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Grupo Soma (SOMA3): lucro líquido ajustado de R$ 96,1 milhões no 3T23, ações sobem

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O Grupo Soma divulgou lucro líquido ajustado de R$ 96,1 milhões, com redução de 6,7% em relação ao mesmo período de 2022. A margem líquida ajustada ficou em 7,0%, com perda de 1 ponto percentual na comparação anual.

O lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (Ebitda, na sigla em inglês) apresentado ficou em R$ 213 milhões, com redução de 0,5% em relação ao terceiro trimestre de 2022. A margem, desse caso, ficou em 15,6% e teve contração de 1 p.p. na comparação anual.

A explicação da queda foi a pressão ligeira da margem bruta e o impacto das despesas pré-operacionais associadas ao início da operação da FARM Global na Europa. Dentre essas despesas, a companhia destacou perdas com ineficiência fiscal, com pontos como a duplicação do imposto de importação da FARM Global, no Reino Unido, e a ineficiência operacional, com a mudança do centro de distribuição da Holanda para a Bélgica.

“É importante ressaltar que desde a entrada na Europa essa mudança está mapeada e, no 2S23, portanto antes do previsto, atingimos o volume necessário para fazermos essa transição. No entanto, no curto prazo, essa ineficiência tem trazido uma despesa duplicada com dois CDs [centros de distribuição], bem como maiores despesas de fretes”, destaca a companhia.

A receita bruta atingida ficou em R$ 1,6 bilhão, com alta de 5% em relação ao ano anterior enquanto o lucro bruto ficou em R$ 787,9 milhões, com crescimento de 5% na comparação anual.

A receita líquida totalizou R$ 1,364 bilhão, alta de 5,8% com relação ao resultado apurado no terceiro trimestre de 2022.

O resultado financeiro da companhia no trimestre foi negativo em R$ 39,8 milhões, ante um resultado também negativo de R$ 49 milhões em igual período de 2022.

“Nesses períodos de desaceleração, adotamos uma abordagem cautelosa respeitando o estágio de crescimento sustentável de cada marca, além de mantermos um cuidado especial com a nossa geração de caixa e com o correto dimensionamento dos estoques”, afirma o Grupo Soma, no release de resultados.

No terceiro trimestre, a base ativa ex-Hering cresceu 4,6% ante um ano e atingiu 1,7 milhão de clientes. “Esta expansão é explicada principalmente pelo aumento da base ativa do canal digital, que cresceu 10,1% em relação ao mesmo trimestre do ano anterior”, afirma.

A base ativa da Hering cresceu 2,5% em relação ao terceiro trimestre de 2022 o que, combinada ao Grupo Soma, totaliza 5,5 milhões de clientes.

Os investimentos de janeiro a setembro totalizaram R$ 177,0 milhões, com destaque para os investimentos em tecnologia e abertura e reforma de lojas.

A companhia registrou uma geração de caixa de R$ 40,4 milhões no 3T23, 94,2% superior ao mesmo trimestre de 2022, o que contribuiu para a desalavancagem da companhia. A geração operacional totalizou R$ 176,4 milhões, equivalentes a 11,2% da receita bruta.

O Grupo Soma encerrou o 3T23 com caixa de R$ 175,9 milhões e uma dívida líquida de R$ 859,6 milhões, atingindo 1,3x no indicador dívida líquida/Ebitda ajustado dos últimos doze meses.

“Vale enfatizar que nesses períodos de desaceleração, adotamos uma abordagem cautelosa, respeitando o estágio de crescimento sustentável de cada marca, além de mantermos um cuidado especial com a nossa geração de caixa e com o correto dimensionamento dos estoques”, reforça a companhia.

Os resultados da Grupo Soma (BOV:SOMA3) referentes às suas operações do terceiro trimestre de 2023 foram divulgados no dia 08/11/2023.

Teleconferência

Desde os resultados do segundo trimestre deste ano, divulgados na noite de 9 de agosto, até o fechamento da véspera, dia em que foram revelados os números do terceiro trimestre, as ações do Grupo Soma haviam caído 46%.

Até por isso, a reação aos resultados divulgados na véspera pode ser uma espécie de “redenção” aos ativos, com a visão de números acima do esperado (ainda que com alguns pontos desafiadores) levando as ações a subirem até 14,63%, a R$ 6,66, na máxima do dia. Às 13h13 (horário de Brasília) desta quinta-feira (9), os papéis avançavam 8,95%, a R$ 6,33.

Em teleconferência realizada hoje, os executivos da varejista de moda apontaram que os ganhos destacados por analistas em relatórios comentando o balanço são por conta da estratégia atual, com a empresa não tentando “navegar em ventos contrários”.

