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Ações da Vale sobem, com valorização do preço do minério de ferro

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A recente valorização do preço do minério de ferro têm dado força para uma recuperação dos preços das ações da Vale. Mesmo com as perdas desta semana, influenciadas pelas decisões globais de juros, que elevaram o sentimento de aversão ao risco, VALE3 sobe 5,42% em setembro e 9,56% no trimestre.

Nesta sexta-feira (22), o otimismo domina tanto os papéis da companhia quanto o mercado do minério de ferro, mesmo com quedas da quinta. Às 13h20, as ações da Vale avançavam 1,66%, a R$ 68,22.

Mais cedo, a cotação da commodity também cresceu tanto em Cingapura quanto na Dalian. Na bolsa de Cingapura, os ganhos foram de 3,2%, a US$ 121,20 a tonelada, enquanto na Dalian a alta foi de 0,9%, a US$ 119,38.

 ⇒ Recuperação dos preços das ações da Vale – Quinta-feira  – 21/09

A recente valorização do preço do minério de ferro têm dado força para uma recuperação dos preços das ações da Vale. Mesmo com as perdas desta semana, influenciadas pelas decisões globais de juros, que elevaram o sentimento de aversão ao risco, VALE3 sobe 4,1% em setembro e 8,2% no trimestre.

No pregão desta quinta-feira (21), seus papéis, assim como o mercado como um todo, recuam, cedendo 2,2%, a R$ 67,78, por volta das 14h30. Vale recua ainda com a sessão de queda do minério. Na Bolsa de Cingapura, hoje, a cotação da commodity caiu 3,4%, para US$ 117,70 a tonelada, e em Dalian cedeu 1,9%, a US$ 116,93.

Apesar de oscilarem nesta semana, os preços do minério de ferro saíram da faixa dos US$ 102 em agosto para US$ 123,50 na última sexta-feira (15), na Bolsa de Cingapura, o maior preço desde março deste ano. Recuperação se viu também em Dalian [veja os gráficos mais abaixo].

Com isso, o preço da ação da Vale (BOV:VALE3) saiu de sua mínima de 2023 – aos R$ 61 (em agosto) – para os R$ 71,20, no mesmo dia 15 de setembro. Ou seja, uma valorização superior a 16% em menos de 20 dias, impulsionada pela força do minério.

O que puxou a alta do minério e da Vale (VALE3)?

Por trás dessa recente alta está um conjunto de medidas macroeconômicas, anunciadas por autoridades chinesas, com foco na “expansão da demanda doméstica, aumento da confiança, da prevenção de riscos e esforços para atingir as metas anuais de desenvolvimento econômico”.

A consolidação da recuperação econômica, portanto, é foco para o país asiático. Nesse sentido, o governo se comprometeu a acelerar a adoção de mais medidas em busca da consolidação da recuperação da economia do país, reforçou, essa semana, a mídia estatal CCTV.

Espaço para alta de Vale

Dessa forma, nem mesmo a queda desta semana, desanimou os analistas fundamentalistas em relação às ações da Vale. Para JP Morgan, a mineradora segue sendo a principal escolha do setor, sendo classificada como overweight (exposição acima da média).

Ajuda nessa perspectiva “a boa visão” do banco para a commodity. “Acreditamos que (VALE3) agora está barata, com um múltiplo EV/Ebitda de 3,7x em relação ao pico de 5,9x em fevereiro de 2023”, afirmou o JP, em relatório.

Para o BTG, a Vale também continua como a principal escolha para exposição ao minério de ferro. O banco aumentou as estimativas de Ebitda em 10-13% para 2023/24 e elevou o preço-alvo para R$ 96,00 a ação.

VALE3: Análise técnica

Partindo para a análise técnica dos papéis da mineradora, VALE3 – no fechamento da véspera – recuou até o suporte de R$ 68,20 (região de preços que geralmente atraem compradores), “que foi respeitado”.

“Caso perca essa região, abrirá espaço para que o movimento de realização no curto prazo continue até R$ 66,20”, explicam os analistas do Itaú BBA, Fábio Perina, Lucas Piza e Igor Caixeta, em relatório.

No sentido inverso, no lado da alta, afirmam, para que “VALE3 acione gatilho de compra e inicie a tendência de alta, visando o médio prazo, é fundamental que a ação supere a barreira de R$ 71,25” – ou seja, região de resistência, que geralmente atrai vendedores.

Analistas divergem sobre minério de ferro

Enquanto alguns analistas entendem que a produção industrial e de infraestrutura podem manter a demanda e, por consequência, os preços do minério de ferro em patamares mais elevados, outros demonstram menos otimismo em relação às expectativas para os setores do país asiático, em especial no impacto que as dificuldades do setor imobiliário na demanda pelo minério de ferro.

Em seu relatório diário sobre metais e mineração no início desta semana, o BBI destacou que o volume total de vendas de novas casas nas quatro principais cidades da China caiu semanalmente, reforçando o desaquecimento do setor imobiliário.

