Nesta quarta-feira, as bolsas internacionais, em sua maioria, mostram desempenho positivo, impulsionadas pela perspectiva de medidas de estímulo na China e por um acordo temporário para garantir o financiamento do governo dos Estados Unidos. No Brasil, os investidores estão ansiosos pelos dados do Banco Central e pela reunião entre Lula e Campos Neto.
Estados Unidos: Alívio com Acordo Orçamentário e Preocupações com Juros
Nos Estados Unidos, um acordo bipartidário pode prorrogar o financiamento do governo até novembro, eliminando o temor de um “shutdown” em outubro. No entanto, as preocupações persistem em relação à possibilidade de juros elevados no futuro, exercendo pressão sobre os mercados nas últimas semanas.
Alemanha: Confiança do Consumidor Impactada pela Inflação
Na Alemanha, o índice de confiança do consumidor, avaliado pelo Instituto GfK, surpreendeu ao mostrar uma retração de 26,50 pontos em outubro, evidenciando que a inflação está minando a recuperação econômica, superando as expectativas de uma queda de 26 pontos.
Europa: Discurso do BCE e Alívio na Ásia
Na Europa, a presidente do Conselho de Supervisão do Banco Central Europeu (BCE), Andrea Enria, proferirá um discurso às 9h. Enquanto isso, na Ásia, houve um rompimento nos mercados após a recuperação do lucro industrial na China, que subiu 17,2% em agosto, em comparação com a queda de 6,7% em julho.
China: Compromisso do PBoC com Estímulos
O Banco Popular da China (PBoC) anunciou seu compromisso em intensificar o apoio à economia chinesa, que enfrenta desafios externos e enfraquecimento da demanda interna. A instituição se comprometeu a adotar uma política monetária precisa e vigorosa para contribuir com a demanda e fortalecer a confiança na economia.
Evergrande e Japão: Desafios e Incentivos
A incorporadara chinesa Evergrande continua a ser uma preocupação, com um grande grupo de credores considerando participar de uma petição judicial de liquidação, caso a empresa não apresente um novo plano de reestruturação de dívidas até outubro. A Evergrande busca a aprovação dos credores para uma proposta de reestruturação de dívidas no valor de US$ 31,7 bilhões, que inclui títulos, garantias e obrigações de recompra. No Japão, o primeiro-ministro Fumio Kishida anunciou planos de incentivos fiscais para estimular investimentos internos, particularmente em semicondutores e baterias, bem como medidas para trazer o crescimento salarial.
Agenda Econômica
Na agenda econômica, os Estados Unidos divulgaram o índice semanal de hipotecas às 8h, seguido pelo pedido de bens consolidados às 9h30. Às 11h30, o Departamento de Energia apresentará o relatório de estoques de petróleo da semana anterior, com previsão de uma queda de 1,65 milhão de barris. Às 14h, o governo realizou mais um leilão de títulos do Tesouro, desta vez com vencimento de cinco anos, após um leilão bem sucedido de dois anos ontem, com uma taxa de 5,085% e um volume de US$ 48 bilhões.
No Brasil, os investidores aguardam a divulgação do volume total de crédito pelo Banco Central às 8h30, com expectativa de outra queda em agosto, seguindo a tendência observada em julho, devido à redução do crédito para pessoas físicas e jurídicas.
A partir das 9h, está prevista uma audiência pública com o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, na Comissão de Finanças e Tributação da Câmara dos Deputados. Às 17h30, Campos Neto realizará sua primeira reunião com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, também estarão presentes. Desde que assumiu o cargo, Lula tem criticado a política de juros do Banco Central, argumentando que o governo está fazendo esforços para reduzir as taxas.
Política Brasileira: Aprovação do Projeto de Lei de Repatriação
Na política brasileira, a Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado aprovou um projeto de lei (PL) relacionado ao Regime Especial de Regularização Cambial e Tributária (RERCT), conhecido como repatriação de ativos. O projeto estabelece uma alíquota de 14% sobre o Imposto de Renda (IR) devido e uma multa de 90% sobre o valor, sendo encaminhado agora à Câmara dos Deputados.
Ontem, o Ibovespa encerrou o dia em queda, impactado pela aversão ao risco global, juntamente com as quedas nas ações de empresas como Vale e Petrobras. No mercado de câmbio, o dólar fechado em alta, à medida que os investidores buscavam proteção contra incertezas.
Porque o “bom dia” sempre esta com um dia atrasado? Hoje não é terça feira.
“…Nesta terça-feira, as bolsas internacionais….”