A partir de 21 de setembro, o Binance Card, cartão de débito baseado em criptomoedas da exchange, não estará disponível para clientes na América Latina e no Oriente Médio, conforme anúncio feito em 24 de agosto.

Funcionando como um cartão de débito tradicional, o Binance Card permite que as pessoas utilizem suas criptomoedas para efetuar transações diárias. A característica principal desses cartões é serem lastreados em ativos digitais. Conforme informações da Binance, o cartão é aceito por mais de 60 milhões de estabelecimentos globalmente.

A empresa destacou que essa mudança impactará somente uma parcela mínima de seus clientes nas regiões citadas. Outras contas da Binance pelo mundo continuam operando normalmente.

Em contraste, a Binance acaba de lançar o Binance Pay no Brasil. Esse é um método de pagamento em criptomoeda que não necessita contato físico e é seguro, suportando mais de 70 criptomoedas. Esse sistema permite transferências rápidas entre carteiras. A empresa mencionou que já conta com mais de 12 milhões de usuários ativos, totalizando mais de US$ 98 bilhões em transações.

Guilherme Nazar, diretor da Binance no Brasil, acredita que o novo serviço será de grande importância para empresas brasileiras, devido ao aumento expressivo na adoção de criptomoedas no país.

Desafios Regulatórios da Binance

Em outro cenário, enquanto expande na América Latina, a Binance está sob maior pressão regulatória na Europa. Recentemente, a empresa de pagamentos baseada em Londres, Checkout.com, encerrou sua parceria com a Binance, alegando preocupações sobre práticas de combate à lavagem de dinheiro, entre outros.

Apesar de a Binance considerar medidas legais, esse desligamento reflete os desafios enfrentados com reguladores, especialmente nos EUA.

Anteriormente, a Binance descontinuou seu serviço Bifinity e também desativou o Binance Connect. Na ocasião, a empresa justificou a decisão pela descontinuação do suporte a pagamentos com cartão pelo seu provedor de serviços.