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Hapvida (HAPV3): lucro líquido ajustado de R$ 261,1 milhões no 3T23, queda de 61,5%

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A Hapvida reportou lucro líquido ajustado de R$ 261,1 milhões no terceiro trimestre de 2023, montante 61,5% abaixo do reportado no mesmo intervalo de 2022, informou a companhia. Sem considerar o ajuste, a companhia registrou um prejuízo de R$ 206,7 milhões, ante lucro de R$ 35,2 milhões em igual período de 2022.

O lucro antes juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) ajustado totalizou R$ 742 milhões no 3T23, uma queda de 19,6% em relação ao 3T22.

A margem Ebitda ajustada atingiu 10,8% entre julho e setembro deste ano, queda de 3,8 pontos percentuais (p.p.) frente a margem registrada em 3T22.

A empresa de saúde terminou o trimestre com 15,848 beneficiários, uma queda de 0,4% na comparação com igual período de 2022, o que representa 68 mil planos de saúde ou odontológicos a menos. Já o ticket médio ficou em R$ 251,80, alta de 11,8%.

A receita líquida somou R$ 6,881 bilhões no terceiro trimestre deste ano, crescimento de 8,9% na comparação com igual etapa de 2022.

O resultado financeiro líquido foi negativo em R$ 371,4 milhões no terceiro trimestre de 2023, uma elevação de 7,5% sobre as perdas financeiras da mesma etapa de 2022.

Em 30 de setembro de 2023, a dívida líquida da companhia era de R$ 4,95 bilhões, queda de 23,3% na comparação com a mesma etapa de 2022.

O indicador de alavancagem financeira, medido pela dívida líquida/Ebitda ajustado, ficou em 1,58 vez em setembro/23, queda de 0,63 p.p. em relação ao mesmo período de 2022.

Os resultados da Hapvida (BOV:HAPV3) referentes às suas operações do terceiro trimestre de 2023 foram divulgados no dia 08/11/2023.

Teleconferência

Em teleconferência com analistas nesta quinta-feira (9), o CEO da Hapvida, Jorge Pinheiro, celebrou a recomposição de margens e a redução de sinistralidades observada no terceiro trimestre de 2023. Às 12h25, as ações subiam 1,86%, a R$ 4,39.

A Hapvida reportou lucro líquido ajustado de R$ 261,1 milhões no 3T23, 61,5% abaixo do reportado no mesmo intervalo de 2022. Já a margem Ebitda ajustada atingiu 10,8% entre julho e setembro, queda de 3,8 pontos percentuais (p.p.) frente à margem do 3T22.

A recuperação das margens é o foco principal da companhia nos próximos trimestre. O resultado, segundo o CEO, reflete a estratégia de recomposição de tickets e as iniciativas de integração e verticalização dos negócios com a NotreDame Intermédica.

Segundo Jorge Pinheiro, os reajustes médios de contratos de maio a setembro deste ano estão em torno de 15%. Os reajustes médios estão em 14,8% para grandes contratos e em 14,4% no segmento empresarial.

Mauricio Fernandes Teixeira, diretor de relações com investidores, acrescentou que os reajustes foram necessários para recompor as margens do portfólio e o crescimento consistente da receita foi possível com a melhoria do ticket médio no período.

O ciclo de reajustes vai continuar até abril de 2024 em patamares similares aos apresentados no 3T23, segundo o CEO. Depois deste período, a empresa fará uma nova análise.

“Precisamos avaliar outros aspectos inflacionários e ver o fechamento de 2023. Até fevereiro vamos avaliar o índice de reajustes esperados para o segundo semestre de 2024”, afirmou.

Quando encerrado o ciclo de reajustes, a expectativa é que a empresa volte o foco para ter um “portfólio saudável e ter crescimento orgânico sustentável”, pontuou o CEO. Segundo Jorge Pinheiro, o médio prazo é promissor, logo que acabar o ciclo de revisão do portfólio.

