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Saldo de crédito ampliado ao setor não financeiro chega a R$ 15,5 tri, expansão de 2,0% em agosto

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Em agosto, o saldo do crédito ampliado ao setor não financeiro situou-se em R$15,5 trilhões (148,5% do PIB), com expansão de 2,0% no mês.

Os principais fatores a influenciar essa evolução foram os títulos da dívida pública, que cresceram 1,9%, e os empréstimos da dívida externa, com expansão de 5,9%, para a qual contribuiu a depreciação cambial de 3,8% no mês. Em 12 meses, o crédito ampliado cresceu 8,9%, ante 7,3% em julho deste ano.

O crédito ampliado às empresas alcançou R$5,4 trilhões (51,2% do PIB), com acréscimo de 2,4% no mês, explicado principalmente pelos empréstimos da dívida externa, +6,2%. Em 12 meses, a variação de 8,7% decorreu dos crescimentos de 25,9% em títulos de dívida e de 5,4% nos empréstimos do SFN.

O crédito ampliado às famílias alcançou R$3,6 trilhões (34,5% do PIB) em agosto, com expansões de 1,3% no mês e de 10,9% em doze meses (ante 0,5% e 11,4% observados em julho, nas mesmas bases de comparação), com destaque para o incremento nos empréstimos do SFN.

Operações de crédito do Sistema Financeiro Nacional (SFN)

O estoque das operações de crédito do SFN totaOperações de crédito do Sistema Financeiro Nacional (SFN) totalizou R$5,5 trilhões em agosto, com avanço mensal de 1,1%. Esse desempenho decorreu das expansões de 0,9% no crédito a pessoas jurídicas, saldo de R$ 2,2 trilhões, e de 1,3% no crédito a pessoas físicas, R$ 3,4 trilhões.

Na comparação interanual, o estoque de crédito do SFN aumentou 8,9% (9,3% em julho), mantendo tendência de desaceleração em relação aos meses anteriores. Nas mesmas bases de comparação, os estoques de crédito para pessoas jurídicas e pessoas físicas registraram expansões de 5,1% e 11,5%, na ordem, com estabilidade no ritmo de crescimento nas operações com pessoas jurídicas (5,0% em julho) e arrefecimento nas operações com pessoas físicas (12,2% em julho).

O saldo das operações de crédito com recursos livres somou R$ 3,3 trilhões, com incrementos de 0,7% no mês e de 6,7% comparativamente a agosto de 2022. O crédito livre para empresas alcançou saldo de R$1,4 trilhão em agosto, com aumentos de 0,1% no mês e de 2,5% em relação ao mesmo período do ano anterior. Contribuiram para a expansão os incrementos nas modalidades de cartão de crédito total (+10,6%), capital de giro com prazo superior a 365 dias (+0,7%) e outros créditos livres (+1,4%). Em sentido oposto, as maiores baixas foram observadas em antecipação de faturas de cartão de crédito (-7,1%), financiamento à exportações (-2,4%) e adiantamentos de contratos de câmbio ACC (-2,4%).

O estoque de crédito com recursos livres às famílias totalizou R$1,9 trilhão em agosto, com altas de 1,2% no mês e de 10,2% em doze meses. Esse resultado decorreu, principalmente, do desempenho das carteiras de crédito consignado para beneficiários do INSS (+2,3%), financiamento para aquisição de veículos (+1,4%), crédito consignado para trabalhadores do setor público (+0,9%) e crédito pessoal não consignado (+1,0%).

O crédito com recursos direcionados alcançou R$ 2,3 trilhões, com avanços de 1,7% no mês e de 12,2% em doze meses. A carteira de pessoas jurídicas somou R$ 773,1 bilhões, com incrementos de 2,4% no mês e 10,1% em doze meses, enquanto a de pessoas físicas registrou elevações de 1,4% e 13,2%, na mesma ordem, ao somar R$ 1,5 trilhão.

As concessões nominais de crédito totalizaram R$543,3 bilhões em agosto. Nas séries sazonalmente ajustadas, as concessões aumentaram 0,4%, com altas de 0,4% no crédito a pessoas jurídicas e de 0,2% no crédito a pessoas físicas. As concessões acumuladas nos doze meses até agosto, cresceram 6,5%, +2,2% no crédito às empresas e +10,1% no crédito às famílias. As concessões médias diárias em agosto recuaram 0,1% em relação a julho.

A taxa média de juros das novas contratações em agosto diminuiu 0,4 p.p. no mês e aumentou 1,7 p.p. comparativamente a agosto de 2022, ao situar-se em 30,7% a.a. O spread bancário das novas contratações atingiu 21,3 p.p., com queda de 0,3 p.p. no mês e aumento de 2,4 p.p. em doze meses.

No segmento de crédito livre, a taxa média de juros alcançou 43,5% a.a. em agosto, com redução de 0,3 p.p. no mês e elevação de 3,0 p.p. em doze meses. A taxa média de juros para as operações contratadas com empresas atingiu 22,6% a.a., com reduções de 0,4 p.p. no mês e de 0,1 p.p. em doze meses, resultantes de reduções de taxas disseminadas pelas principais modalidades de crédito (efeito taxa).

No crédito livre às famílias, a taxa média de juros situou-se em 57,7% a.a., com redução de 0,6 p.p. no mês e incremento de 3,7 p.p. em doze meses. Diferentemente do observado no crédito às empresas, a diminuição da taxa média no segmento de pessoas físicas foi influenciada tanto pela alteração da composição da carteira (efeito saldo) como pela efetiva redução dos juros praticados nas principais modalidades (efeito taxa), com destaque para as reduções das taxas nas modalidades de crédito consignado para beneficiários do INSS (-0,8 p.p.), crédito pessoal para trabalhadores do setor público (-0,4 p.p.) e crédito pessoal não consignado vinculado à composição de dívidas (-1,8 p.p.).

O Indicador de Custo do Crédito (ICC) – que mede o custo médio de todo o crédito do SFN – manteve-se em 22,5% a.a. em agosto (+1,5 p.p. em 12 meses, ante +1,7 p.p. até julho).

A inadimplência da carteira de crédito total do SFN manteve-se estável no mês, situando-se em 3,6%. Por segmento, a inadimplência aumentou 0,1 p.p. na carteira de pessoas jurídicas e diminuiu 0,1 p.p. no segmento de pessoas físicas, atingindo 2,7% e 4,1%, respectivamente.

No crédito com recursos livres, a inadimplência manteve-se estável em 4,9% em agosto. Por segmento, a inadimplência da carteira de crédito às empresas situou-se em 3,3%, com aumento de 0,1 p.p. Na carteira de crédito livre às famílias, a inadimplência baixou 0,1 p.p. no mês, alcançando 6,1 %.

O endividamento das famílias situou-se em 47,8% em julho, com queda de 0,4 p.p. no mês e de 2,3 p.p. em 12 meses. Nas mesmas bases de comparação, o comprometimento de renda apresentou variações de -0,7 p.p. e +0,3 p.p. respectivamente, atingindo patamar de 27,6%.

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