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Vibra (VBBR3): lucro líquido de R$ 133 milhões no 2T23, queda de 81,2%

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A Vibra Energia apurou R$ 133 milhões de lucro líquido no segundo trimestre deste ano, uma queda de 81,2% ante o mesmo período de 2022. Na comparação com o intervalo de janeiro a março, houve recuo de 64,2%. Os dados são do release de resultados divulgado pela companhia nesta segunda-feira, 14.

O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado da Vibra Energia alcançou R$ 910 milhões, queda de 43,1% ante o montante reportado em igual período de 2022. Na comparação trimestral, a queda foi de 32,3%.

A receita líquida da companhia, por sua vez, somou R$ 37,363 bilhões no período, queda de 21,0% na comparação anual e recuo de 4,7% no intervalo trimestral.

A companhia informa que os resultados do segundo trimestre foram impactados por um cenário bastante desafiador. Segundo a Vibra Energia, houve intensificação da entrada de diesel de origem Russa, praticamente substituindo essa molécula originada no golfo americano, principal origem de produto importado no mercado brasileiro, devido ao forte desconto de preço do produto russo.

A dívida líquida da companhia somou R$ 12,197 bilhões no primeiro semestre, valor 8,3% menor ao apurado nos seis primeiros meses de 2022. Já a alavancagem, medida pela relação entre dívida líquida e Ebitda ajustado, foi de 3,0 vezes no primeiro semestre deste ano, valor maior ante o apurado em igual período do ano anterior, em 2,8 vezes.

“O principal motivo do aumento da alavancagem foi o resultado Ebitda ajustado do período que foi impactado por uma grande perda de estoque no segundo trimestre de 2023 em oposição a um ganho de estoque no segundo trimestre de 2022”, informou a companhia no release.

Os resultados da Vibra Energia (BOV:VBBR3) referente suas operações do segundo trimestre de 2023 foram divulgados no dia 14/08/2023.

Teleconferência

Depois da Ipiranga, controlada pela Ultrapar, chegou a vez da Vibra, negar falta de combustível em seus postos. “Nossos estoques estão nos níveis normais. A gente vem atendendo nossos clientes regulares e nossos clientes contratados de uma maneira absolutamente normal. Nós temos estoque para atendimento aos nossos clientes”, garantiu Ernesto Pousada, CEO da companhia.

Dias atrás, postos relataram falta de diesel. A queda de preço do combustível no trimestre passado afetou os resultados da Vibra.

“Queria ressaltar nossa excelente gestão das variáveis operacionais que estavam sob nosso controle. Acho que tivemos diversos aspectos impactando nosso resultado, dentre eles a redução do diesel ao longo do trimestre (2T23), que impactou o custo de nossos estoques, principalmente com a importação do diesel russo”, disse o CEO na abertura da teleconferência com analista para comentar os resultados do segundo trimestre, com queda de 81% do lucro líquido.

Pousada relatou que além do diesel, a redução do preço da gasolina e outros produtos, afetaram o Ebitda. “A companhia não deixou de gerar caixa, seguimos reduzindo nossa dívida, então não é um problema estrutural”, ressaltou.

  • Longe do diesel russo no 2T23

“A Vibra não importou o diesel russo (no 2T23) e mesmo assim conseguimos gerar resultado através de uma gestão bastante eficiente”, complementou.

“Estamos partindo para uma recuperação da margem Ebitda versus primeiro tri (do ano), mesmo com esse impacto relevante no inventário (estoque) e comercialização de diesel russo pela concorrência”, afirmou.

Pousada explicou que no 2T22 houve uma alta expressiva dos preços do combustível, especialmente do diesel, por conta do início da guerra entre Rússia e Ucrânia, e, de lá pra cá, especialmente no 2T23, a empresa viu uma queda muito relevante nos preços, o que impactou a valorização dos estoques e, por sua vez, nos resultados do Ebitda.

Com teleconferência aberta, logo após a Petrobras anunciar a elevação dos preços da gasolina em 16% e do diesel em 26%, a partir desta quarta-feira (16), os executivos da Vibra evitaram comentar sobre os reajustes da estatal.

“Independente da política de preços da Petrobras, nós temos feito nosso trabalho e nós vamos avançando gradualmente em nossas margens”, disse o executivo. Mais à frente, na teleconferência, ele destacou que o aumento de preço promovido pela estatal “dá competividade às importações”.

  • Perto do diesel russo

Ainda sobre o diesel russo, a Vibra informou na teleconferência que passou a considerar a sua compra, depois de relutar à medida. “Apesar de neste momento ele não estar disponível (para venda no Brasil) pelo price gap (diferença de preço), a gente passou a incluir o diesel russo entre nossas alternativas de sourcing (abastecimento)”, destacou.

“A gente investiu bastante nosso tempo para assegurar que tinha sob controle todos os processos para fazer essa operação de forma controlada”, disse ele, se referindo à importação do combustível russo, já que ele é um dos produtos sob sanção na Europa e nos Estados Unidos, por conta do conflito Rússia-Ucrânia e exige aval do compliance (conformidades) da distribuidora para aquisição.

VISÃO DO MERCADO

Bradesco BBI 

O Bradesco BBI elevou o preço-alvo de Vibra Energia de R$ 24 para R$ 26, potencial de alta de 59% sobre o fechamento de ontem, reiterando recomendação de compra.

O analista Vicente Falanga escreve que os resultados de segundo trimestre da distribuidora vieram abaixo do esperado, mas com margens em linha com as pares Ipiranga e Raízen.

“Esperamos melhores margens à frente devido ao fim deste ciclo de redução de preços de combustível”, afirma o banco. Maior consumo de capital de giro causou uma queima de caixa de R$ 50 milhões.

O ponto positivo é que a Vibra avançou no seu processo de desalavancagem, com a dívida líquida caindo cerca de R$ 370 milhões, o que deve ser impulsionado nos próximos trimestres.

Goldman Sachs

Para o Goldman Sachs, a empresa reportou Ebitda recorrente ligeiramente abaixo do consenso, mas acima dos pares, e teve queda nos volumes, diz o Goldman Sachs, em relatório.

Os analistas Bruno Amorim, João Frizo e Guilherme Martins escrevem que o diesel russo representava cerca de 55% do total de diesel importado no trimestre e que a empresa decidiu não importar o produto no segundo trimestre de 2023, focando no mercado interno.

“Notamos que a Vibra, apesar de não importar diesel da Rússia, conseguiu entregar margens ajustadas semelhantes às do Ipiranga que acreditamos que podem ser bem recebidas pelo mercado”, escrevem os analistas. A Vibra destacou que decidiu priorizar sua rede de marcas próprias e clientes contratados, o que se traduziu em menor volume total de vendas, dizem.

Eles ressaltam ainda que as despesas operacionais ajustadas por metro cúbico caíram 4% no trimestre, o que a empresa tem atribuído ao seu compromisso com a eficiência do processo.

O Goldman Sachs tem recomendação de compra para as ações da Vibra Energia, com preço-alvo de R$ 20,10.

* Com informações da ADVFN, RI das empresas, Valor, Infomoney, Estadão, Reuters

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