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Natura & Co. fecha acordo de exclusividade com Aurelis para venda da The Body Shop

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A Natura &Co Holding informou que a Natura celebrou acordo de exclusividade com o Aurelius Investment Advisory Limited visando a potencial venda da The Body Shop.

O fato relevante foi feito pela companhia (BOV:NTCO3) nesta segunda-feira (30).

“Os termos e condições da potencial venda estão sendo negociados e não há garantia de que operação será concluída”, destacou a companhia.

Em agosto deste ano a Natura & Co divulgou que seu conselho de administração autorizou explorar alternativas para a The Body Shop, incluindo venda.

VISÃO DO MERCADO

Seguindo a sua estratégia de venda de ativos não essenciais, a Natura&Co confirmou as notícias de que entrou em um acordo de exclusividade com o fundo de private equity Aurelius para uma possível compra da The Body Shop (TBS) por ele.

Na véspera, uma fonte familiarizada com as negociações disse à Reuters que, se concluído, a expectativa é de que o acordo avaliasse a rede a um preço inferior aos 400 milhões a 500 milhões de libras (US$ 485,20 milhões a US$ 606,50 milhões) sugeridos em algumas reportagens anteriores, ou R$ 2,4 bilhões a R$ 3 bilhões sugeridos.

Já de acordo com o fato relevante, os termos e condições de uma potencial venda estão em negociação e não há garantia de que a transação será concluída.

Bradesco BBI

Para o Bradesco BBI, a notícia sobre o acordo de exclusividade é uma indicação positiva para a Natura&Co, já que a empresa está evoluindo nas negociações para sair de um negócio de baixo desempenho e com potencial limitado para gerar resultados positivos dentro da empresa.

“A venda da TBS poderia gerar valor para a Natura&Co, reduzindo as complexidades e os custos da estrutura corporativa, ao mesmo tempo em que aumentaria as margens e os retornos gerais. O desinvestimento do TBS reforça a agenda de simplificação e redução de complexidades em todo o mundo, que deve continuar nos próximos trimestres”, avalia o banco.

Assim como o JPMorgan e a XP, o BBI tem recomendação equivalente à compra (outperform, ou desempenho acima da média do mercado) para a ação NTCO3, com preço-alvo de R$ 24.

JPMorgan

O JPMorgan avalia que, dado o contexto mais amplo em que a empresa está racionalizando suas operações e ao mesmo tempo vendo o TBS como um ativo não essencial, dado o maior foco na América Latina e seu modelo principal de relacionamento e vendas, uma transação é provável e deve ser anunciada em breve.

Nesse cenário, o conselho da empresa deverá se reunir nas próximas semanas, quando deverão ser aprovados os resultados do 3T23. Na visão dos analistas do JPMorgan, a companhia também deve anunciar a transação. A Natura&Co divulgará seus resultados dia 14 de novembro, depois do fechamento do mercado.

Sobre as notícias afirmando que uma potencial transação do TBS provavelmente ocorreria abaixo do limite de 400-500 milhões de libras esterlinas, ela estaria em linha com as expectativas do banco.

“Após a potencial materialização deste negócio e da posição de caixa líquido da empresa após a venda da Aesop, acreditamos que os recursos da transação, que provavelmente não serão sujeitos a ganhos de capital, devem ser distribuídos como dividendos extraordinários. Em suma, são notícias positivas para a NTCO3, que continua sendo nossa principal escolha no varejo latino-americano”, avalia o JPMorgan.

XP 

Com base nesses últimos desdobramentos, os analistas da XP realizaram uma pesquisa de forma a mapear as expectativas dos investidores acerca da venda, com mais de 60 respondentes, além de uma análise de sensibilidade para estimar qual poderia ser o múltiplo de preço sobre o lucro (P/L) da Natura depois da venda.

“Nossa conclusão é que a maior parte dos investidores (cerca de 70%) espera um valuation mais baixo (abaixo de R$ 1 bilhão), enquanto, de acordo com as nossas estimativas, mesmo se o ativo for vendido por um valuation baixo, isso deve reduzir significantemente o P/L esperado para 2024 da NTCO3”, apontam os analistas da casa.

De acordo com a pesquisa, 65% dos respondentes esperam um valuation de TBS abaixo de R$ 1 bilhão, o que é bem abaixo do valor pago pela Natura em 2017 (1 bilhão de libras) e, com isso, a transação não estaria sujeita ao pagamento de impostos sobre o ganho de capital.

Ao fazer uma análise de sensibilidade, a XP conclui que, se o ativo for vendido a um preço muito baixo, o P/L da NTCO cairia para 18 vez, ou 13 vezes. Para cada R$ 500 milhões no valuation de TBS, o múltiplo de NTCO3 cairia 0,5 vez. “Importante destacar que assumimos um imposto de 34% sobre o ganho de capital da Aesop, o que consideramos uma premissa conservadora”, aponta.

Mais de 60% dos respondentes da pesquisa da XP não possuem o papel, enquanto a maioria não vê a venda da TBS (ou o múltiplo de NTCO) como um gatilho para comprar a ação. Em vez disso, maior visibilidade em relação à Onda 2 (integração das marcas Natura e Avon) se destacou como o principal indicador sendo monitorado (60%), seguida de melhores margens na Natura&Co LatAm (48%) e Avon Internacional (28%).

“Entretanto, nós acreditamos que, uma vez que os resultados da Natura fiquem mais ‘limpos’ com os recursos da venda da Aesop e sem a TBS, o valuation do papel deve chamar a atenção dos investidores”, aponta.

Para a XP, a negociação exclusiva sinaliza para uma conclusão mais cedo do que o esperado e, com isso, o cenário base hoje da casa é de que a venda seja concluída até o final do ano.

Os analistas da XP mantêm recomendação de compra baseada em uma visão construtiva com o processo de integração de Natura e Avon, apesar de uma provável volatilidade nos resultados de curto prazo e riscos de execução; e um nível de valuation atrativo, mesmo que a The Body Shop fosse “vendida a zero”.

Informações Financenews

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