Hapvida: sinistralidade em queda

A boa surpresa no trimestre, segundo a diretoria, foi a queda maior do que previsto na sinistralidade. No 3T23, a sinistralidade caixa foi de 71,9%, uma importante diluição de 1,1p.p. e 2,0p.p. em comparação com 3T22 e 2T23, respectivamente.

“É a menor sinistralidade desde que fizemos a associação de negócios com a NotreDama Intermédica. Isso é resultado de capturas de sinergias e as melhores práticas das operadoras”, afirmou Mauricio Fernandes Teixeira.

Com a tendência de redução da taxa de juros nos próximos trimestres, a Hapvida espera acelerar a queda da dívida líquida.

A gestão equilibrada, assinalou o CEO, permitiu à empresa reduzir a alavancagem para 1,58 vez Ebitda no 3T23. Já o Ebitda ajustado, que cresceu 47% em relação ao 3T22, apresentou um “forte crescimento”, para R$ 742 milhões, na avaliação do diretor de RI.

De olho nas exigências regulatórias, a companhia destacou que apresenta “manutenção” dos parâmetros exigidos.

De acordo com Mauricio Fernandes Teixeira, diretor de RI, todas as operações da empresa apresentaram superávit de capital regulatório. “Isso dá uma tranquilidade para a gente”, destacou.

Futuras aquisições

Por fim, questionado se a Hapvida está de olho em novas oportunidades de fusões e aquisições, Jorge Pinheiro afirmou que a empresa não está olhando para isso agora, pois está focada na integração e padronização de todo o conjunto de aquisições realizados recentemente, junto com a última aquisição feita por Hapvida em São José do Rio Preto.

“Esse é o principal foco da companhia, e é onde vamos capturar mais resultados”, destacou. Mas, segundo ele, no médio prazo, o caminho estará aberto para novas oportunidades de aquisições.

VISÃO DO MERCADO

Bradesco BBI

O Bradesco BBI também avalia que os resultados do 3T23 do Hapvida foram fortes, superando a estimativa do BBI em 9% no EBITDA e 19% no lucro líquido.

“Os destaques positivos foram: (i) MLR (índice de sinistralidade médica) que melhorou 2pp no trimestre (versus expectativa do BBI de melhora de 1pp) para 71,9%, e (ii) despesas financeiras que ficaram 9% abaixo do esperado pelo BBI, quando ajustadas por R$ 62,5 milhões relacionadas ao custo de swap. Os pontos negativos foram: (i) receita que ficou 2% abaixo do esperado pelo BBI, alta de apenas 9% no comparativo anual, e (ii) o fluxo de caixa livre (FCFE) de R$ 37 milhões (vs. expectativa do BBI de R$ 170 milhões)”, aponta.

Assim, os resultados reforçaram a tendência positiva da normalização do MLR (índice de sinistralidade médica). O banco mantém recomendação de compra devido à dinâmica positiva dos lucros e à potencial revisão para cima das projeções pelo mercado.

Itaú BBA

Apesar da queda do lucro, os resultados foram considerados positivos. O Itaú BBA destaca o crescimento do ticket (preço) médio, que foi impulsionado pela implementação de aumentos de preços e superou consideravelmente o custo por beneficiário no trimestre, resultando em uma melhoria de 2 pontos porcentuais (pp) na comparação trimestral. “Isto foi 1,3 pp melhor do que a nossa expectativa conservadora e acima das projeções dos investidores”, aponta.

Além disso, a empresa reportou números saudáveis nas despesas com vendas, gerais e administrativas (SG&A) e geração de fluxo de caixa. Como o esperado, as adições líquidas voltaram a ser o destaque negativo devido ao encerramento de carteiras de baixa rentabilidade no Sul e Sudeste. “Prevemos que estes resultados levarão a uma revisão em alta nos lucros. Mantemos nossa recomendação de compra para o HAPV3, com preço-alvo de R$ 7 ao final de 2024”, reforça.

* Com informações da ADVFN, RI das empresas, Valor, Infomoney, Estadão

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