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Ações da Hypera caem, após companhia reportar balanço fraco e BBI rebaixar recomendação

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A Hypera reportou lucro líquido das operações continuadas de R$ 469,7 milhões no terceiro trimestre de 2023, montante 6,3% superior ao reportado no mesmo intervalo de 2022, informou a companhia.

O lucro antes juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) das operações continuadas totalizou R$ 727,2 milhões no 3T23, um crescimento de 9,6% em relação ao 3T22.

Já a margem Ebitda das operações continuadas atingiu 37,3% entre julho e setembro deste ano, alta de 1,6 ponto percentual (p.p.) frente a margem registrada em 3T22.

A receita líquida somou R$ 2,138 bilhões no terceiro trimestre deste ano, crescimento de 5% na comparação com igual etapa de 2022.

A empresa explica que a receita foi impulsionada principalmente:

  • do crescimento recente do sell-out nas farmácias e distribuidores;
  • do aumento das vendas nas plataformas próprias de e-commerce, supermercados, Simple Organic e Bioage, não consideradas no sell-out apurado pelo IQVIA;
  • do crescimento nas vendas no Mercado Institucional”.

O lucro bruto atingiu a cifra de R$ 1,3 bilhão no terceiro trimestre de 2023, um aumento de 4,8% na comparação com igual etapa de 2022.

A margem bruta, por sua vez, subiu de 63,3% no 3T22 para 63,5% no 3T23.

As despesas com vendas, gerais e administrativas somaram R$ 288,2 milhões no 3T23, um crescimento de 23% em relação ao mesmo período de 2022.

O resultado financeiro apresentou saldo negativo de R$ 261,5 milhões no 3T23, ante R$ 241,9 milhões no 3T22. Essa variação é resultado do aumento das despesas com juros no período pelo maior endividamento bruto da companhia.

Os investimentos totais em Pesquisa e Desenvolvimento, incluindo o montante capitalizado como ativo intangível, foram de R$152,8 milhões no 3T231, ou 16,0% superior ao 3T22.

A Hypera encerra o 3T23 com Dívida Líquida pós Hedge de R$ 7,6 bilhões, ante R$ 7,7 bilhões no encerramento do 2T23, ou 2,6 vezes o Ebitda das Operações Continuadas estimado para 2023.

Os resultados da Hypera (BOV:HYPE3) referentes às suas operações do terceiro trimestre de 2023 foram divulgados no dia 26/10/2023.

Teleconferência

A Hypera promoveu teleconferência na manhã desta sexta-feira (26) após a divulgação de seu balanço, na noite de ontem. Com dados mais fracos que o esperado por analistas e corte no guidance, as ações chegaram a cair mais de 8% ao longo da manhã.

Às 11h54, os papéis da companhia estavam com queda de 8%, cotados a R$ 31,44.

De acordo com Breno de Oliveira, CEO da fabricante de produtos farmacêuticos, o maior impacto para a companhia foi a desaceleração do mercado e o inverno mais quente que o esperado. Segundo o executivo, as temperaturas mais elevadas reduziram em 30% os casos de gripe e, por consequência, as vendas de medicamentos da categoria antigripais, antitérmicos, analgésicos e para sintomas respiratórios caiu 10%.

Ainda assim, de acordo com o diretor com relações com investidores (DRI), Aldamario Couto, reduções de despesas com marketing e menor nível de amostras grátis auxiliaram o lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (Ebitda, na sigla em inglês) a ter avanço de 36% em relação ao ano anterior. E nem há mudança no pipeline de lançamentos, de acordo com o CEO.

Nesse momento, segundo o DRI, o foco da companhia é a redução da alavancagem e dos níveis de estoques. “Nossa expectativa é continuar reduzindo os níveis de estoques para otimizar nosso investimento em capital de giro”, diz Couto.

O DRI destacou também que não há nenhuma intenção de aumento de alavancagem no patamar elevado que os juros se encontram. “Nosso objetivo é gradualmente reduzir o nível de alavancagem nos próximos anos para abaixo de 2 vezes”, explicou. Em sua visão, não está entre os objetivos da companhia o crescimento inorgânico, se significar aumento da alavancagem.

Nesse sentido, o CEO destacou que, no ramo dos genéricos, não há intenção da Hypera de buscar “briga em produtos com margem muito baixa”. Assim, Oliveira reforçou que o compromisso atual é com a rentabilidade e com a geração de caixa da companhia e não “ganhar market share por market share em genéricos”.

Os estoques estão em patamar mais elevado que o desejado, admitiu o DRI, contudo, a expectativa é que, em pouco tempo, a situação de normalize.

