O índice Ibovespa operava em baixa de 0,6%, na casa dos 115 mil pontos, chegando a mínima intradiária aos 114.838 pontos, com influências negativas vindas da recente piora nos mercados internacionais. O índice registra a quarta queda consecutiva e caminhando para uma baixa semanal de cerca de 2,0%. Entre os principais responsáveis por essa queda estão as ações da Vale, que caem 2,0%, bem como empresas do setor de siderurgia, celulose e a Petrobras. No entanto, os papéis de bancos conseguem mitigar parcialmente essa tendência de baixa.

Essa queda reflete, em grande parte, as preocupações internacionais relacionadas a um possível aumento das taxas de juros nos Estados Unidos e as medidas adotadas pelo governo chinês para reduzir os preços do minério de ferro, o que ocorre em meio a dados desfavoráveis sobre a balança comercial chinesa.

Ontem, os dados referentes aos pedidos semanais de seguro-desemprego nos Estados Unidos vieram abaixo do esperado, indicando um mercado de trabalho ainda apertado. É importante destacar que os bancos centrais do Brasil e dos Estados Unidos estão programados para se reunirem em breve para decidir sobre suas taxas de juros, com expectativas de manutenção nos Estados Unidos e de queda no Brasil.

Na Alemanha, a inflação ao consumidor em agosto permanece elevada, registrando 6,4% ao ano, o que levanta preocupações e pode influenciar uma decisão de aumento nas taxas de juros por parte do Banco Central Europeu em sua próxima reunião, marcada para o dia 14.

Além disso, a greve dos trabalhadores do setor de gás natural na Austrália se torna um fator de preocupação adicional em relação à inflação global, já que a Austrália é um importante produtor de gás natural no mundo, e a greve provocou um aumento de 10% nos preços do produto no mercado futuro da Europa.

Os preços do petróleo estão em alta, com o barril do Brent negociado a US$ 90,18, impulsionado pela significativa queda dos estoques estratégicos americanos.

Nos Estados Unidos, os índices de ações têm pequenos ganhos, com o S&P500 interrompendo três dias de queda. O Dow Jones registra um aumento pelo segundo dia consecutivo, com 0,11%, enquanto o S&P500 e o Nasdaq sobem 0,3% e 0,48%, respectivamente.

O índice do dólar, conhecido como DXY, apresenta uma queda de 0,28%, em consonância com os rendimentos dos títulos do Tesouro americano. O rendimento do título de dois anos recua 0,03 ponto percentual, para 4,92%, enquanto o título de dez anos cai 0,05 ponto, atingindo 4,22% ao ano.

No Brasil, o dólar futuro registra sua terceira alta consecutiva, com um aumento de 0,11%, refletindo as preocupações tanto no mercado internacional quanto em relação às contas públicas do país.

Termômetro B3

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 Com informações do BDM e TC