O índice dos gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) sobre a atividade industrial da zona do euro caiu para 42,7 pontos em julho, de 43,4 em junho, de acordo com dados revisados do Hamburg Comercial Bank (HCOB) e do instituto de pesquisas S&P Global.
Leituras acima de 50 pontos sugerem expansão da atividade, enquanto valores menores apontam contração. A previsão dos analistas era de 43,4 pontos.
“Parece que a recessão industrial veio para ficar na zona do euro. Quedas mais fortes na produção, novos pedidos e os volumes de compras no início do terceiro trimestre reforçam nossa visão de que a economia como um todo terá uma jornada atribulada no segundo semestre do ano”, diz o dr. Cyrus de la Rubia, economista-chefe do HCOB.
Já a atividade industrial da Alemanha caiu para 38,8 pontos em julho, de 40,6 em junho, de acordo com dados revisados do Hamburg Comercial Bank (HCOB) e o instituto de pesquisas S&P Global. Analistas esperavam que o indicador ficasse em 40,6 pontos. É o índice mais baixo em 38 meses.
“São números feios. A queda na demanda por bens manufaturados alemães, medida pelos novos pedidos da pesquisa, é um dos mais pronunciados ao longo dos últimos 30 anos. Também estamos vendo cortes substanciais em ambos os estoques de compras e saída. Isso é uma evidência de que o ciclo de desestocagem está em pleno andamento, o que é típico em tempos de recessão. Dito isto, também abre caminho para uma recuperação no próximo ano, caso as empresas comecem a recompor os estoques novamente”, diz o economista-chefe do HCOB, Dr. Cyrus de la Rubia.
A atividade industrial do Reino Unido caiu para 45,3 pontos em julho, de 46,5 em junho, de acordo com dados revisados do instituto de pesquisas S&P Global/CIPS. A previsão dos analistas era de 46,5 pontos.
“Julho viu um aprofundamento da crise na manufatura do Reino Unido. A produção caiu no ritmo mais rápido desde janeiro, com excesso de estoque, aumento das perdas de exportação, juros mais altos e a crise do custo de vida se fundiram para criar um agravamento preocupante da quebra da procura”, afirma Rob Dobson, diretor da S&P Global.