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CVC (CVCB3): prejuízo líquido de R$ 167 milhões no 2T23, aumento de 76,1%; ações caem

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A CVC registrou aumento de 76,1% no prejuízo líquido no segundo trimestre de 2023 em relação a igual período do ano passado, saindo de R$ 94,8 milhões para R$ 167 milhões.

A empresa explica que o aumento do prejuízo se deve “majoritariamente a provisão de juros de renegociação das debêntures (prêmio PIK) e juros de antecipação de recebíveis”.

O lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (Ebitda, na sigla em inglês) ajustado foi negativo em R$ 14,9 milhões, uma melhora de 4% na comparação anual.

A receita líquida somou R$ 269,4 milhões no segundo trimestre deste ano, um leve recuo de 0,1% na comparação com igual etapa de 2022.

As reservas confirmadas totalizaram R$ 3,824 bilhões no 2T23, um avanço de 2% sobre igual etapa do ano passado.

Já o Take Rate (percentual de receita líquida sobre reservas) ficou em 7,5% no segundo trimestre de 2023, baixa anual de 0,1 ponto percentual (p.p.).

O lucro bruto atingiu a cifra de R$ 269,4 milhões no segundo trimestre de 2023, uma redução de 0,1% na comparação com igual etapa de 2022.

As despesas gerais e administrativas somaram R$ 189,3 milhões no 2T23, uma diminuição de 13% em relação ao mesmo período de 2022.

O resultado financeiro líquido foi negativo em R$ 116,5 milhões no segundo trimestre de 2023, uma elevação de 191,7% sobre as perdas financeiras da mesma etapa de 2022.

A empresa explica que o resultado “deve-se, principalmente, aos encargos sobre as antecipações de recebíveis, fruto dos efeitos do aumento do CDI médio, maior montante de antecipações realizadas neste trimestre e aumento de R$ 27,2 milhões na rubrica Outras Despesas Financeiras, que se deve, principalmente, ao registro contábil do prêmio PIK – título de capitalização presente na renegociação das debêntures ocorrida em abril”.

Em 30 de junho de 2023, a dívida líquida da companhia era de R$ 245,7 milhões, uma redução de R$ 370,6 milhões na comparação com a mesma etapa de 2022.

Os resultados da CVC(BOV:CVCB3) referentes suas operações do segundo trimestre de 2023 foram divulgados no dia 08/08/2023.

VISÃO DO MERCADO

Os resultados divulgados pela CVC (CVCB3) reforçaram a cautela do mercado com as ações da companhia de turismo. Às 12h20 (horário de Brasília), os papéis CVCB3 caíam 5,90%, a R$ 2,71, entre os destaques de baixa do Ibovespa na sessão desta quarta-feira (9).

Bradesco BBI

As reservas confirmadas consolidadas aumentaram 2,0% em relação ao ano anterior, mas 7,6% abaixo do esperado, conforme aponta o Bradesco BBI, já que as restrições referentes à Covid-19 já haviam diminuído no 2T22, levando a uma base de comparação mais difícil.

A receita líquida ficou estável (R$ 269,4 milhões, ou queda de 0,1%) em relação ao ano anterior, como resultado do fraco desempenho nas reservas e uma queda nas comissões.

O Ebitda, negativo em R$ 16 milhões, ficou abaixo da projeção do banco de um número positivo de R$ 27 milhões, devido à receita estável, bem como ao aumento nas despesas com vendas e maiores provisões para clientes B2B.

Dessa forma, o prejuízo foi 71,3% pior do que sua projeção, explicado pelo Ebitda abaixo do esperado, bem como pelos maiores encargos financeiros.

“A CVC relatou outro conjunto de resultados fracos. O forte crescimento das vendas no 1T23 não se repetiu no 2T23 e, como resultado, as receitas ficaram estáveis, enquanto o aumento das despesas com vendas levou a um Ebitda negativo”, apontaram os analistas.

Assim, o BBI avaliou que os fracos resultados e o fraco fluxo de caixa operacional provavelmente não seriam um bom gatilho para CVCB3, levando ainda em conta que a empresa tem uma das ações de pior desempenho em sua cobertura de varejo e bens de consumo, com queda de 36% no acumulado do ano.

O banco destaca ainda que as recentes mudanças de gestão da empresa.

A nova alta direção, com Fabio Godinho como CEO e Carlos Wollenweber como CFO, ao lado da família Paulus como um dos novos principais acionistas, mudou o plano estratégico em várias frentes, como relacionamento com franqueados, reestruturação dos principais executivos e uma nova estratégia de crescimento/rentabilidade.

Essas mudanças estratégicas foram seguidas pelo aumento de capital de R$ 550 milhões concluído em 28 de junho, que fornecerá alívio de capital de curto prazo para reativar as estratégias de crescimento que exigiam capital de giro.

“Por enquanto, ainda estamos incertos sobre a recuperação das reservas e receitas da CVC no segundo semestre, que é o principal fator de alavancagem operacional”, avalia. Assim, a equipe de análise do banco mantém as premissas conservadoras e a recomendação apenas neutra, bem como o preço-alvo de R$ 3,00 por ação para o final de 2024 (upside de 4% em relação ao fechamento da véspera).

JPMorgan

O JPMorgan, que tem recomendação underweight (exposição abaixo da média do mercado, equivalente à venda) para as ações e também viu os resultados como fracos, também aponta que o foco deve ficar para as iniciativas implementadas pela nova equipe de gestão para melhorar os resultados do curto prazo, bem como a renova estratégia de crescimento.

Isso porque a direção listou as principais iniciativas para a segunda metade do ano e para 2024.

“Resumidamente, a CVC mencionou (1) expansão de vendas e lojas, com foco em produto e precificação, aumentando as vendas nas mesmas lojas e abrindo novas lojas; (2) melhorias do mix de produtos, priorizando aqueles que são mais rentáveis ​​(take rate) e exigem menos capital de giro; (3) racionalização de opex (gastos operacionais) e redução de despesas fixas em projetos não estratégicos; e (5) melhoria da estrutura de capital e redução da alavancagem”, aponta o banco.

* Com informações da ADVFN, RI das empresas, Valor, Infomoney, Reuters

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