A Pfizer (NYSE:PFE) definiu o preço do seu medicamento antiviral contra a Covid-19, Paxlovid, em US$ 1.390 por um tratamento de cinco dias, programado para venda comercial ainda em 2023. Este valor representa mais do que o dobro do que havia sido negociado com o governo dos EUA, que comprou o medicamento por cerca de US$ 529 por tratamento, oferecendo-o aos cidadãos sem custo.

A Pfizer também é negociada na B3 através do ticker (BOV:PFIZ34).

Em resposta, a Pfizer justificou o reajuste através de uma declaração, destacando que o preço final pode variar devido a possíveis descontos e acordos, principalmente para aqueles com seguros privados ou programas de benefícios farmacêuticos. A empresa também enfatizou que o valor é reflexo da importância do Paxlovid em diminuir internações e fatalidades decorrentes da Covid-19.

De acordo com o Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos EUA, o Paxlovid continuará gratuito até o final de 2023 e, para aqueles no programa Medicaid ou desprovidos de seguro, até 2028. Os beneficiários do Medicare terão acesso gratuito até 2024.

Estudos recentes, como o realizado pela Cleveland Clinic e divulgado no Journal of the American Medical Association, mostraram que o Paxlovid foi eficaz em diminuir em 37% o risco de hospitalizações e óbitos relacionados ao vírus.

Além disso, a Pfizer anunciou um programa de contenção de gastos após uma queda na demanda pelo Paxlovid e baixa adesão às mais recentes vacinas contra a Covid-19. O plano visa economizar pelo menos US$ 3,5 bilhões, impactando globalmente todos os aspectos da empresa. Durante uma teleconferência, Dave Denton, CFO da Pfizer, e o CEO, Dr. Albert Bourla, discutiram os desafios atuais, incluindo a fadiga da população em relação à Covid-19 e o crescente movimento antivacina.

Por fim, a Pfizer ajustou suas expectativas financeiras, cortando cerca de US$ 9 bilhões da previsão de receitas do ano devido à queda na demanda por produtos relacionados à Covid-19.