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Neoenergia (NEOE3): lucro líquido de R$ 728 milhões no 2T23, queda de 32%

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A Neoenergia reportou lucro líquido atribuído aos controladores de R$ 728 milhões no segundo trimestre de 2023 (2T23), montante 32% inferior ao reportado no mesmo intervalo de 2022, informou a elétrica. De janeiro a junho, o lucro da companhia totalizou R$ 1,943 bilhão, montante 15% menor do que o reportado no primeiro semestre de 2022.

Ebitda – lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização – ajustado totalizou R$ 2,366 bilhões no 2T23, um crescimento de 5% em relação ao 2T22.

A receita líquida somou R$ 10,534 bilhões no segundo trimestre deste ano, crescimento de 9% na comparação com igual etapa de 2022.

O resultado da Neoenergia foi influenciado pelo crescimento orgânico das distribuidoras do grupo, com expansão das redes e avanço também em projetos de transmissão. A companhia também destacou que o período foi marcado pela disciplina financeira e pela conclusão das obras do complexo eólico Neoenergia Oitis.

A energia injetada total, incluindo GD, foi de 19.873 GWh no 2T23, +2,7% vs. 2T22, e de 40.382 GWh no 6M23, +2,6% vs. 6M22. O melhor mercado na Bahia, Pernambuco e Rio Grande do Norte, compensou os impactos de maiores chuvas nas demais concessões.

O segmento Renováveis apresentou margem bruta de R$ 376 milhões no 2T23 (+R$ 55 milhões vs. 2T22) e de R$ 721 milhões no semestre (+R$ 113 milhões vs. 6M22), impactada majoritariamente pelas eólicas (+R$ 38 milhões vs. 2T22 e +R$ 99 milhões vs. 6M22), em função da maior geração e da entrada em operação comercial a partir do 3T22 do Complexo Eólico de Oitis. Destacamos também a conclusão do Complexo Solar Luzia, com efeitos positivos na margem de R$ 11 milhões no 2T23 e R$ 21 milhões no 6M23.

O segmento de Redes encerrou o 2T23 com Margem Bruta sem VNR de R$ 3.262 milhões, +8% vs. 2T22, impactada pelos efeitos dos Reajustes Tarifários de 2022 de Neoenergia Coelba, Neoenergia Pernambuco e Neoenergia Cosern vigentes a partir do final de abril/22 (variação da parcela B: +14,14%, +14,82% e +14,75% respectivamente), da Neoenergia Elektro, vigente a partir do final de agosto/22 (variação da parcela B: +9,32%) e da Neoenergia Brasília, vigente a partir do início de novembro/22 (variação da parcela B: + 5,2%); das Revisões Tarifárias de Neoenergia Coelba e Neoenergia Cosern em abril de 2023, variação da parcela B +2,5% e +0,25%, respectivamente; e dos novos lotes em operação. A Margem Bruta foi de R$ 3.442 milhões no 2T23 (-7% vs. 2T22), impactada pela redução do VNR devido ao menor IPCA no período.

O resultado financeiro líquido foi negativo em R$ 1,321 bilhão no segundo trimestre de 2023, uma elevação de 14% sobre as perdas financeiras da mesma etapa de 2022.

A margem bruta atingiu a cifra de R$ 3,992 bilhões no segundo trimestre de 2023, um recuo de 8% na comparação com igual etapa de 2022.

As despesas operacionais somaram R$ 1.014 milhões no 2T23 e R$ 1.984 milhões no 6M23. Normalizando os novos lotes de transmissão e projetos renováveis, o crescimento é de 4,6% no 2T23 e 6,1% no 6M23, em linha com a inflação, absorvendo maior número de clientes.

Segundo a empresa, os investimentos alcançaram R$ 2,2 bilhões no trimestre e R$ 4,3 bilhões no acumulado do ano. A maior parte dos aportes foi para o segmento de distribuição para expansão de redes nas cinco concessionárias geridas pela Neoenergia.Em 30 de junho de 2023, a dívida líquida da companhia era de R$ 38,2 bilhões, apresentando um crescimento de 5% (R$ 1,764 bilhão) em relação a dezembro de 2022, explicado principalmente pela execução de CAPEX dos projetos de Redes.

O indicador de alavancagem financeira, medido pela dívida líquida/Ebitda ajustado, ficou em 3,33 vezes em junho/23, alta de 0,18 ponto percentual (p.p.) em relação ao mesmo período de 2022.

Os resultados da Neoenergia (BOV:NEOE3) referentes às suas operações do segundo trimestre de 2023 foram divulgados no dia 25/07/2023. Confira o Press Release!

Teleconferência

Após perceber um aumento da inadimplência no começo do ano, a Neoenergia está vendo o perfil de seus consumidores mudar nos últimos meses. Em teleconferência ao mercado nessa quarta-feira, 26 de julho, o CEO da empresa, Eduardo Capelastegui, disse que a arrecadação deve voltar ao patamar normal de R$ 45 milhões mensais, movimento provavelmente ligado a maior confiança da economia e perspectiva de queda de juros que deve começar em agosto.

