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Lojas Renner (LREN3): lucro líquido de R$ 229,7 milhões no 2T23, queda de 36,3%; ações sobem

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A Lojas Renner lucrou R$ 229,7 milhões de forma líquida, queda de 36,3% na base anual. De acordo com a companhia, o pior resultado é explicado por um recuo do varejo e do seu braço de serviços financeiros, ambos impactados pelo atual cenário macroeconômico.

A receita líquida da Lojas Renner caiu 6% na base anual, para R$ 2,98 bilhões.

“O contexto macroeconômico ainda desafiador, com inflação acumulada, juros elevados e inadimplência pressionada, seguiu afetando o poder de compra e comportamento dos clientes. Esse impacto foi mais pronunciado nas lojas de perfil popular, que estão expostas a consumidores mais sensíveis a preço”, comenta a companhia.

O cenário macro forçou ainda a varejista de moda a diminuir seus preços, tendo impacto direto na sua margem bruta – que foi de 53,9%, ante 56,1% no segundo trimestre de 2022.

“A diminuição da margem bruta do varejo foi principalmente resultado da maior necessidade de remarcações, consequência dos menores volumes vendidos”, explicam.

O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) também recuou, saindo de R$ 689,7 milhões no ano passado para R$ 535,3 milhões neste ano. A margem Ebitda caiu 3,8 pontos percentuais, para 17,9%.

As despesas operacionais – com vendas, gerais e administrativas – cresceram 3,4% no ano, chegando a R$ 1,09 bilhão, refletindo gastos com o novo centro de distribuição de Cabreúva. A fatia desses gastos frente a receita também cresceu, por conta da menor diluição.

Olhando em segmentos, o varejo da Lojas Renner teve seu Ebitda caindo 22,4% no ano, para R$ 535,3 milhões.

Na frente de serviços financeiros, a companhia viu as receitas cresceram 15,% no ano, para R$ 488,4, milhões. As perdas em créditos, no entanto, subiram 40,7%, para R$ 396,1 milhões, e os gastos operacionais, 12,5%, para R$ 146 milhões. O braço acabou dando um prejuízo de R$ 53,7 milhões.

“O crescimento das receitas foi superior ao da carteira de crédito, reflexo de uma melhor gestão do portfólio eajustes na precificação dos riscos”, comenta a Lojas Renner.

“As Perdas Líquidas, por sua vez, seguiram impactadas, em razão da continuidade do contexto macroeconômico mais difícil e do alto endividamento das famílias, resultando em maior provisionamento de perdas do portfólio em atraso, garantindo as coberturas necessárias”.

A carteira de crédito fechou junho em R$ 6,17 bilhões, crescimento de 12,9% no ano. A porcentagem da carteira relativa a dívidas vencidas subiu para 28,1%, ante 23,3% no segundo trimestre de 2022, e as perdas líquidas chegaram a 6,6%, frente 5,6% na mesma comparação.

A Lojas Renner, por fim, teve um resultado financeiro negativo em R$ 28,7 milhões entre abril e junho deste ano, ante prejuízo de R$ 3,5 milhões no mesmo período do ano passado.

“A principal razão foram os menores rendimentos de caixa e aplicações financeiras, dado o menor saldo de caixa médio no período”, mencionam.

A varejista, por fim, teve um fluxo de caixa livre de R$ 262,9 milhões, atribuída a uma menor necessidade de capital de giro. Eles fecham junho com uma posição de caixa líquido de R$ 574,9 milhões, ante R$ 1,2 bilhão no mesmo período de 2022.

Os resultados da Lojas Renner (BOV:LREN3) referente suas operações do segundo trimestre de 2023 foram divulgados no dia 03/08/2023.

VISÃO DO MERCADO

Apesar dos resultados fracos da Lojas Renner no segundo trimestre, a maior parte dos analistas apontam que próximos períodos devem apresentar melhorias. A companhia lucrou R$ 229,7 milhões, queda de 36% na comparação anual. Ainda assim, os relatórios destacam que tendências melhora já foram perceptíveis em junho que sustentam a tese de recuperação para o próximo trimestre.

Com isso no radar, as ações da companhia avançavam 6,7%, negociadas a R$ 19,79 por volta das 16h30, liderando os ganhos do Ibovespa.

