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Petrobras: Credit Suisse espera uma redução nos resultados em comparação com o trimestre anterior

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Com a temporada de balanços se intensificando, analistas estão focando em suas projeções para um dos resultados mais aguardados: o da Petrobras (BOV:PETR3) (BOV:PETR4).

Essa expectativa não se limita apenas aos números da estatal de petróleo em si, mas também inclui os dividendos e uma nova política de proventos que está sendo observada.

A companhia irá divulgar seus resultados do segundo trimestre de 2023 (2T23) no próximo dia 3 de agosto, após o fechamento do mercado. O Credit Suisse espera uma redução nos resultados em comparação com o trimestre anterior, especialmente devido a uma menor produção e a preços mais baixos do barril de petróleo brent ao longo do período.

O preço médio do brent caiu cerca de 5% em relação ao trimestre anterior, chegando a US$ 78 o barril, enquanto o banco estima que a produção de petróleo tenha diminuído 3% no trimestre, totalizando cerca de 2,08 milhões de barris de petróleo por dia (bpd) no 2T23.

Os analistas do banco projetam um lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (Ebitda) de US$ 12,2 bilhões para a estatal, o que representa uma queda trimestral de 12% e uma queda anual de 39%. Quanto ao lucro líquido, a projeção é de um total de US$ 4,5 bilhões, refletindo uma redução trimestral de 38% e uma queda anual de 59%.

Em relação ao fluxo de caixa livre para o acionista (FCFE), a estimativa é de US$ 5,7 bilhões, impulsionada por uma entrada de caixa de US$ 1,5 bilhão decorrente da venda de Potiguar para a 3R Petroleum e de US$ 426 milhões do Polo Norte Capixaba para a Seacrest.

A projeção para o FCFE orgânico (excluindo desinvestimentos e capital de giro) é de US$ 4,0 bilhões, resultando em um rendimento anualizado de 18,5%. No entanto, o banco enfatiza que, apesar de ainda representar um bom retorno, essa taxa é substancialmente menor do que a dos últimos trimestres. Eles observam que a combinação da queda na produção e dos preços baixos do Brent deve levar a uma piora nos resultados, com expectativa de novas baixas no futuro.

Os analistas também destacam que a margem de segurança diminuiu significativamente em relação a alguns meses atrás, considerando a avaliação da estatal após o recente rali nos preços das ações. Atualmente, o Credit Suisse mantém recomendação neutra para os ADRs (recibos de ações negociados na Bolsa dos EUA) PBR (equivalente ao PETR3), com preço-alvo de US$ 15, representando um potencial de alta de 12% em relação ao fechamento do dia anterior. Neste ano, as ações PETR3 subiram 34%, enquanto as PETR4 avançaram cerca de 40%.

É importante destacar que, nesta quarta-feira, o diretor financeiro da Petrobras, Sergio Caetano Leite, anunciou que a companhia irá deliberar os dividendos do segundo trimestre com base em uma nova regra.

Ele informou que o estudo sobre a nova política de dividendos deve ser concluído até o fim do mês e que os dividendos da Petrobras serão equivalentes aos de empresas congêneres ou pares no setor.

O Credit Suisse enfatizou que esse ponto está sendo observado de perto pelos investidores, considerando que a Petrobras normalmente também anuncia os dividendos juntamente com os resultados trimestrais.

Antes das declarações do diretor financeiro, o banco havia destacado em seu relatório a expectativa de dividendos no valor de US$ 3,7 bilhões (correspondente a um dividend yield de 4,2%, ou seja, o valor do dividendo em relação ao preço da ação), tendo como base a atual política de dividendos, que é de 60% da diferença entre o fluxo de caixa operacional e os investimentos.

Essa é considerada a estimativa máxima pelo banco, uma vez que é considerado muito improvável que a mudança na política resulte em aumento do pagamento de dividendos, devido ao discurso do governo.

Se a política adotada for a de 30% do fluxo de caixa operacional (semelhante à da Shell), os dividendos seriam de US$ 3,0 bilhões (dividend yield de 3,4%), enquanto uma política de 40% do lucro líquido resultaria em US$ 1,8 bilhão em dividendos (dividend yield de 2,1%).

No pior cenário, em que seria adotado o pagamento mínimo legal de 25% do lucro líquido, os dividendos seriam de US$ 1,1 bilhão, com um dividend yield de 1,3%.

Diversas casas têm especulado sobre a política de dividendos da companhia. Os analistas do Goldman Sachs, por exemplo, mencionaram em uma nota recente que também modelam uma política de dividendos de 40% do fluxo de caixa das atividades operacionais, enquanto os principais produtores de petróleo devem alocar de 40% a 50% na remuneração dos acionistas nos próximos anos.

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