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A XP Investimentos revisou sua avaliação das ações da WEG, passando de uma recomendação de compra para uma posição neutra. Além disso, ajustou o preço-alvo de R$ 45 para R$ 40,00, indicando um potencial de valorização limitado em torno de 2%.
Os analistas da instituição financeira enfatizam que a WEG é uma empresa líder em seu segmento e figura entre as histórias de sucesso mais notáveis do cenário empresarial brasileiro.
No entanto, diante das perspectivas de desaceleração nas receitas e retornos que tendem a se estabilizar em patamares mais modestos nos próximos anos, a XP percebe que o múltiplo Preço/Lucro atual da WEG (BOV:WEGE3), que está em cerca de 29 vezes, reflete uma valorização extremamente otimista.
Sob essa perspectiva, considerando diversas metodologias de avaliação detalhadamente exploradas neste relatório, os analistas recomendam um múltiplo P/L mais justo, situado entre 25 a 26 vezes, o que restringe o espaço para um aumento significativo nas ações. Esse cenário também apresenta riscos potenciais de queda, particularmente se houver uma possível tributação sobre juros sobre capital próprio.
Após um período de crescimento robusto entre 2020 e 2022, com uma taxa de crescimento anual composta (CAGR) da receita de 31%, os especialistas preveem que a WEG enfrentará mais desafios do que vantagens para manter um ritmo de crescimento elevado nos próximos anos. As projeções atualizadas da XP indicam uma expectativa de CAGR da receita entre 2023 e 2027 de 13%.
No âmbito da rentabilidade, a XP sustenta que as margens da fabricante de motores elétricos já atingiram seu ponto máximo. O aumento de lucratividade a curto prazo, que foi positivamente impactado (ainda que temporariamente) por contratos de longo prazo estabelecidos em um período de custos elevados, agora tende a se estabilizar em patamares mais baixos à medida que novos contratos são firmados em um ambiente de custos atual.
Além disso, uma pesquisa conduzida pela XP demonstra que as projeções de lucro dos investidores situam-se aproximadamente entre R$ 5,4 e 5,7 bilhões para os anos de 2023 e 2024. Essas estimativas estão alinhadas com as perspectivas do mercado e com a avaliação da corretora, havendo pouco espaço para revisões otimistas, conforme aponta a análise da empresa. A preocupação predominante dos investidores, conforme identificado pela XP, concentra-se na desaceleração do crescimento, uma visão compartilhada pela própria instituição.
