A Intel (NASDAQ:INTC) anunciou um novo chip para data center que pode fornecer mais que o dobro da quantidade de potência computacional dos chips existentes. O anúncio surge num momento em que a indústria procura reduzir o seu consumo de eletricidade, após pressão de legisladores e ativistas.

Por volta das 14h45 desta terça-feira (29), as ações subiam por volta de 2%.

Os centros de dados, que alimentam a Internet e os serviços online, são grandes consumidores de eletricidade. As empresas de tecnologia têm enfrentado uma demanda crescente por maior eficiência de seus semicondutores e produtos.

Em 2022, a Intel anunciou que estava comprometida em atingir emissões líquidas zero de gases de efeito estufa até 2040.

Na segunda-feira (28 de agosto), a Intel afirmou que seu chip Sierra Forrest, a ser lançado em breve, será capaz de operar 240% melhor por watt do que sua geração atual de chip de data center, de acordo com a Reuters . Esta é a primeira vez que a empresa norte-americana divulga os seus números de eficiência.

O anúncio da gigante da tecnologia de um chip com foco na eficiência energética segue seu rival, Ampere Computing (AC), sendo o primeiro no mercado.

A AC, com sede nos EUA, fundada por ex-executivos da Intel, obteve sucesso ao lançar chips que lidam com o trabalho de computação em nuvem com consumo de energia mais eficiente.

Junto com a Intel, a AMD também lançou um chip semelhante com eficiência energética para competir com o AC, que deve ser lançado em junho.

A Intel relatou resultados extremamente decepcionantes no primeiro trimestre deste ano, com uma queda anual colossal de 133% no lucro por ação. A empresa relatou uma redução de quase 36% na receita ano após ano, para US$ 11,7 bilhões.

A gigante da tecnologia espera recuperar parte da participação de mercado perdida com o lançamento de seu chip Sierra Forest. AC e AMD agora controlam mais mercado de data centers do que a Intel.

Em agosto, a Intel anunciou que havia concordado mutuamente com a Tower Semiconductor para rescindir seu acordo previamente divulgado para adquirir a empresa israelense de semicondutores.

De acordo com o banco de dados de negócios da GlobalData , o negócio foi encerrado devido à incapacidade de obter as aprovações regulatórias exigidas pelo acordo de fusão.

A empresa norte-americana pretendia adquirir a Tower Semiconductor para “acelerar o seu caminho para se tornar um importante fornecedor de serviços e capacidade de fundição a nível mundial”, afirmou a empresa de pesquisa.