“Estamos há algum tempo segurando o G&A (despesas gerais e administrativas, na sigla em inglês) dentro de onde podemos. Todos os diretores estão olhando para suas estruturas com esse olhar, de revisão”, falou Gabriel Silva Lobo Leite, diretor financeiro (CFO) do Grupo Soma.

“Já ano que vem será um ano de captura. Vemos uma queda de 1,5% desses gastos em 2024. Isso deve trazer impacto positivo para o nosso Ebitda [Lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização, na sigla em inglês] e para o nosso caixa”, disse. “A partir de 2025 poderemos, então, ter espaços para expansões inorgânicas e fusões e aquisições”.

Roberto Jatahy Gonçalves, CEO da companhia, completou que é necessário entender os ciclos do Brasil.

“Quando o vento está contra, a melhor jogada é ser disciplinado e gerar caixa. Quando o mercado voltar, debilitado, teremos uma boa posição para aproveitar”, expôs. “Nosso jogo neste momento é de geração de caixa, ajuste de caixa e de trazer SG&A para baixo. Desmontamos algumas estratégias para ter disciplina em geração de caixa e assim vamos seguir em 2024”.

  • Grupo Soma ainda vê capturas a serem feitas e explica de mudanças

Fora a questão da rentabilidade, outros temas foram abordados pelos executivos do Grupo Soma na teleconferência desta quinta.

Entre os destaques do encontrou ficou uma mudança que acontecerá Farm, a ser apresentada no próximo ano e com o foco em manter a marca atual.

“Estamos otimistas com a Farm em 2024 e estamos com uma alavanca criativa, evoluindo. Não é nada revolucionário, mas estamos trabalhando para manter a marca atraente, para manter o desejo”, falou o CEO.

“Estamos fazendo vários testes, com estampas, tecidos e por aí vai. Parte das iniciativas são bem absorvidas, outras não. Isso precisa ser feito. Fizemos isso em 2011, 2017 e, agora, em 2023. É o comportamento saudável de uma marca. Não vamos mudar a estética, são ajustes finos e novas propostas de produtos. Não é uma revolução e sim uma oxigenação”, explicou.

Outro destaque foi a tentativa de reposicionamento da Hering como uma marca de desejo – o que vem gerando divergência entre as lojas de franqueados e as unidades próprias do Grupo Soma

“A Hering tem uma tradição grande de ser focado no preço menor, mas estamos buscando uma agenda de desejo de mercado. Isso gera preços maiores, o que traz, sim, desconforto para os franqueados”, contextualizou o CEO.

Para Jatahy, o descasamento de performance entre lojas próprias e franqueadas se dá porque as franquias não estão buscando esses produtos de desejo para esses estoques, mas isso seria algo positivo. De acordo com ele, o gap dá a possibilidade de o Grupo Soma testar a recepção do novo conceito em suas lojas antes de passá-lo aos seus franqueados.

“Vamos evangelizar os franqueados para trazê-los para esses produtos. Alguns, que têm estrutura de capital mais frágil, podemos dar incentivo para testar as novas características”, comentou o diretor executivo.

Por fim, os diretores falaram do que esperam para a reforma tributária, aprovada ontem no Senado. A expectativa é que as mudanças fiquem mais no longo prazo.

“Ela veio faseada para que as empresas consigam reestruturar seus modelos de negócio. Provavelmente vamos importar mais do que fabricar no Brasil. É um impacto em source. Deve ter uma mudança no nosso modelo de negócio”, disse o CEO. “Mas ainda é cedo. Temos oito anos. Não sabemos como serão as alíquotas. A questão é que já sobrevivemos a outras mudanças. Não temos medo”.

VISÃO DO MERCADO

XP

A equipe da XP, liderada por Danniela Eiger, por exemplo, apontou que o Grupo Soma reportou resultados melhores que o esperado no terceiro trimestre. Apesar do desempenho de receita e margem bruta em linha com as suas projeções, o Ebitda e o lucro líquido vieram acima do que a corretora esperava, “devido a menores despesas com SG&A, resultados financeiros e despesas com impostos”.

Itaú BBA

O time do Itaú BBA foi na mesma linha, destacando que a varejista teve rentabilidade ligeiramente melhor do que suas expectativas. O Bradesco BBI falou que o Grupo reportou números acima das expectativas consideravelmente baixas do consenso e antecipou que isso poderia se refletir no preço da ação.

* Com informações da ADVFN, RI das empresas, Valor, Infomoney, Estadão

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