“Ao longo de um período de 12 meses, a nossa ideia é que esse estoque seja normalizado e o sell-in ( relação comercial que ocorre entre o fabricante e os canais de distribuição) seja igual ao sell-out (venda para o consumidor final)”, reforça Couto. Sell-in está projetado em 8%, assim como sell-out, explica.

Ele destaca que o processo é lento e está em andamento, com aceleração em 2024. “Continuamos na estratégia de redução de matéria prima e de produto acabado”, afirma o DRI. Objetivo é encerrar 2024 com patamar próximo ao visto pré-pandemia.

Em relação às projeções para 2024, embora o DRI considere cedo para estabelecer parâmetros, ponderou que a base de comparação será mais fácil, considerando o inverno atipicamente quente de 2023. Para 2025, a projeção é de capex menor do que se tem no curto prazo, destaca Couto.

Por fim, o crescimento esperado para o próximo trimestre estaria “em linha ou logo acima” ao do mercado farmacêutico, de acordo com o CEO da companhia. Ainda assim, as expectativas são mais baixas, considerando o cenário atual do mercado, segundo o executivo.

VISÃO DO MERCADO

Os papéis da companhia registraram, na sessão desta sexta-feira (27), queda de 5%, cotados a R$ 32,48, às 10h19 (horário de Brasília).

Há pouco, as ações da companhia recuavam 4,8%, cotados a R$ 32,56.


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Bradesco BBI

O Bradesco BBI, por sua vez, considerou os fracos resultados reportados como suficientes para fazer um corte na recomendação dos ativos. O nome foi revisado de compra para neutra, com novo preço-alvo de R$ 44,00 para 2024 (a meta anterior era de R$ 51,00). Os números para Hypera também foram revisados, com queda na projeção de lucro líquido em 10% para R$ 1,9 bilhão (12% abaixo do consenso).

Ao destacar a revisão para baixo das projeções pela empresa, o BBI ressaltou que ela ocorreu devido ao crescimento mais fraco do sellout do mercado no 3T23, impulsionado pela queda de 10% no volume nas categorias gripe, respiratória, dor e febre”, destaca o BBI.

O BBI vê ainda o upside (potencial de recomendação) relativamente limitado no momento (em 29%), por conta da alta exposição ao potencial fim do benefício fiscal de Juros sobre Capital Próprio (JCP) e a dinâmica mais fraca de resultados apresentada pela Hypera no quatro trimestre de 2023 e no ano de 2024.

Goldman Sachs

Assim como as duas últimas casas, o Goldman Sachs segue recomendando compra para o nome, com preço-alvo de R$ 50,00 e considera que a tendência de “tímido crescimento na receita total” já era amplamente antecipada pelo mercado.

“Por outro lado, a empresa conseguiu controlar as despesas de marketing, o que resultou em uma melhora na margem do Ebitda de 1,6 ponto percentual em relação ao ano anterior”, considera.

Itaú BBA

No geral, os resultados foram fracos, mas em linha com o esperado. Porém, a qualidade dos resultados e o discurso para o ano fechado se deterioraram um pouco, aponta o Itaú BBA, o que explica o desempenho ruim das ações na sessão.

O BBA reforça que, tal como antecipado, uma época de gripe mais branda afetou o desempenho da empresa, apresentando um crescimento de sell-out (dos produtos na farmácia) de 4,2%.

Essa tendência fez com que a empresa revisasse as suas expectativas de receita líquida, lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (Ebitda, na sigla em inglês) e lucro líquido em 5% para baixo.

“Acreditávamos que o mercado esperava uma revisão na receita, mas não no Ebitda e no lucro, o que poderá levar a revisões para baixo e pesar no desempenho das ações”, apontou o BBA em relatório antes da abertura do mercado.

XP Investimentos

Já os resultados foram considerados neutros pela XP, que entendeu que os números ficam em linha com as estimativas.

Em relação as expectativas para 2023, a empresa afirmou que atingir 95% do guidance, o que representaria -1,9%, +2,0% e -4,1% de crescimento comparado com o ano anterior para receita líquida, lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (Ebitda, na sigla em inglês) e lucro líquido no 4T23. A XP considerou “um leve deslize no plano” e aponta que a empresa ainda está perto de entregar os números projetados para 2023.

A XP recomenda o nome como compra, com preço-alvo de R$ 49,40. O BBA também recomenda o nome como outperform (desempenho acima da média, equivalente à compra), com preço-alvo de R$ 46,00.

 

* Com informações da ADVFN, RI das empresas, Valor, Infomoney, Estadão

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