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O embate entre Google e Apple: Cooperação e concorrência

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No epicentro do Vale do Silício, a relação entre Apple (NASDAQ:AAPL) e Google (NASDAQ:GOOGL) é inconfundível. Ao longo de anos, as duas gigantes se enfrentaram e cooperaram paralelamente. Steve Jobs, da Apple, já ameaçou lançar uma “guerra” contra o Google após a entrada deste no mercado de smartphones. Mas desde 2005, o Google pagou bilhões à Apple para ser o buscador padrão do navegador Safari. Essa aliança financeira de trilhões de dólares surpreendeu muitos, incluindo em Washington. Ecos dessa parceria emergiram em 2018, quando um executivo da Apple sugeriu que as empresas deveriam operar como uma entidade unificada.

A Apple e a Alphabet, controladora do Google, também são negociadas na B3 através do ticker (BOV:AAPL34) e (BOV:GOGL34), respectivamente.

Essas revelações são parte da ação antitruste movida pelo Departamento de Justiça dos EUA contra o Google, que acusa a empresa de sufocar rivais com acordos como o da Apple. Este processo lembra o litígio contra a Microsoft (MSFT, MSFT34) há vinte anos, discutindo práticas anticompetitivas no setor tecnológico.

Atualmente, o setor tecnológico enfrenta um crescente ceticismo. O Google já enfrenta outro processo antitruste sobre seu domínio publicitário. A Federal Trade Commission (FTC), atualmente sob a liderança da agressiva Lina Khan, tem planos de desmembrar a Meta Platforms (META, M1TA34), controladora do Facebook, e pode em breve processar a Amazon (AMZN, AMZO34) por práticas antitruste. A Apple também está sob escrutínio.

O processo atual, previsto para durar 10 semanas, foca na alegada prática monopolista do Google no mercado de buscas. Uma vitória do Departamento de Justiça poderia resultar na separação do negócio de buscas do Google de outras áreas, como Android e Google Maps, uma movimentação significativa desde a divisão da AT&T (T, ATTB34) em 1984.

O caso alega que o Google usou bilhões para sustentar seu monopólio, fazendo acordos com concorrentes e fabricantes de smartphones. O acordo mais significativo é com a Apple, que recebe até 50% das receitas publicitárias das buscas realizadas através do Safari. Estima-se que a Apple tenha ganhado cerca de US$ 18 bilhões em 2022 com essa relação.

As alegações atuais lembram o caso da Microsoft nos anos 90, sobre a pré-instalação do navegador Internet Explorer. Porém, o Google refuta comparações, argumentando que seus acordos não apresentam barreiras técnicas.

Estudos mostram que configurações padrão influenciam significativamente as escolhas dos consumidores. Um exemplo é o caso do programa de mapas da Apple, que substituiu o padrão em dispositivos iOS por um próprio, considerado inferior, mas que mostrou o poder da configuração padrão.

Na origem da parceria entre Apple e Google estava a busca por uma alternativa ao domínio da Microsoft. O Safari tinha apenas 1,3% do mercado de buscas em 2005, mas com a ascensão dos dispositivos móveis da Apple, esse número cresceu, rendendo à empresa cerca de um bilhão de dólares por ano em 2014.

Há diversos negócios em que buscadores pagam para ser o padrão em navegadores e dispositivos. O Google, por exemplo, é padrão no Firefox. Acordos assim foram estabelecidos com várias operadoras, visando garantir predominância no mercado.

A Apple e o Google expandiram sua parceria em 2016, incluindo o uso do buscador da Alphabet no Siri e Spotlight da Apple. Os CEOs das empresas se encontraram em diversas ocasiões para discutir formas de fortalecer a receita de busca.

Enquanto o diretor jurídico da Alphabet vê a relação com a Apple como uma “coopetição” (cooperação e competição), especialistas em direito argumentam que tais acordos, que podem ter sido inocentes em 2005, agora podem estar comprando proteção contra futuros concorrentes.

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