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Suzano vai investir em direção ao mercado de celulose fluff e quer atingir cerca de 6% da oferta global até 2025

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A Suzano, maior produtora mundial de celulose de fibra curta, vai diversificar os seus investimentos em direção ao mercado de celulose fluff. Até 2025, a empresa quer atingir cerca de 6% da oferta global estimada da fibra, que é amplamente utilizada na produção de absorventes e fraldas descartáveis para bebês e idosos.

A tendência de crescimento para o mercado de fluff não é uma novidade. Fatores como o envelhecimento global da população, a modificação da pirâmide etária na Ásia e o aumento da renda média em países emergentes são importantes fundamentos que sustentam a perspectiva em médio e longo prazos de uma valorização para este tipo específico de fibra, que tem como principal característica a sua alta capacidade de absorção, mas existe um motivo adicional para o segmento ser atrativo para a Suzano.

Diferentemente das principais empresas globais que utilizam a fibra longa da madeira do pinus para produzir fluff, a Suzano (BOV:SUZB3) desenvolveu em 2016 uma tecnologia chamada de “Eucafluff”, que pela primeira vez utiliza a madeira de eucalipto como matéria-prima para produzir o mesmo tipo de fibra.

A mudança permite uma redução substancial nos custos de produção, porque o plantio de pinus leva cerca de 27 anos para ser concluído nos Estados Unidos, já o eucalipto plantado pela Suzano no Brasil demora sete anos. Portanto, os gastos para obtenção de madeira tornam-se menores.

Dito isto, o preço de comercialização de fluff continuará a ser referenciado pela produção tradicional, feita a partir do pinus, o que permite à empresa capturar prêmios pela diferença entre as fibras. Ao Broadcast, o presidente da Suzano, Walter Schalka, afirmou que o prêmio atual está em cerca de US$ 240 a tonelada.

“A razão pelo qual se tem esse prêmio é porque estamos nos comparando com o pinefluff, mas há vantagens competitivas no nosso produto em relação à bsorção e retenção de líquidos, além do tamanho da nossa fibra que é muito mais fino e oferece mais conforto ao usuário”, afirmou Schalka.

Considerando os preços de referência da Europa, de acordo com o índice PIX, da Fastmarkets, a tonelada da celulose de fibra longa (NBSK) está em US$ 1.167 para o mercado à vista, já a fibra curta (BHKP) é negociada a US$ 854.

O diretor comercial de celulose e logística, Leonardo Grimaldi, acrescentou que essa diferença para o futuro pode ser ainda maior. Sem citar nomes, o executivo destacou que, apesar de a demanda por fluff continuar em ritmo saudável por conta das tendências estruturais, houve fechamento de fábricas na América do Norte nas últimas duas semanas devido ao alto patamar de custos que as empresas enfrentam com a produção em fibra longa, com perda de capacidade de produção em até 700 mil toneladas. O grupo International Paper anunciou o fechamento de fábricas na Carolina do Norte e na Flórida durante o mesmo período.

Hoje, as três maiores empresas do setor na América do Norte são responsáveis por 78% da oferta de fibra fluff no mundo. A ambição da Suzano é, a partir de 2025, capturar perto de 6% da fatia deste mercado, valor considerado modesto pela companhia, mas que pode aumentar no futuro, dependendo da dinâmica do segmento. A demanda global atual pelo produto está em cerca de 6,7 milhões de toneladas.

Para fortalecer a presença neste mercado, a Suzano anunciou ontem um investimento no valor de R$ 490 milhões para produção de celulose fluff, que vai adicionar 340 mil toneladas por ano de capacidade na unidade industrial de Limeira (SP). A iniciativa vai permitir que a planta tenha flexibilidade integral para produzir celulose para papel ou fluff, conforme preferência. O projeto está previsto para ser concluído no quarto trimestre de 2025 e garantirá uma capacidade de produção em até 440 mil toneladas ao ano para toda a Suzano.

“Esse passo para produzir 440 mil toneladas achamos muito pequeno. Vemos uma imensa oportunidade de criação de valor entre fibra longa para curta. Além disso, a fibra curta traz uma competitividade absurda ao produto do ponto de vista de produção e de redução de custos também. Há ainda neste movimento um potencial de escalabilidade”, afirmou Grimaldi.

O diretor comercial de celulose da Suzano prevê um crescimento na diferença de preços entre as fibras e avalia que o movimento de diversificação da empresa, investindo em fluff, será um grande diferencial na empresa dentro do mercado. Mesmo considerando que a nova frente possa trazer eventualmente uma estrutura de custos maior na comparação com a celulose de fibra curta, o executivo avalia que o ganho com a diferença entre as fibras mais do que vai compensar possíveis gastos adicionais. “No futuro, projetos como este em que avançamos agora serão cada vez mais fáceis de ser aprovados.

Informações Broadcast

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