Hot Features
Premium
Negocie como um profissional: Aproveite discussões em tempo real e ideias que movimentam o mercado para superar a concorrência.
O Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC) do Federal Reserve manteve a taxa básica de juros dos Estados Unidos inalterada no intervalo entre 5,25% e 5,50% nesta quarta-feira, em linha com o consenso do mercado.
A decisão de hoje do FOMC foi “unânime”.
No comunicado divulgado junto à decisão, o FOMC informou que indicadores recentes sugerem que a atividade americana vem se expandindo em ritmo forte no terceiro trimestre, enquanto os ganhos salariais seguem ainda firmes, com taxa de desemprego baixa. A inflação, porém, permanece elevada.
O FOMC pontuou no comunicado que, ao determinar a extensão de eventual alta adicional dos juros para que a inflação americana retorne à meta de 2,0% ao ano, levará em consideração o efeito acumulado da política monetária, além das expectativas e das condições do mercado de trabalho, pressões inflacionárias.
Foi a segunda vez consecutiva que o Fed manteve os juros inalterados e a terceira desde o início deste ciclo de aperto monetário, em março de 2022. É também o mais longo ciclo de alta dos juros desde 1980, quando o Fed fabricou uma recessão para controlar a inflação nos EUA. A taxa de juros encontra-se no maior nível desde 2001.
Powell, do Fed, diz que questão de cortes nas taxas não está no radar no momento
O presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, disse na quarta-feira que o banco central dos Estados Unidos não está pensando em reduzir as taxas neste momento.
“A questão dos cortes nas taxas simplesmente não surge” neste momento, disse Powell na sua conferência de imprensa após a última reunião do Comité Federal de Mercado Aberto.
Ele acrescentou: “É justo dizer que a pergunta que fazemos é se devemos aumentar mais”, enquanto as autoridades avaliam como podem guiar a inflação de volta à meta de 2%.
REAÇÃO DO MERCADO
Os índices de ações globais e o índice do dólar norte-americano mantiveram ganhos em sua maioria, enquanto os rendimentos de referência do Tesouro caíram para mínimos de duas semanas na quarta-feira, depois que o Federal Reserve manteve as taxas de juros estáveis, mas deixou a porta aberta para um novo aumento nas taxas de juros. custos de empréstimos.
A declaração reconheceu a força surpreendente da economia dos EUA, mas também acenou para as condições financeiras mais restritivas enfrentadas pelas empresas e famílias.
Os traders de taxas de juro de curto prazo dos EUA aumentaram as apostas na quarta-feira de que a Fed já não aumentou a sua taxa diretora e começará a cortá-las em junho.
“É difícil dizer se estamos no fim dos aumentos. O Fed deseja muito manter a porta aberta para aumentos adicionais em dezembro ou no próximo ano”, disse Ellen Hazen, estrategista-chefe de mercado da FL Putnam Investment Management em Wellesley, Massachusetts.
Michael Brown, analista de mercado da Trader X em Londres, disse que “a postura política de ‘maior por mais tempo’ permanece em vigor”.
O Dow Jones Industrial Average subiu 105,05 pontos, ou 0,32%, para 33.157,92; o S&P 500 ganhou 21,24 pontos, ou 0,51%, para 4.215,04; e o Nasdaq Composite somou 95,61 pontos, ou 0,74%, para 12.946,84.
O índice pan-europeu STOXX 600 subiu 0,67% e o indicador MSCI de ações em todo o mundo ganhou 0,57%. Os rendimentos de referência das notas de 10 anos ficaram em 4,801%, depois de caírem até 4,778%, o menor desde 17 de outubro.
Anteriormente, os rendimentos do Tesouro caíram devido aos planos do Departamento do Tesouro de aumentar “gradualmente” o tamanho dos seus leilões de dívida para satisfazer as necessidades de financiamento.
O Departamento do Tesouro disse que o tamanho da maioria dos leilões de novembro a janeiro de 2024 aumentará e que será necessário um quarto adicional de aumentos para cumprir os seus planos de financiamento.
O índice do dólar subiu 0,2%, para 106,90. Frente ao iene, o dólar caiu 0,5%, para 151,06 ienes.
O iene japonês caiu acentuadamente na terça-feira, quando o Banco do Japão ajustou a sua política de controlo de rendimento das obrigações, afrouxando o controlo sobre as taxas de longo prazo e empurrando a moeda para o mínimo de um ano face ao dólar.
Isso foi seguido por um alerta novo e mais severo do principal diplomata cambial do Japão, Masato Kanda, na quarta-feira, de que as autoridades estavam prontas para responder aos recentes movimentos “unilaterais e bruscos” na moeda.
Os preços do petróleo caíram pela última vez após a decisão do Fed. Os investidores também estavam atentos aos últimos desenvolvimentos no conflito Israel-Hamas.
O petróleo dos EUA caiu recentemente 0,51%, para US$ 80,61 por barril, e o Brent foi cotado a US$ 84,79, queda de 0,27% no dia.
