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Petrobras (PETR4): lucro líquido de R$ 28,782 bilhões 2T23, queda de 47%

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A Petrobras lucrou R$ 28,782 bilhões de forma líquida no segundo trimestre de 2023%, acima do consenso da Refinitiv, que previa um lucro de R$ 27,3 bilhões. Na comparação trimestral houve queda de 24,6% e na anual, de 47%, já esperada por conta do recuo do petróleo frente aos dois períodos de comparação.

O preço médio do petróleo tipo Brent ficou em US$ 78,39 por barril entre abril e junho, queda de 31,1% versus um ano antes.

O resultado também sofreu impacto de uma baixa contábil de R$ 1,9 bilhão, diante de maiores despesas relativas à segunda unidade de refino da Rnest, com aumento do escopo do projeto, disse a petroleira, ponderando que o empreendimento é ainda resiliente e com valor presente líquido (VPL) positivo.

A empresa também foi afetada por maiores despesas tributárias, diante do imposto temporário sobre a exportação de petróleo a partir do Brasil, que vigorou por quatro meses a partir de março e trouxe um impacto de R$ 1 bilhão para a empresa no segundo trimestre.

O conselho de administração da Petrobras, cabe ressaltar, aprovou remuneração aos acionistas no valor de R$ 1,149304 por ação ordinária e preferencial, o equivalente a R$ 15 bilhões.

Em nota, o CEO da Petrobras, Jean Paul Prates, declarou que a companhia “apresentou uma performance financeira e operacional consistente no segundo trimestre, mantendo sua rentabilidade de maneira sustentável e com total atenção às pessoas.

“Vamos seguir trabalhando, focados no presente, mas também de olho no futuro, preparados para a transição energética justa e investindo no futuro da companhia e do Brasil.”

A companhia informou também que o resultado trimestral teve impacto positivo de ganhos da venda dos Polos Potiguar e Norte Capixaba, com R$ 3,4 bilhões.

A receita líquida da petroleira estatal ficou em R$ 113,840 bilhões, ante R$ 170,960 bilhões de um ano antes e de R$ 139,068 bilhões do trimestre imediatamente anterior. A queda na base anual foi de 33,4%, enquanto que, frente ao 1T23, foi 18,1% menor.

De acordo com a estatal, o declínio da receita se deve em grande parte à desvalorização do Brent e a redução de mais de 40% nos crack spreads internacionais de diesel, além de menores receitas com exportações.

Já o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização, na sigla em inglês) ajustado totalizou R$ 56,690 bilhões, um recuo de 21,8% na base trimestral e de 42,3% na base anual.

O Fluxo de Caixa Livre (FCL) atingiu R$ 33,3 bilhões.

A petroleira destacou ainda que as suas operações seguem contribuindo com a arrecadação de tributos no país. No segundo trimestre, foram pagos R$ 56,1 bilhões em tributos para União e entes estaduais e municipais.

Parte do resultado operacional da Petrobras já estava endereçada, uma vez que a companhia divulgou, há cerca de uma semana, sua prévia para o período. Analistas, então, destacaram como pontos de atenção os dividendos e o segmento de refino, ou downstream – uma vez que ambos estão enlaçados em questões políticas.

Entre abril e junho, a estatal brasileira registrou uma produção total, em média, de óleo, LGN e gás natural no segundo trimestre de 2023 de 2,64 milhões de barris de óleo equivalente por dia (boed), uma redução de 0,6% em relação à produção do mesmo período do ano passado e de 1,5% abaixo da produção do primeiro deste ano. Só de petróleo foram 2,1 milhões de barris.

O lucro bruto atingiu a cifra de R$ 57,681 bilhões no segundo trimestre de 2023, um recuo de 39,8% na comparação com igual etapa de 2022. Na base trimestral, a queda foi de 21,3%.

As despesas operacionais somaram R$ 15,604 bilhões no 2T23, um crescimento de 17,4% em relação ao primeiro trimestre de 2023.

O ROCE (Retorno sobre o Capital Empregado), por sua vez, atingiu 12,8% durante o segundo trimestre deste ano, mantendo-se estável em relação ao 2T22 e queda de 2,9 pontos percentuais (p.p.) na comparação com 1T23.

