ADVFN Logo ADVFN

Não encontramos resultados para:
Verifique se escreveu corretamente ou tente ampliar sua busca.

Tendências Agora

Rankings

Parece que você não está logado.
Clique no botão abaixo para fazer login e ver seu histórico recente.

Hot Features

Registration Strip Icon for pro Negocie como um profissional: Aproveite discussões em tempo real e ideias que movimentam o mercado para superar a concorrência.

Itaú Unibanco (ITUB4): lucro líquido gerencial de R$ 8,742 bilhões no 2T23, alta de 13,9%

LinkedIn

O Itaú Unibanco registrou lucro líquido gerencial de R$ 8,742 bilhões no segundo trimestre de 2023, de acordo com balanço. O resultado é 13,9% superior ao observado no mesmo intervalo de 2022, e em relação ao primeiro trimestre deste ano, representa um crescimento de 3,6%.

No primeiro semestre deste ano, o banco teve resultado gerencial de R$ 17,177 bilhões, alta de 14,2% em relação ao mesmo período do ano passado.

No último ano, os números do Itaú cresceram diante de uma inadimplência mais controlada que nos concorrentes privados Bradesco e Santander Brasil. O maior banco da América Latina tem clientes com renda média mais elevada, o que reduziu o impacto da alta dos juros sobre a qualidade dos ativos. Este efeito voltou a aparecer no balanço divulgado hoje.

Diante deste efeito, o banco tem originado crédito em ritmo mais acelerado que os pares. No segundo trimestre, a carteira de crédito do banco cresceu 6,2% em relação ao mesmo período do ano passado, para R$ 1,151 trilhão, puxada por pelas operações para pessoas físicas. A inadimplência acima de 90 dias subiu 0,3 ponto porcentual no mesmo período, para 3,0%.

O presidente do banco, Milton Maluhy, diz que o resultado reflete a consistência e a transformação do banco, e afirmou que o Itaú está otimista com o segundo semestre. “Iniciamos a segunda metade do ano otimistas com as perspectivas para o futuro, decorrentes da consolidação da agenda monetária e fiscal que deverá promover uma retomada mais robusta da atividade econômica no País”, afirma ele, em nota.

“O aumento sequencial e gradativo da nossa rentabilidade, a estabilização dos índices de atraso e a melhoria contínua do nosso índice de eficiência foram os  estaques do nosso segundo trimestre, consolidando a entrega de resultados bastante sólidos e consistentes para o Itaú Unibanco nesta primeira metade do ano”, disse o diretor financeiro, Alexsandro Broedel.

A margem do banco com clientes, que contabiliza os ganhos gerados pelas operações de crédito, subiu 13,4% em um ano, para R$ 24,927 bilhões, número 5,3% superior ao do primeiro trimestre. Na tesouraria, ou margem com mercado, o resultado foi de R$ 1,070 bilhão, alta de 64,6% em um ano, e de 65,9% em um trimestre.

O Itaú encerrou o segundo trimestre do ano com R$ 2,585 trilhões em ativos totais, ainda de acordo com o balanço, alta de 12,7% em um ano, e de 1,5% em um trimestre. O banco é o maior da América Latina em ativos.

O patrimônio líquido da instituição era de R$ 169,199 bilhões em junho, número 12,3% maior que um ano antes, e 2,6% superior ao observado em dezembro de 2022. O retorno sobre o patrimônio líquido (ROE, na sigla em inglês) do Itaú foi de 20,9%, alta 0,1 ponto porcentual em um ano, e de 0,2 ponto em um trimestre.

Os resultados da Itaú Unibanco (BOV:ITUB3) (BOV:ITUB4) referente suas operações do segundo trimestre de 2023 foram divulgados no dia 07/08/2023.

Teleconferência

Depois de um trimestre de contração trimestral de carteira, reflexo da seletividade na concessão do crédito, o Itaú reforçou o compromisso de continuar crescendo de forma sustentável. O CEO do banco, Milton Maluhy Filho, explicou que o banco não possui “nenhuma restrição ativa para crescer” e está bem posicionado para aproveitar oportunidades que virão.

“A torneira nunca ficou fechada”, afirmou Maluhy, em uma das teleconferências sobre os resultados do banco no segundo trimestre de 2023.

“O que nós fizemos foi uma gestão de risco, na nossa visão, muito adequada diante do ciclo. Tomamos nossa decisão de rever o nosso apetite em segmentos menos resilientes e muito mais voláteis e continuamos crescendo em segmentos menos suscetíveis a eventos, numa base de cliente de média e alta renda, que sempre foi o core do banco.”

Maluhy diz que as decisões da equipe econômica de governo e do Banco Central estão na direção “absolutamente correta” e vê os indicadores de curto prazo como encorajadores.

“O que a gente imagina para esse segundo semestre é o início de atividade mais forte para o mercado de capitais e também vemos, sobretudo para os fundos, uma perspectiva mais positiva. São sinais de curto prazo mais positivos, um cenário mais benigno”, afirma CEO.

Maluhy, no entanto, lembra que, em função do efeito de juros, a atividade econômica tende a arrefecer no segundo semestre. “A gente vai passar por um ciclo agora mais contracionista, natural, em função do efeito de juros.”

O CEO do Itaú também destacou que o banco conseguiu estabilizar o indicador de atrasos nos últimos trimestres. Entre abril e junho deste ano, o índice de empréstimos com mais 90 dias de atraso foi de 3%, ante 2,9% no primeiro trimestre. O indicador de pessoas físicas no Brasil permaneceu em 4,9%.

“A estabilização em uma boa notícia em um mercado muito difícil, no qual vimos um aumento grande da inadimplência”, recorda Maluhy. Segundo ele, caso o Itaú mantivesse o portfólio no mesmo formato que tinha em 2021 até hoje, os indicadores de atraso estariam 180 pontos mais altos. “Com custo de crédito e despesa de provisão substancialmente maior do que o que estamos observando hoje”.

“Ter tomado decisões no momento de sobreoferta de crédito, especialmente no cartão de crédito, foi fundamental fazer um ajuste no apetite”, disse o CEO.

Maluhy explicou que o NPL de cartões de crédito já caiu 20 pontos base este trimestre, com uma carteira que desacelera.

“Decidimos fazer uma intervenção no portfólio importante, principalmente nos canais ‘mar aberto’, onde a gente percebeu uma inadimplência muito acelerada, sobreoferta de produto, nível de comprometimento de renda muito alto”, afirmou. “Pouco tempo atrás a gente tinha 1,7 cartão por CPF, hoje a gente tem 4 cartões por CPF no mercado, mostrando que há uma sobreoferta”.

No segundo trimestre de 2023, o Itaú provisionou R$ 9,44 bilhões, aumento de 3,9% em relação ao primeiro trimestre e de 25,3% em relação a um ano atrás.

Segundo Maluhy, o banco espera que as provisões se estabilizem em patamares muito próximos dos observados no período.

“Nossa expectativa é que o custo de crédito possa ter chegado aí no pico e a gente já espera uma despesa de PDD [provisões para devedores duvidosos] mais estável para os próximos dois trimestres. Evidente que está sujeito a eventos no atacado”, afirma Maluhy.

* Com informações da ADVFN, RI das empresas, Valor, Infomoney, Estadão

Deixe um comentário