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EUA colocam em xeque sua nota máxima de crédito por risco fiscal, alerta a Moody’s

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A Moody’s Investors Service, a única grande classificadora de crédito que ainda atribui aos Estados Unidos uma nota máxima ‘AAA’, sinalizou que sua confiança está diminuindo ante a eventualidade de uma paralisação do governo.

Na hipótese de se confirmar este cenário, embora “os pagamentos do serviço da dívida não fossem afetados e fosse improvável que uma paralisação de curta duração perturbasse a economia, a situação ressaltaria a fraqueza da força institucional e de governança dos EUA em relação a outros soberanos com classificação AAA”, escreveram os analistas liderados por William Foster em um relatório na segunda-feira.

As informações são da Bloomberg.

Os analistas não foram explícitos com relação a um eventual rebaixamento, mas usaram uma linguagem excepcionalmente contundente para expressar suas preocupações sobre a trajetória das negociações do Congresso para aprovar uma lei de gastos de curto prazo necessária para impedir uma paralisação do governo quando o novo ano fiscal dos EUA começar em outubro.

“Uma paralisação do governo demonstraria as restrições significativas que a intensificação da polarização política continua a colocar na formulação da política fiscal dos EUA durante um período de declínio da força fiscal, impulsionada por déficits fiscais persistentes e deterioração da capacidade de pagamento da dívida”, acrescentou a Moody’s.

Os mercados têm estado atentos a novas ações de crédito depois que a Fitch Ratings rebaixou a classificação dos EUA em agosto, citando preocupações com as disputas políticas sobre o teto da dívida que levaram o país à beira de um calote. O último relatório da Moody’s – que mantém inalterada sua classificação dos EUA – é um sinal de que a sustentabilidade da dívida dos EUA e a política em torno dela continuarão a ser um tema até o final do ano.

O presidente da Câmara dos Representantes, Kevin McCarthy, não tem se mostrado disposto a trabalhar com os democratas em relação ao financiamento temporário para manter o governo aberto, em parte por causa da preocupação de ser expulso por membros da linha dura de seu próprio partido.

Estas atitudes mais radicais têm dito repetidamente que não temem as consequências de uma paralisação, e a advertência da Moody’s não deve comover o grupo.

Um grupo de republicanos de distritos decisivos, que são os mais vulneráveis à reação dos eleitores em caso de interrupção dos serviços do governo, já está se preparando para uma rebelião para interromper a paralisação. Mas, devido a obstáculos processuais, o grupo não pode agir com rapidez suficiente para impedi-la.

Os rendimentos do Tesouro permaneceram em alta durante o dia, na esteira do relatório da Moody’s, com os rendimentos de 10 anos atingindo mais cedo o valor mais alto desde 2007.

Aumento da pressão

“A pressão sobre a capacidade de pagamento da dívida dos EUA está aumentando”, disse Foster em uma entrevista após a divulgação do relatório. Uma “política fiscal mais fraca” que resulte em “déficits fiscais persistentemente altos e custos de juros mais altos do que o esperado” acabará por pesar sobre a nota de crédito dos EUA, acrescentou.

Seus comentários ecoam os de todos os três principais classificadores de crédito nos últimos anos. A S&P Global Ratings, a primeira grande classificadora de risco a retirar dos EUA sua nota ‘AAA’ em 2011, disse em março que poderia reduzir novamente a classificação dos EUA “nos próximos dois a três anos, se acontecimentos políticos negativos inesperados pesarem sobre a força das instituições americanas e a eficácia da formulação de políticas de longo prazo ou colocarem em risco o status do dólar como a principal moeda de reserva do mundo”.

A Moody’s disse que o efeito da paralisação “estaria concentrado em áreas com grande presença do governo” e dependeria da duração do fechamento.

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