O resultado financeiro líquido foi negativo em R$ 269 milhões no segundo trimestre de 2023, uma redução de 98,3% sobre as perdas financeiras da mesma etapa de 2022.

Em 30 de junho de 2023, a dívida líquida da companhia era de US$ 42,177 bilhões, um crescimento de 23,3% na comparação com a mesma etapa de 2022.

O indicador de alavancagem financeira, medido pela dívida líquida/Ebitda ajustado, ficou em 0,74 vez em junho de 2023, alta de 0,14 p.p. em relação ao mesmo período de 2022.

Os resultados da Petrobras (BOV:PETR3) (BOV:PETR4) referente suas operações do segundo trimestre de 2023 foram divulgados no dia 03/08/2023.

  • Petrobras anuncia a distribuição de dividendos no valor de R$ 15 bilhões

A Petrobras anunciou a distribuição de remuneração aos acionistas no valor de R$ 1,149304 por ação ordinária e preferencial, como antecipação da remuneração aos acionistas relativa ao exercício de 2023, declarado com base no balanço de 30 de junho de 2023 (intercalares).

O valor total a ser pago é de cerca de R$ 15 bilhões, um valor 39% abaixo dos R$ 24,7 bilhões no primeiro trimestre deste ano (R$ 1,893577 por ação) e bem aquém dos R$ 87,8 bilhões do mesmo período do ano passado, uma baixa de 83%.

  • Petrobras aprova programa de recompra de até 157,8 milhões de ações

O conselho de administração da Petrobras aprovou um programa de recompra de até 157,8 milhões de ações pelo prazo de 12 meses. O volume representa 3,5% das ações em circulação (free float) da estatal.

A empresa afirma que o objetivo é manter as ações em tesouraria para posterior cancelamento, sem redução do capital social. “O Programa de Recompra abrangerá apenas as ações preferenciais e será realizado no contexto da Política de Remuneração de Acionistas vigente”, diz.

Teleconferência

Durante teleconferência com analistas, após a divulgação dos resultados do segundo trimestre, executivos da Petrobras afirmaram que uma possível aquisição de fatia adicional da Braskem não está descartada.

“A Petrobras tem uma aderência estratégica que pode a fazer focar em petroquímicas. É um negócio atraente e alinhado à nossa estratégia de longo prazo”, disse o diretor financeiro (CFO) Sergio Caetano Leite, mencionando que as margens da gasolina, por conta de toda a questão da transição energética, tendem a cair.

“Estamos vendo a questão da petroquímica, da Braskem, de forma estratégica para nós. Várias companhias integradas têm um braço integrado da petroquímica, isso traz valor e uma segurança ao longo prazo”, mencionou, explicando que a estatal avalia a questão no desenvolvimento do seu novo Plano Estratégico para o período de 2024 a 2028.

  • Petrobras e Braskem: integração

Os executivos ainda lembraram que, atualmente, as duas empresas têm uma integração muito forte no que tange matérias-primas, lubrificantes e fertilizantes,

No passado, já circularam notícias de que a Petrobras estaria interessada em adquirir o controle da Braskem. Hoje com 47% do capital votante e 36,1% do total, a estatal pode exercer o direito de preferência em caso de venda de participação acionária.

Os diretores da petroleira mencionaram, entre outras questões, a proximidade de várias plantas das duas companhias e também que a petroquímica poderia ajudar a Petrobras no período de transição energética, de olho na produção de produtos menos poluentes.

“A Petrobras já enxerga que a petroquímica é importante para o desenvolvimento do seu negócio como um todo há algum tempo. A integração com a petroquímica traz valor e passa até por uma questão de segurança de longo prazo, uma vez que o cenário é de estreitamento das margens dos combustíveis. Vai ser necessário o uso do petróleo em finalidades mais nobres”, explicou William França da Silva, diretor de processos industriais.

De acordo com ele, ao se analisar esses fatores através de uma visão estratégica, é possível imaginar a diversificação em produtos petroquímicos.

“Olhando essa questão de médio e longo prazo e a importância que tem para garantir a segurança, a lucratividade e a resiliência, podemos, sim, considerar a petroquímica um negócio bastante atraente”, reforçou Silva.

  • Petrobras: aquisições no radar

Fora a questão da Braskem, os executivos mencionaram que fusões e aquisições (M&As) na frente de transição energética também estão no radar – desde que façam sentido.

