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Alpargatas (ALPA4): prejuízo líquido normalizado de R$ 43,4 milhões no 2T23

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A fabricante de calçados Alpargatas, dona da marca Havaianas, registrou prejuízo líquido normalizado de R$ 43,4 milhões no segundo trimestre desse ano, revertendo a cifra positiva de R$ 63,3 milhões reportada no mesmo intervalo do ano passado.

O prejuízo líquido consolidado no período foi de R$ 53,1 milhões ante lucro de R$ 48,2 milhões um ano antes. O prejuízo líquido normalizado de Havaianas foi de R$ 37 milhões contra lucro de R$ 113,5 milhões no segundo trimestre de 2022.

No trimestre, o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) normalizado da Alpargatas ficou em R$ 4,8 milhões, queda de 97,3% frente um ano antes, e margem de 0,5%, com recuo de 16,2 pontos porcentuais na mesma base de comparação.

A receita líquida somou R$ 926,4 milhões no período, queda anual de 12,7%. Segundo a companhia, “a queda de 20,8% nos volumes vendidos foi a principal causa dessa variação”.

O resultado financeiro líquido foi R$ 32,8 milhões negativos, um aumento de 385,1% na comparação anual. O aumento das despesas financeiras é explicado pela maior alavancagem e pelo aumento do CDI impactando o custo-médio da dívida.

A companhia encerrou o período com posição financeira líquida negativa de R$ 925,6 milhões, representando redução de R$ 35,4 milhões em relação ao primeiro trimestre do ano. Para a companhia, foi “uma importante desaceleração no consumo de caixa em relação aos R$ 277,9 milhões negativos do intervalo entre janeiro e março sobre o quarto trimestre de 2022”.

A melhoria, segundo a Alpargatas, deve-se principalmente à variação de capital de giro e outros, de R$ 74,4 milhões, e ao menor Capex no período, de R$ 96,1 milhões.

A companhia fechou o trimestre com dívida líquida de R$ 925,6 milhões e a alavancagem, medida pela dívida líquida por Ebitda normalizado, em 2,3 vez.

Os resultados da Alpargatas (BOV:ALPA3) (BOV:ALPA4)  referente suas operações do segundo trimestre de 2023 foram divulgados no dia 03/08/2023.

Teleconferência

A empresa produtora de calçados Alpargatas antecipa que a normalização de seus níveis de estoque ganhará ritmo a partir do término do terceiro trimestre, tendo consequências que serão visíveis ao longo do segundo semestre. A empresa conduziu uma teleconferência de apresentação dos resultados do segundo trimestre deste ano na última sexta-feira, 04.

“Em números de dias de estocagem, o ‘beyond core’ é mais desafiador e requer um pouco mais de intervenção. Mas o estoque recorrente, esse atemporal, ocorreu muito mais em função de erro de planejamento do que qualquer outra coisa”.

“A queima de caixa foi pequena, não foi ela que produziu s alavancagem, mas com produção de caixa nos últimos meses também devemos ter o nível de alavancagem beneficiado”, afirma André Natal.
A companhia apontou ainda oportunidade de crescimento da Havaianas nos segmentos masculino e infantil, mercados que são menores atualmente do que o segmento feminino.

VISÃO DO MERCADO

JPMorgan

Os sinais sobre Alpargatas , dona da marca Havaianas, já tinham sido dados. Conforme ressaltado acima, na véspera, o JPMorgan cortou a recomendação das ações por ver que a reestruturação da companhia ia demorar mais que o esperado.

“Ao longo dos últimos trimestres e com contínuas decepções, nós aprendemos que os processos internos da Alpargatas não eram bem coordenados, com a fábrica operando de forma um tanto independente do departamento comercial, enquanto a comunicação entre ambos também era ruim”, avaliaram os analistas.

Além disso, a Alpargatas enfrenta altos estoques no Brasil, com produtos que são marcados a preços de mercado mais altos do que os atuais, tornando caro acelerar o processo de redução de estoque.

Os resultados refletiram isso, enquanto que, em teleconferência, os executivos da Alpargatas trataram de dizer que o momento ainda é difícil e de mudanças de rumo, mas que as questões estão sendo endereçadas.

“Ao longo dos últimos quatro meses iniciamos o processo de turnaround da Alpargatas. Infelizmente os resultados do trimestre continuam sendo muito ruins, mas eles são reflexos dos ajustes que estamos fazendo”, disse Luiz Edmond, CEO da companhia, a analistas de mercado, logo na abertura da tele.

A companhia registrou prejuízo líquido consolidado de R$ 53,1 milhões no segundo trimestre de 2023, revertendo lucro de R$ 48,2 milhões de um ano antes. O Ebitda foi negativo em R$ 8,3 milhões no 2T23 ante resultado positivo de R$ 177,8 milhões no 2T22. Isso levou a uma queda da margem Ebitda de 17,6 p.p. (pontos percentuais), para -0,9%.

Ficou claro na apresentação a analistas que a companhia está focada principalmente em resolver a questão dos altos estoques da companhia.

Bradesco BBI

“No geral, mantemos nossa visão conservadora sobre a Alpargatas no curto prazo devido à falta de visibilidade”, aponta o Bradesco BBI, que tem recomendação neutra para a ação, com preço-alvo de R$ 9.

Por outro lado, apesar de enxergar um cenário desafiador nos próximos meses, avalia que a força da marca Havaianas deve ajudar a empresa a recuperar market share e margens históricas.

Na mesma linha, XP e JPMorgan reforçaram recomendação neutra para as ações.

* Com informações da ADVFN, RI das empresas, Valor, Infomoney, Estadão

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