O Bradesco BBI listou os motivos que poderiam desencadear uma reclassificação dos preços das ações da empresa de aluguel de veículos pesados Vamos.
Analistas lembram que a companhia anunciou em 7 de setembro um leaseback [forma de leasing, ou arrendamento mercantil] de venda acumulativo com o Grupo Petrópolis para 2.926 caminhões, e a ação subiu 4% desde então.
Segundo o relatório, o negócio tem potencial para adicionar R$ 0,16 aos papéis da Vamos (BOV:VAMO3), ou 1,5% do preço de fechamento antes do anúncio.
Diante da valorização subsequente, aponta o BBI, o mercado parece já ter precificado o negócio, confirmando a visão positivas da maioria dos investidores entrevistados pelo banco.
Vamos (VAMO3) compra frota da Petrópolis
Para confirmar a criação de valor deste contrato com o Grupo Petrópolis, o BBI comparou os preços de compra desses 2.926 caminhões com os preços de mercado da FIPE.
Nesse sentido, a Vamos está comprando esses caminhões, aponta a análise, com um desconto médio de 24%, resultando em um ganho de R$ 119 milhões, ou R$ 0,11/VAMO3 (pós-impostos), apenas com a compra desses ativos.
O BBI também pontua que uma reavaliação relevante do preço das ações poderá ser acionada nos próximos trimestres se a empresa for capaz de:
- Alugar caminhões Euro 6 a taxas de aluguel atrativas >2,1%/mês; e/ou
- Alugar caminhões Euro 5 a >2,7%.
“Como temos sinalizado, esses são dois gatilhos que podem acontecer nos resultados do 3T23 e 4T23, respectivamente”, ressalta.
Tese da Vamos
A equipe de research do banco enxerga os próximos dois trimestres como fundamentais para que o mercado volte a ficar mais confortável com a tese de investimento da companhia, o que deve levar a uma reavaliação do preço das ações.
“Vamos está sendo negociado a 11,6 vezes Preço/Lucro para 2024, um desconto de 39% em relação à média histórica”, aponta o banco.
O BBI mantém recomendação outperform (desempenho acima da média do mercado, equivalente à compra) e preço-alvo de R$ 21 para ações da Vamos.
No pregão desta quarta-feira (13), por volta das 14h45, as ações da empresa sobem 0,99%, cotadas a R$ 11,24. Em 2023, os papéis recuam 10,8%.