“O range (intervalo) de 6% a 15% do Capex (investimento em capital fixo) é específico para a transição energética, incluindo todas as áreas de baixo carbono. Hoje o nível de 6% no Capex, algo entorno de US$ 4,4 bilhões, é empregado no nosso dever de casa, em mudar nossas operações”, explicou o CFO.

Conforme Leite, a intenção da companhia “é recuperar um espaço”, deixado para trás.

“Um M&A (fusão e aquisição) ficaria dentro desta faixa. Mas é necessário cumprir critérios. Tem de estar em aderência estratégica. Não investiremos em transição só por investir, é necessário ser interessante economicamente”, finalizou.

  • Petrobras pode elevar mais a utilização de refinarias e monitora importação de combustível russo

A Petrobras poderá aumentar ainda mais o fator de utilização médio das refinarias no terceiro trimestre, após elevar o indicador para 93% entre abril e junho, maior nível desde o terceiro trimestre de 2015, afirmou nesta sexta-feira (4) o diretor executivo de Processos Industriais e Produtos, William França, durante teleconferência de resultados do segundo trimestre.

Nesse cenário, a companhia bateu recordes de produção de diesel em junho e julho e baterá novamente em agosto, destacou o executivo, ao participar de conferência com analistas de mercado sobre os resultados financeiros da empresa.

Durante o encontro, o diretor executivo de Logística, Comercialização e Mercados, Claudio Schlosser, afirmou que a companhia otimizou ativos de refino e logística para praticar preços de combustíveis mais competitivos.

Questionado sobre a expectativa do mercado para novos reajustes de preços da Petrobras, diante do avanço de valores no exterior, Schlosser reiterou que a estratégia comercial da empresa busca a competitividade, a garantia de geração de valor e evitar a volatilidade externa.

Segundo o executivo, a empresa segue monitorando mercados de combustíveis e reajustes serão feitos quando for necessário. A Petrobras, segundo ele, observa atualmente “grande incerteza” no mundo em relação à economia global e à oferta de petróleo, o que aumenta a volatilidade de preços.

Ao mesmo tempo, a petroleira calcula que, em julho, o diesel russo, que tem chegado ao Brasil com preços muito baixos, respondeu por mais de 80% da importação de terceiros do país – o que torna difícil a companhia adotar a referência apenas do mercado internacional.

“O produto russo está entrando no Brasil. Nós seguimos monitorando o mercado e, quando necessário, os atuais reajustes serão realizados dentro da nossa estratégia. Dentro de questões comerciais, não podemos falar mais sobre as nossas visões”, diz Claudio Romeo Schlosser, Diretor Executivo de Logística, mencionando como principais compradores, principalmente, os concorrentes da companhia na distribuição.

Ao ser indagado sobre a precificação e a competição do diesel russo, ele ainda completou: “Extraímos como resultado final a otimização dos ativos de refino e logística. O que buscamos é avaliar a economia de cada uma das operações. Nesse modelo de planejamento temos as frentes de importações. Objetivo é a economicidade”.

Quanto à importação de diesel russo pela própria Petrobras, os executivos desconversaram – apesar de assumirem estarem constantemente avaliando oportunidades em termos de risco e retorno, avaliando possíveis impactos das sanções na atuação global da Petrobras.

Os diretores ainda defenderam, por fim, que a operação comercial é complexa, com mais de 150 variáveis e que o mecanismo de precificação leva em consideração rendimentos de cada refinaria, de cada petróleo.

  • Petrobras: Atual política de dividendos prevê pagamentos extraordinários, diz CFO

A Petrobras (PETR4) conta dentro de sua atual política de dividendos com a possibilidade de remuneração extraordinária, com o “excesso” de geração de caixa, segundo o diretor financeiro (CFO) da petroleira, Sergio Caetano Leite.

“A decisão vai depender da análise das finanças da companhia no curto, médio e longo prazos. Essas análises vão ficar para o fim do ano, quando teremos uma visão melhor de 2023”, disse ele, a analistas e investidores nesta sexta-feira (4).

A Petrobras anunciou na véspera um lucro menor e R$ 15 bilhões em dividendos, montante inferior aos pagos nos trimestres passados.

  • Petrobras: caixa e dividendos

Sobre o uso deste “excesso”, ele afirmou que a atual posição “está confortável e que não há perspectiva de mudança radical na gestão de caixa”.