Já na análise semanal, o banco reforçou que a demanda sazonalmente mais forte e os sinais de estabilização da atividade econômica explicaram alta na semana passada.

“A atividade econômica chinesa mostrou alguns sinais de estabilização em agosto, com as vendas no varejo e a produção industrial superando as estimativas do mercado. Por outro lado, os dados do setor imobiliário permaneceram muito fracos. Acreditamos que a China continuará monitorando a atividade econômica para impulsionar o estímulo e garantir um crescimento constante”, diz o relatório.

Os dados de produção industrial vieram com aumento de 4,5% no acumulado anual em agosto de 2023, contra 3,7% em julho (e estimativas de 3,9%). A produção manufatureira subiu para 5,4% ao ano (ante 3,9% em julho) e a mineração subiu para 2,3% ao ano.

Em relação às exportações brasileiras de minério de ferro, a análise destaca que houve a totalização de aproximadamente 11 milhões de toneladas (mt) na terceira semana de setembro, com média diária de 2,2mt.

Isso significa um avanço de 25% da semana anterior e 35% em relação à média diária de agosto. Se o passo se mantiver até o fim de setembro, as exportações do minério de ferro totalizariam 39,5mt, +5% em relação ao mês anterior e 9% a mais que na comparação anual.

A recomendação do BBI para Vale é Outperform (perfomance acima do índice de referência, equivalente à compra).

Cautela com China

Para a Julius Baer, os dados econômicos demonstram que ainda há luta nos setores intensivos em metais, em especial no mercado imobiliário. Entretanto, a consultoria entende que a produção industrial e as vendas no varejo são pontos positivos.

“Nossas opiniões não mudaram: a menos que haja medidas de estímulo generalizado nos setores imobiliário e de infraestrutura, a demanda chinesa por metais deve permanecer relativamente estagnada”, diz o relatório.

A análise reforça a cautela para os mercados de minério de ferro e de aço, em razão dos ventos contrários estruturais enfrentados pelo setor imobiliário.

Otimismo do JP Morgan

Essa cautela, entretanto, não se apresenta na análise do JP Morgan sobre o cenário. Em relatório publicado quinta-feira passada (14), o JP Morgan demonstrou otimismo com o mercado do minério de ferro.

“Com a combinação de: (a) a produção de aço da China permanecendo resiliente e resultando em maiores exportações; (b) cortes modestos na capacidade de produção de aço na China; e (c) flexibilização das políticas – concluímos que nossas previsões de preços anteriores eram muito cautelosas”, explica o banco.

As projeções de preço foram ajustadas para US$ 110/t para 2023 e US$ 105/t para 2024. Para o JP Morgan, a revisão reflete o ponto mais baixo de custos marginais após a recente inflação, o que o banco considera que foi um forte nível de suporte nos últimos anos.

Apesar dos dados mais fracos do setor imobiliário, a produção de ferro segue crescendo na China, segundo o banco, e é considerada “resiliente”. Na análise, o JP Morgan pondera que o crescimento está vindo de energia renovável e tem impulsionado a demanda.

Outros pontos destacados pelo JP Morgan são a perda de participação da propriedade residencial na demanda total, o melhor desempenho de propriedades comerciais em detrimento de residenciais e o fato de habitação pública, escolas e hospitais serem caracterizados como infraestrutura e não propriedade (o que afeta números de construção, ainda que a demanda esteja presente).

O banco também destacou que as exportações de aço também impulsionam a demanda, uma vez que a China superproduz aço e o processo consome mais minério de ferro.

“No geral, nossas estimativas de produção de aço na China para 2023 permanecem em +1% em relação ao ano anterior, com a demanda caindo 1,4% em relação ao ano anterior”, projeta o relatório.

Como consequência, o relatório do JP Morgan revisou a classificação de Bradespar (BRAP4) (que conta como principal ativo com as ações da mineradora) de neutro para overweight (exposição acima da média).

A recomendação é pautada nas “previsões mais altas para minério de ferro”, de acordo com o relatório.

A Bradespar teve alta de 4,34% após o relatório do banco, mas enfrenta queda de 2,82% na sessão de quinta, cotada a R$ 22,72 às 13h35.

BTG revisa para cima curva de minério de ferro

O BTG Pactual tem visão similar em relação à produção de aço na China e prevê que há pouca possibilidade de manutenção da produção em 2023 e imposição do governo de restrições à indústria siderúrgica.

“Prevemos agora um crescimento de 2% da CSP na China em 2023/24, parcialmente compensado por um declínio mais acentuado nos mercados desenvolvidos”, afirma o BTG.

O banco revisou sua curva de minério de ferro para cima, estimando para 2023, US$ 115/t, de US$ 105/t; para 2024, US$ 105/t, de US$ 90/t e, para 2025, US$ 90/t, de US$ 85/t.

A estimativa de preço de longo prazo real ficou em US$ 80/t, valor mantido da estimativa anterior do BTG.

Informações Infomoney

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