou outra entidade a ser determinada após diligência adicional será o veículo comprador; a nova oferta tem valor equivalente a US$ 586.500.000, a ser pago em dinheiro para o GPA pela participação de 51% no Éxito; o comprador tem capacidade financeira para a aquisição e sua conclusão não está sujeita à obtenção de financiamento; sujeito às aprovações regulatórias da Superintendência Financeira da Colômbia – SFC e da Bolsa de Valores da Colômbia – BVC, a aquisição se daria no contexto de uma oferta pública de aquisição de ações (OPA) a ser lançada pelo comprador; além da aprovação da OPA, a conclusão da transação requer a aprovação de outras agências regulatórias (incluindo antitruste) na Colômbia e em outras jurisdições; e a nova oferta é válida até 21 de julho de 2023.

A diretoria do GPA comunicou o recebimento da nova oferta para o conselho de administração, que deve se reunir para avaliar o tema nos próximos dias.

“Importante ressaltar que o recebimento da nova oferta não altera ou suspende a transação em curso para segregação dos negócios do GPA e do Éxito, conforme anunciada ao mercado”, destacou o GPA, ressaltando que a transação continua em evolução e tem previsão de conclusão nas próximas semanas.

VISÃO DO MERCADO

Na abertura do mercado nesta quarta-feira (19), às 14h55 (horário de Brasília), os ativos PCAR3 caíam 5,7%, a R$ 21,21.


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Bradesco BBI

Na visão do Bradesco BBI, esse é um preço atraente para os acionistas do GPA Brasil venderem o controle do Éxito, o que permitiria ao GPA melhorar sua estrutura de capital.

Ainda assim, de acordo com as suas estimativas, esta nova oferta avalia o Éxito, comparado com pares da América Latina excluindo varejistas brasileiros de alimentos, com um desconto de 15%/33% para os múltiplos 2023 de 2024 com base em estimativas de consenso.

De qualquer forma, os analistas Felipe Cassimiro, Pedro Pinto, Renan Sartorio e João Andrade, que assinam o relatório, mantêm a visão de que a segregação das operações do GPA Brasil e do Grupo Éxito poderia desbloquear valor, uma vez que ambos os ativos combinados são negociados a 3,7 vezes o múltiplo EV/Ebitda (valor de mercado mais a dívida líquida/lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) estimado para 2024, um desconto de 37% em relação ao varejo alimentar brasileiro.

Enquanto o GPA embolsaria R$ 2,8 bilhões com a venda da fatia do Éxito para Gilinski, em contraste, o segregação dos negócios do Éxito que está em curso e deverá ser finalizado nas próximas semanas implica na manutenção do GPA com uma participação menor de 13,5%, enquanto sua participação restante de 83% seria distribuída aos acionistas por meio de um mix de BDR (Brazilian Depositary Receipts), ADR (American Depositary Receipts) e ações listadas na Colômbia, sem injeção de caixa de curto prazo.

“Em nossa visão, a estrutura de capital do GPA Brasil é um risco a ser tratado, dada a dívida líquida de R$ 3,0 bilhões no 1T23 (…) Assim, a injeção de caixa de R$ 2,8 bilhões é uma proposta atrativa para desbloquear o valor do sucesso, mantendo uma posição que poderia ser potencialmente monetizada daqui para frente”, avalia.

O BBI segue com recomendação outperform (desempenho acima da média do mercado, equivalente à compra), mas reduzindo levemente o preço-alvo de R$ 30 para R$ 29 por ação para o final de 2024, ou um potencial de valorização de 29% frente o fechamento da véspera.

Goldman Sachs

O Goldman Sachs, por sua vez, que tem recomendação neutra para os ativos GPA, também lembra que a oferta avalia o Grupo Éxito em US$ 1,15 bilhão (participação de 100%), implicando um múltiplo de aquisição de cerca de 3,5 vezes o EV/Ebitda ajustado em 2023 (assumindo cerca de US$ 500 milhões em dívida líquida incluindo aluguéis para o Grupo colombiano, em linha com o que a empresa reportou em seus resultados do 1T23).

Isso está abaixo do atual nível de negociação do GPA de 4,8 vezes o EV/Ebitda ajustado esperado para 2023, nas estimativas da casa.

“Também observamos que o valor oferecido (US$ 586,5 milhões) está cerca de 16% abaixo da participação a preço de mercado (no valor de cerca de US$ 700 milhões com base no último fechamento, com ajuste do câmbio). Observamos que a liquidez das ações do Éxito é atualmente relativamente limitada, devido ao pequeno free float”, avaliam os analistas do banco americano.

O Goldman ainda lembra que, de acordo com a regulamentação colombiana, uma oferta por uma fatia acima de 25% desencadearia um chamado para oferta pública de aquisição (OPA) da totalidade das ações da empresa. Como a PCAR detém 96,5% do Grupo, seria possível negociar a aquisição de uma participação fixa de 51%.

Além disso, o Goldman também ressalta que a potencial venda de uma participação de 51% no grupo colombiano provavelmente reduziria a liquidez das ações e potencialmente limitaria a participação, posteriormente, de um outro comprador estratégico por uma fatia restante que não implicaria no controle da empresa.

“Embora não tenhamos uma opinião sobre se a empresa prosseguiria com o negócio, assumindo um pagamento único, tudo mais constante, o GPA se tornaria caixa positivo”.

Assim, o mercado fica de olho nos próximos desdobramentos. A nova oferta é válida até a próxima sexta-feira (21). Com isso, o Conselho de Administração do GPA deve se reunir para avaliar o tema nos próximos dias.

Informações Financenews

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