Em relação ao atual patamar de caixa, Leite afirmou que ele está sendo avaliado, dentro do esforço da companhia para a elaboração do plano estratégico 2024-2028.

“Essas respostas serão endereçadas nas projeções que aparecerão neste plano (estratégico). Vale lembrar, contudo, que trabalhamos com caixa inferior a US$ 8 bilhões. O caixa mínimo que temos hoje é de US$ 5 bilhões. Isso está mantido. Essa é a nossa ideia”, disse.

O executivo destacou ainda que, dentro da “revisão da política de dividendos”, foram assegurados “aspectos importantes que garantem solidez e controle da dívida”.

“Mantivemos periodicidade, pagando trimestralmente, e as guias de endividamento”, disse. “Esse patamar está em linha com as ‘majors’ mundiais, considerando tanto as independentes quanto as companhias detidas pelo estado.”

Há uma semana, a Petrobras informou ao mercado uma reformulação na regra que norteia o pagamento de dividendos, com uma redução do porcentual do fluxo de caixa livre de 60% para 45%.

  • Dívida

O executivo destacou que a dívida subiu puxada por afretamentos de navios-plataforma, sobretudo no pré-sal da Bacia de Santos, mas mantém uma trajetória de queda. “A dívida bruta permanece dentro da faixa definida no Plano Estratégico”, disse.

A dívida bruta da Petrobras alcançou US$ 57,9 bilhões no segundo trimestre de 2023, uma alta de 8,2% em relação a igual período do ano passado e 8,7% acima do registrado ao fim do primeiro trimestre do ano, em 31 de março.

Já a dívida líquida da empresa subiu para US$ 42,1 bilhões, valor 12,2% superior ao registrado no primeiro trimestre de 2023.

  • Recompra de ações

Caetano Leite disse ainda que a reformulação da política de dividendos abarca a estratégia de recompra de ações, que vai começar com um programa piloto com duração de 12 meses.

“Esperamos concluir antes. A ideia é que ele não provoque grandes flutuações de preço. É a primeira vez usando recompra como remuneração aos acionistas”, afirmou.

Segundo ele, vão ser compradas 157,8 milhões de ações preferenciais, que representam cerca de 3,5% do ‘free float’ (ações em circulação).

O executivo concluiu afirmando que, após recompradas, as ações serão canceladas, configurando remuneração aos acionistas. O foco, acrescentou, são as ações preferenciais.

  • Petrobras lança contratação de navio plataforma para campos de Barracuda e Caratinga

A Petrobras lançou concorrência para a contratação de navio plataforma para o Projeto de Revitalização dos campos de Barracuda e Caratinga, na Bacia de Campos, disse o diretor executivo de Engenharia, Tecnologia e Inovação, Carlos Travassos.

O navio do tipo flutuante de produção, armazenamento e transferência de petróleo (FPSO, na sigla em inglês) terá capacidade de produzir até 100 mil barris de petróleo por dia (bpd) e processar diariamente até 6 milhões de m3 de gás.

“Essa unidade compõe nosso programa de renovação da Bacia de Campos”, disse Travassos, durante conferência com analistas de mercado para comentar os resultados do segundo trimestre.

As especificações do projeto trazem tecnologias para redução de emissões de gases de efeito estufa, tais como sistema de flare fechado (FGRS), equipamentos com requisitos de redução de emissões fugitivas, bem como a possibilidade de adoção de cogeração por ciclo combinado e conceito all electric, informou a Petrobras em nota.

Dentro do projeto de recuperação de ativos maduros da Bacia de Campos, a Petrobras citou ainda que os campos de Marlim e Voador contarão com os FPSOs Anita Garibaldi (com entrada em produção prevista para as próximas semanas) e Anna Nery (já em produção) com capacidade de produzir, juntos, até 150 mil barris por dia (bpd).

Para implementar os novos projetos de produção, a Petrobras irá perfurar 14 novos poços, remanejando outros 61 — e com o esforço de revitalização dos reservatórios, a previsão é gerar ganhos de produção para o campo, destacou a empresa.

VISÃO DO MERCADO

Ativa

Os resultados financeiros da Petrobras novamente foram robustos no segundo trimestre, ainda que menores tanto na comparação anual quanto trimestral, com surpresa positiva na distribuição de dividendos, diz a Ativa Investimentos.