“Esperamos a estabilização no segundo semestre e vamos voltar aqueles R$ 150 milhões por trimestre que é o nível normal de inadimplência da companhia”, salienta, destacando também o apoio do Programa Desenrola, criado pelo governo para negociação de dívidas e citando que a distribuidora possui quase 350 mil clientes elegíveis a essa proposta, trabalhando com uma expectativa entre R$ 50 milhões e R$ 100 milhões de arrecadação.

Na maior concessão do grupo, localizada na Bahia, 64.164 Unidades Consumidoras residenciais sofreram cortes por não pagarem as contas no mês de março, número que reduziu para 53.171 UCs em junho, segundo dados coletados junto à Aneel.

  • Crescimento conservador

Quanto a alocação de capital e expansão dos negócios olhando novos projetos, o executivo ressaltou a busca pelo crescimento orgânico, principalmente na distribuição, onde a empresa aporta quase R$ 6 bilhões por ano, e que na transmissão, apesar de não ter vencido nenhum lote no último certame, a ideia é seguir participando dos próximos leilões do segmento, a não ser o das linhas de corrente contínua. “Vamos seguir o critério observado no último leilão, em que avaliamos aonde poderíamos ir com as condições de mercado como estão”, comenta Capelastegui, afirmando que a política de pagamento de dividendos não será alterada.

Já na geração, a subsidiária da Iberdrola mira um pipeline de 5 GW eólico e solar e alguns projetos já com outorgas e prontos para assinar os contratos de transmissão, mas com o problema recaindo em uma previsão futura de preços baixos, o que dificulta a viabilização desses projetos por enquanto. No entanto, Eduardo menciona dois grandes projetos em curso ligados a transição energética e que poderão constituir um caminho a ser avaliado. “Temos os projetos mas ainda não temos os retornos que queremos e por enquanto não vamos entrar em negócio de R$ 2 bilhões, pois não faria sentido”, pontua.

Quanto ao processo de renovação das concessões, que está em consulta pública no Ministério de Minas e Energia, a visão da empresa é de que existe um bom canal de comunicação com a pasta, e que entre as contribuições levadas à CP existem dois pontos principais de desacordo, o primeiro quanto ao excedente de energia que teria que ser assumido pelas concessionárias, e o outro sobre preservar os incentivos que tem um reconhecimento legal e que não sejam repassados às tarifas. “Assumir o excedente pressupõe que a regulação não funciona e entendemos que a metodologia proposta na Aneel não tem um embasamento técnico forte”, finaliza o CEO.

VISÃO DO MERCADO

Em alta de 54% desde o início de abril (até o fechamento da véspera), as ações da Neoenergia (NEOE3) registram uma sessão de perdas após a divulgação dos resultados do segundo trimestre de 2023 (2T23). O lucro líquido recuou 32% no segundo trimestre deste ano, em relação ao mesmo período do ano passado, para R$ 728 milhões.

Às 13h05 (horário de Brasília), os papéis da Neoenergia caíam 5,32%, a R$ 20,82, na sessão desta quarta-feira (26).

Credit Suisse

Em nota a clientes, o Credit Suisse apontou que a Neoenergia vinha de um momento especial na Bolsa por conta da alta recente, tendo visto alguns acionistas que “sofreram por anos na tese” defenderem que ainda existe um upside relevante no papel, assumindo um cenário no qual a empresa seguirá muito mais disciplinada em certames futuros (como leilões).

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Assim, uma das maiores dúvidas de forma geral nesta temporada tem sido o quanto os investidores irão focar no trimestre e o quanto irão olhar para a segunda metade de 2023 e em 2024 como um todo. A grande maioria dos clientes contatados pelo Credit, avalia o banco, parece olhar mais para o ano que vem.

Neste contexto, entrando especificamente no resultado do 2T23, os analistas do banco enxergaram os dados como marginalmente negativos em função de um resultado pior do que o esperado na remuneração de parcela B da distribuidora, além de números mais fracos no segmento de hidrelétricas.

Do outro lado, eles acabaram sendo parcialmente ofuscados por bons números de energia renovável, beneficiados pelo início de operação de novos ativos.

O ajuste de tarifas e novos ativos tiveram um papel importante para puxar a receita consolidada, que avançou 8,7% ano a ano (versus expectativa do Credit de queda de 8,2%).

Na linha de custos, houve pressão vinda de inadimplência e um PMSO (Pessoal, Material, Serviços de Terceiros e Outras despesas) consolidado aumentando 12% na base anual em função de um maior custo de time e despesas com start up dos novos ativos. O lucro também foi afetado negativamente pelo resultado financeiro, mas houve compensação vinda da alíquota efetiva.

JPMorgan

O JPMorgan também aponta as despesas gerais e administrativas como um ponto negativo e vê números mais fracos do Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações), que ficou 13% abaixo do esperado por conta dos custos e maiores provisões para pagamentos duvidosos.

Por outro lado, o banco segue com recomendação overweight (exposição acima da média do mercado, equivalente à compra) para NEOE3.

“Depois de superar as estimativas por muitos trimestres, não achamos que esse resultado mais ‘leve’ deva estragar a história”, avalia o banco.

* Com informações da ADVFN, RI das empresas, Valor, Infomoney, Estadão

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