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Citi reavalia recomendação para os ADRs da Petrobras e rebaixa recomendação de compra para neutra

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O Citi reavaliou sua recomendação para os ADRs (recibos de ações negociados nos EUA) da Petrobras PBR, que são equivalentes às ações ordinárias, rebaixando a classificação de “compra” para “neutra”. Também revisaram para baixo o preço-alvo dos ADRs, reduzindo-o de US$ 19 para US$ 14, o que ainda sugere um potencial de valorização de 4% em comparação com o fechamento do dia anterior.

Os analistas do Citi identificaram, nos últimos anos, quatro pilares principais nos quais a Petrobras havia conseguido gerar valor para seus acionistas:

  • Crescimento sustentado da produção, apoiado por novos ativos no pré-sal.
  • Desalavancagem do balanço por meio de uma política de dividendos clara.
  • Alocação racional de capital com um minucioso plano de desinvestimentos.
  • Política de preços alinhada ao mercado, reduzindo riscos políticos na gestão dos preços dos combustíveis e seguindo a paridade internacional.

Entretanto, os analistas expressam ceticismo em relação à continuidade dessa estratégia devido à visão da nova administração sobre preços, dividendos e investimentos. Isso levou o Citi a questionar a sustentabilidade da estratégia bem-sucedida baseada nesses pilares até agora.

No âmbito da política de preços dos combustíveis, o banco sugere que a Petrobras (BOV:PETR3) (BOV:PETR4) pode continuar a seguir os preços internacionais, porém, com uma abordagem diferente, possivelmente apresentando uma fraca correlação com o Preço de Paridade de Importação (PPI).

Em um cenário mais extremo, o Citi estima um impacto negativo considerável (cerca de US$ 13,9 bilhões anuais) no segmento de refino (downstream) caso a Petrobras importe 100% dos volumes de gasolina e diesel.

A recente desvinculação dos preços internos dos combustíveis da antiga referência do PPI introduz questões adicionais para o futuro, principalmente em relação a quem irá importar e abastecer a demanda doméstica, dado que a atual janela de importação está fechada.

Em relação ao investimento (capex), o Citi avalia que o alto valor do plano de investimento da Petrobras (mais de US$ 200 bilhões) no período de 2010-2014, apesar de ter um retorno ruim, resultou em um nível de endividamento elevado, o que é visto como um grande risco para a empresa.

Os analistas destacam a importância de uma alocação racional de capital para a narrativa de longo prazo da Petrobras, mas a atual conjuntura é considerada confusa, e a nova administração provavelmente revisará o plano de capex até o terceiro trimestre de 2023, podendo chegar a cerca de US$ 100 bilhões.

Por fim, a recente mudança na política de dividendos da empresa, apesar de não ter representado uma disrupção significativa em relação à política anterior, é mencionada. A nova política estabelece um dividendo trimestral de 45% do fluxo de caixa livre, abaixo dos 60% anteriores, desde que a dívida bruta da empresa esteja abaixo de US$ 65 bilhões, conforme consta no atual plano estratégico vigente da estatal. O fluxo de caixa livre é definido como a diferença entre o fluxo de caixa operacional e os investimentos, levando em consideração não apenas aquisições de ativos tangíveis e intangíveis, mas também aquisições de participações societárias.

Além disso, a nova política de dividendos também inclui recompra de ações, porém, os analistas do Citi não esperam dividendos adicionais provenientes dessa iniciativa.

Em relação à comparação do rendimento de dividendos da Petrobras com as principais petrolíferas da União Europeia e dos EUA, o Citi avalia que a diferença diminuiu recentemente, o que sustenta a decisão de manter uma classificação “neutra”.

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