O analista Ilan Arbetman escreve que as receitas foram ligeiramente abaixo de suas expectativas, com preços mais baixos do petróleo, mas isso foi igualmente compensado por menores custos, com preços de importação de óleo e derivados mais baixos.

Por conta do menor desempenho operacional, o Ebitda da Petrobras acabou ficando abaixo das expectativas. No entanto, o lucro líquido superou estimativa com a valorização do real impulsionando o resultado financeiro.

“Com as políticas de preços de derivados e de dividendos ajustadas, os investidores devem se atentar a detalhes a respeito do novo plano estratégico a ser lançado em dezembro”, afirma a corretora.

A manutenção de incertezas sobre o direcionamento da empresa, com a aparente disposição da diretoria em realizar investimentos onde não possui vantagens comparativas, mantém a Ativa mais cautelosa.

A Ativa Investimentos tem recomendação neutra para Petrobras, com preço-alvo em R$ 28 para as ações preferenciais, valor 5,9% menor que o fechamento de ontem.

Citi

A Petrobras apresentou resultados financeiros em linha com as estimativas no segundo trimestre, impactado pelas menores margens e desempenho operacional no período, diz o Citi.

Os analistas Gabriel Barra, Andrés Cardona e Joaquim Alves Atie escrevem que a dívida bruta da companhia subiu 6% ante março, para US$ 58 bilhões, mas a alavancagem permanece em níveis saudáveis a 0,74 vez a dívida líquida sobre Ebitda.

O banco destaca que o anúncio de dividendos veio em linha com a nova política de remuneração, um rendimento de 3,3% sobre as ações ordinárias e 3,7% sobre as preferenciais.

“Apesar dos dividendos ainda serem positivos e vermos espaço para pagamentos extraordinários, não vemos muito mais potencial nas ações da Petrobras no curto prazo porque ela fechou a diferença de preços sobre pares internacionais”, afirmam.

O Citi tem recomendação de compra para Petrobras, com preço-alvo em US$ 19 para os recibos de ação (ADRs) negociados na Bolsa de Nova York (Nyse), potencial de alta de 35,4% sobre o fechamento de ontem.

Credit Suisse

Ao contemplar apenas as ações PNs, embora relativamente pequeno, com cerca de 1,2% do número total de ações e 3,5% do free float das ações preferenciais, o programa de recompra pode ajudar a reduzir o desconto das preferenciais em relação às ordinárias, aponta o Credit Suisse.

Para o Credit Suisse, que tem recomendação equivalente à neutra para a Petrobras, o resultado foi em linha, enquanto o lucro foi acima do que esperava por maior receita financeira. Os dividendos também surpreenderam positivamente (de US$ 3,05 bilhõs ante projeção do Credit de US$ 2,5 bilhões, dado o investimento menor do que esperava), dado o capex menor que o estimado.

Contudo, para os analistas do Credit, os retornos devem ir reduzindo daqui pra frente dado que deve haver um maior capex, tendo em visto uma margem de segurança significativamente menor para o valuation da companhia comparado com os trimestres anteriores (após a alta recente dos ativos).

O banco suíço destacou, assim como a Genial, o aumento da dívida bruta (para US$ 58 bilhões), que se aproxima do limite de US$ 65 bilhões estabelecido no atual plano de negócios, que é um dos catalisadores para a distribuição de dividendos.

“Não vemos a alavancagem como uma preocupação neste momento e acreditamos que a companhia pode eventualmente alterar a meta de dívida bruta no próximo plano de negócios para fornecer mais flexibilidade”, aponta.

Guide

Os números da Petrobras no segundo trimestre desapontaram, com a produção mais baixa e custo de extração (“lifting cost”) mais alto prejudicando o resultado, enquanto do lado positivo a empresa distribuiu bons dividendos, diz a Guide Investimentos, em relatório.

O analista Mateus Pazin Haag escreve que a queda no lucro bruto de produção e exploração em base trimestral reflete a menor cotação do Brent e da menor produção no período. Já o custo de extração apurado cresceu 8% em relação ao trimestre anterior, com maiores gastos de inspeções submarinas e intervenções em poços, e com a apreciação do real frente ao dólar, diz o analista.