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BB Investimentos corta recomendação de Lojas Renner de compra para neutra

O BB Investimentos cortou a recomendação de Lojas Renner de compra para neutro e manteve o preço-alvo em R$ 26. A analista Georgia Jorge escreve que a companhia apresentou resultados fracos no segundo trimestre, tanto na operação de varejo quanto na de crédito, sentindo efeitos do cenário menos propenso ao consumo no período.

Ela nota que a empresa teve vendas mais lentas e aumento das provisões para devedores duvidosos, o que acarretou em perda de alavancagem operacional. Além da contração do resultado operacional, o lucro líquido foi também prejudicado pelo financeiro.

O banco acredita que a preocupação dos investidores com o ambiente concorrencial no varejo de vestuário, em especial em relação às plataformas asiáticas, combinado com os resultados, deve manter as ações da Renner enfraquecidas no ano.

Citi

A Lojas Renner teve um segundo trimestre para “esquecer”, com resultados abaixo do esperado, muito em decorrência de iniciativas que a companhia implementou para tentar impulsionar seus negócios e melhorar perspectivas para o restante do ano.

Os analistas João Pedro Soares, Felipe Reboredo e Sergio Matsumoto escrevem que as vendas de R$ 2,98 bilhões vieram em linha com as estimativas, mas a margem bruta teve contração de 2,2% no ano com maior utilização de descontos.

O banco destaca que os resultados da Realize, unidade de serviços financeiros, ainda têm pouca visibilidade, mas a formação de créditos inadimplentes chegou ao menor patamar em 15 meses, o que pode indicar uma redução nas provisões futuramente.

A empresa também viu aumento de despesas por conta da operacionalização do seu centro de distribuição em Cabreúva (SP), o que deve diminuir ao longo do segundo semestre, apontam os analistas.

O Citi tem recomendação neutra para Lojas Renner, com preço-alvo em R$ 25.

Itaú

A Lojas Renner reportou resultados ligeiramente negativos no segundo trimestre, com números no varejo praticamente em linha com as estimativas conservadoras, mas a administração vê sinais de recuperação para o próximo trimestre, diz o Itaú BBA, em relatório.

Os analistas Thiago Macruz e equipe escrevem que a receita veio fraca como esperado, com queda de 6,8% nas vendas mesmas lojas pressionando as margens no braço de varejo. Segundo eles, as margens caíram com o aumento da atividade promocional para ajustar o estoque nas lojas e com maiores despesas relacionadas à implantação do novo centro de distribuição.

Outro ponto negativo foi a Realize, que ficou abaixo as estimativas de resultado antes de juros, impostos, depreciação e amortização negativo de R$ 54 milhões, afetado por um pico de empréstimos inadimplentes e taxa de cobertura decrescente.

Ainda assim, os analistas mantêm sua visão otimista ante a empresa, e dizem esperar que os resultados da principal operação do grupo, no varejo, melhorem no segundo semestre, enquanto seguem preocupados que a Realize esteja ficando ainda mais difícil.

O Itaú BBA tem recomendação de compra para as ações da Lojas Renner, com preço-alvo de R$ 27.

Santander

A Lojas Renner reportou resultados fracos no segundo trimestre, dentro do esperado, com queda nas vendas, erosão da lucratividade e uma tendência negativa de inadimplência no financiamento ao consumidor que não parece ser o pico, diz o Santander, em relatório.

Os analistas Ruben Couto, Eric Huang e Vitor Fuziharo escrevem que, mesmo com os resultados piores do que o esperado de Realize, a queda no lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) veio apenas 6% abaixo das expectativas.

Segundo eles, a receita caiu, como esperado, refletindo um ambiente macroeconômico desafiador, desafios devido ao clima e uma base de comparação difícil, enquanto o Ebitda do varejo recuou devido a maiores atividades promocionais e desalavancagem operacional.

Os analistas dizem que, com este trimestre negativo para trás, o foco agora estará nos comentários da administração sobre a melhoria das tendências em junho, com aumentos de volume emparelhados com níveis de estoque adequados, o que pode indicar um melhor início do segundo semestre, e que também pode trazer composições mais favoráveis.

O Santander tem recomendação de compra para as ações da Lojas Renner, com preço-alvo de R$ 26.

* Com informações da ADVFN, RI das empresas, Valor, Infomoney, Estadão

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