Ele destaca que a redução das margens internacionais de refino do óleo diesel (“crack spread”) contribuiu para o resultado ruim no segmento de refino, mas isso já era esperado. O analista lembra que a política de preços da Petrobras foi alterada em maio e que até o final de junho ela seguia muito próximo do preço de paridade de importação.

Por fim, do lado positivo, foram aprovados dividendos em linha com o mínimo da nova política de remuneração de R$ 1,15 por ação, ou aproximadamente 15% de yield anualizado, um valor bem expressivo, de acordo com o analista.

A Guide Investimentos tem recomendação neutra para as ações preferencias da Petrobras, com preço-alvo de R$ 23, abaixo do fechamento de ontem em R$ 30,92 na B3.

Itaú BBA

O Itaú BBA também destacou que o dividendo anunciado foi acima do esperava, uma vez que projetava R$ 1 por ação. Isto implica em um rendimento de dividendos (dividend yield) de aproximadamente 3,7%.

Ainda assim, mantém recomendação equivalente à neutra (marketperform, desempenho em linha com a média do mercado) para PETR4, com preço-alvo de R$ 27 ao final de 2023, em meio a um cenário incerto para o papel.

Entre os destaques, em exploração e produção, o segmento apresentou um Ebitda recorrente de R$ 49 bilhões, uma queda em relação aos R$ 56,6 bilhões reportados no trimestre anterior, devido à redução no preço do petróleo, sutil diminuição nos volumes produzidos e um aumento nas despesas.

Em refino, o Ebitda recorrente da divisão totalizou R$ 7,9 bilhões, 36% menor que o do primeiro trimestre. O segmento foi afetado por menores margens (rentabilidade) no trimestre, principalmente no diesel, uma vez que o crack internacional do diesel caiu mais de 40% no segundo trimestre. Esse resultado foi parcialmente compensado pelo aumento do volume de vendas de gasolina no mercado interno.

Já no segmento de gás e energia, o Ebitda recorrente foi de R$ 2,5 bilhões, 36% abaixo do trimestre anterior, explicado principalmente pela redução das compras de gás boliviano e pelo maior uso de GNL, resultando em margens menores.

JPMorgan

Após a divulgação dos resultados do segundo trimestre, sem grandes surpresas, mas com o mercado em busca de mais detalhes sobre a nova direção da estatal, o JPMorgan rebaixou a recomendação das ações da companhia de overweight (exposição acima da média do mercado, equivalente à compra) para neutro. O preço-alvo para as ações PN da Petrobras foi cortado de R$ 37 para R$ 35,50, ainda uma alta de 15% em relação ao fechamento da véspera.

A abertura do mercado foi negativa para as ações da estatal: às 111h15 (horário de Brasília), os ativos ON caíam 4,84%, a R$ 32,66, enquanto os PN tinham baixa de 2,55%, a R$ 30,15, diferença essa explicada pelo anúncio de recompra de ações preferenciais.

Os analistas do banco destacaram terem rebaixado a recomendação por três motivos.

Em primeiro lugar, pelas boas notícias que esperavam ter ocorrido e provavelmente já estão precificadas após o forte desempenho dos ativos no acumulado do ano. “Ouvimos a nova administração sobre os três principais pilares de valor para a Petrobras – disciplina de capital, política de preços e política de dividendos. Isso, acreditamos, levou as ações da Petrobras a ter um dos melhores desempenhos em 2023”, apontam. Os ativos PETR3 subiram 43% em 2023, enquanto os PETR4 tiveram ganhos de 50%, ante alta de cerca de 10% do Ibovespa.

Além disso, a execução da política de preços de combustíveis é o novo assunto do momento para os investidores, com os analistas ressaltando os elevados descontos de paridade tanto na gasolina (-20%) como no diesel (-24%). Sobre o tema, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, disse hoje que os preços de combustíveis praticados internamente estão “no limite” e que, se houver oscilação para cima da cotação do petróleo, repasses serão feitos pela Petrobras, o que pode diminuir a aversão a risco para as ações da estatal.

O terceiro ponto destacado pelo JPMorgan é por estarem menos confortáveis em carregar o papel, pois precisariam contar agora com dividendos extraordinários para a Petrobras se destacar em relação aos pares em termos de retorno aos acionistas.

A companhia, por sinal, anunciou um pagamento de dividendos em linha com a atual política de dividendos de 45% do fluxo de caixa livre (em caso de endividamento bruto abaixo de US$ 65 bilhões), totalizando cerca de R$ 1,15 por ação e implicando em um dividend yield (dividendo em relação ao dividendo) de 3,7%.

A estatal também divulgou seu programa de recompra de ações, de até 157,8 milhões de ações pelo prazo de 12 meses. O volume representa 3,5% das ações em circulação (free float) da estatal.

“O Programa de Recompra abrangerá apenas as ações preferenciais e será realizado no contexto da Política de Remuneração de Acionistas vigente”, diz. Atualmente existem 3.701.760.571 ações ordinárias e 4.566.511.125 preferenciais em circulação.

UBS BB

Os resultados de segundo trimestre da Petrobras parecem dar aos investidores a primeira indicação do que será o novo “status quo” da companhia após normalização de preços das commodities e novas políticas de preços e dividendos, diz o UBS BB.

Os analistas Luiz Carvalho, Matheus Enfeldt e Tasso Vasconcellos escrevem que os números foram sequencialmente mais fracos devido a redução nos preços do petróleo, valorização do real e menores margens de refino, vindo em linha com estimativas.

A geração de fluxo de caixa livre em US$ 6,7 bilhões surpreendeu, vindo 3% acima do consenso do mercado, o que resultou em rendimento de dividendos em 3,5%, melhores do que o esperado.

O UBS BB tem recomendação de venda para Petrobras, com preço-alvo em R$ 22 para as ações ordinárias e preferenciais, valores 35,9% e 28,8% menores que os fechamentos de ontem.

XP

Os números da Petrobras no segundo trimestre foram robustos, embora mais fracos na comparação anual, com receitas e margens caindo, em linha com as estimativas, diz a XP.

Os analistas Andre Vidal e Helena Kelm escrevem que o fluxo de caixa operacional foi acima do esperado, com menor imposto de renda pago no período, o que impulsionou os dividendos.

Os riscos em torno da Petrobras permanecem devido a perspectiva de investimentos maiores e interrupção no processo de venda de ativos, mas a empresa ainda deve continuar a gerar resultados financeiros robustos, afirma a corretora.

Um ponto negativo foi o aumento da dívida bruta para US$ 58 bilhões, mas o que já era esperado, pelo arrendamento das plataformas Anna Nery e Almirante Barroso, mantendo alavancagem da Petrobras em níveis baixos.

Já sobre os números em si, conforme destaca a XP, a companhia reportou outro forte desempenho financeiro, embora com números mais fracos tanto no trimestre quanto na base de comparação anual.

A companhia fechou o segundo trimestre deste ano com lucro líquido de R$ 28,7 bilhões, 47% a menos do que há um ano, e 24,6% menor do que o registrado no trimestre imediatamente anterior.

Já o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização, na sigla em inglês) ajustado totalizou R$ 56,690 bilhões, um recuo de 21,8% na base trimestral e de 42,3% na base anual, 2% abaixo da projeção da XP, enquanto 9% menor do que o consenso.

A receita totalizou R$ 113 bilhões no 2T23, -18% se comparado ao 2T22. Os principais motivos para tal resultado foram a queda no preço do brent (US$ 78,40 ante US$ 113,80 o barril no 2T22), menores receitas com exportação e redução nas margens do refino, conforme ressalta a Genial.

Ainda assim, o fluxo de caixa de operações menos o capex (ou fluxo de caixa livre, ou FCL), que atingiu R$ 33,3 bilhões, ficou acima das suas projeções, levando a um pagamento de dividendos acima do que a casa (e o consenso de mercado) esperava.

“Como esperado, a dívida bruta aumentou devido ao arrendamento IFRS 16 com entrada de 2 novos FPSOs (atingindo US$ 58 bilhões). Ainda vemos um sólido FCL e dividend yield para a empresa nos próximos trimestres, apoiando nossa recomendação de compra no nome. No entanto, vários riscos permanecem para a tese de investimento, para não mencionar um FCL mais baixo à frente”, apontou a XP.

A XP tem recomendação de compra para Petrobras, com preço-alvo em R$ 36,70 para as ações preferenciais, potencial de alta de 18,7% sobre o fechamento de ontem.

* Com informações da ADVFN, RI das empresas, Valor, Infomoney, Estadão

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