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Marfrig (MRFG3): prejuízo líquido de R$ 112 milhões no 3T23

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A Marfrig encerrou o terceiro trimestre com prejuízo líquido de R$ 112 milhões, ante lucro líquido de R$ 431 milhões no mesmo período de 2022.

Entre julho e setembro, o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) da Marfrig caiu 32,5%, para R$ 2,56 bilhões. Já a receita da companhia diminuiu 2,1% ante igual intervalo do ano passado, para R$ 35,6 bilhões.

Os resultados são reflexo, em parte, do prejuízo de R$ 262 milhões registrado pela BRF (BRFS3) no terceiro trimestre. Em números redondos, 40% do prejuízo da dona da Sadia e Perdigão está incorporado no balanço da companhia de carne bovina de Marcos Molina, principal acionista da BRF.

Os efeitos da oferta reduzida de gado nos Estados Unidos também pesaram. O Ebitda da operação americana caiu 55,7% no terceiro trimestre, para R$ 150 milhões. A margem de dois dígitos do terceiro trimestre (11,9%) do ano passado recuou para 4,4%.

E as perspectivas não são animadoras. O presidente da operação americana da Marfrig, Tim Klein, não enxerga uma recuperação das margens nos EUA em 2022, já que a retenção de fêmeas – sinal que mais bezerros estão para nascer – ainda não está acontecendo.

Para ele, margens melhores nos EUA virão somente no fim de 2025 ou no início de 2026. Por enquanto, ainda que a demanda se mantenha positiva, os preços dos animais seguem elevados.

Na América do Sul, a pressão sobre os preços da carne bovina exportada, sobretudo na China, também prejudicaram os resultados do trimestre. Ainda que a queda dos preços da arroba do boi no Brasil tenha minimizado o efeito do mercado externo, a Marfrig viu o Ebitda de sua operação regional cair 11,8%, para R$ 625,7 milhões.

Segundo Rui Mendonça Júnior, CEO da Marfrig, a companhia buscou reduzir sua “China dependência”, aumentando as vendas no mercado brasileiro de produtos com maior valor agregado e exportando para outros destinos.

As receitas provenientes das exportações para China e Hong Kong representaram 7% da receita do trimestre, menos do que o Oriente Médio, que teve uma fatia de 8%.

“Os preços para a China devem voltar a subir no primeiro trimestre de 2024 com a redução dos estoques. Além disso, as estimativas são de aumento das exportações do Brasil para o ano que vem”, disse Mendonça, durante conversa com jornalistas.

Os resultados da Marfrig (BOV:MRFG3) referente suas operações do terceiro trimestre de 2023 foram divulgados no dia 13/11/2023.

VISÃO DO MERCADO

Itaú BBA

“Como destaque, a BRF relatou um FCFE próximo do ponto de equilíbrio, levando-nos a acreditar que a Marfrig seria responsável pela maior parte da redução da dívida líquida no trimestre”, diz o BBA.

Santander

O time do Santander menciona que, por lá, a companhia trouxe um recuo de 5% dos custos do preço por cabeça – que foi, do outro lado, ofuscado pelos menores preços cobrados. a maior oferta também faz os frigoríficos entrarem em uma competição pelo consumidor.

A empresa teve um resultado um pouco melhor do que o esperado na América do Sul, aproveitando do bom momento do ciclo do gado no Brasil. No entanto, a Marfrig teve suas margens levemente por ter mudado seu foco para o mercado local – por conta da maior oferta no mercado internacional e aproveitando um pico da demanda no Brasil.

“A divisão da América do Sul relatou uma desaceleração de 7% na receita trimestral, apesar do forte crescimento de volume de 25%. Segundo a Marfrig, a demanda no mercado internacional tem sido forte, mas o excesso global de proteína limitou os preços de exportação mais uma vez”, diz o Santander.

“Destacamos a diminuição da contribuição da China no mix de exportações da Marfrig, à medida que outros destinos começaram a se tornar incrementais, diversificando a exposição do segmento a importadores únicos. A receita totalizou R$ 5,4 bilhões, enquanto a maior disponibilidade de gado impulsionou o Ebitda para R$ 626 milhões no trimestre, com uma margem de 11,6%”, fala.

XP

A XP, porém, chamou o resultado do segmento da América do Sul de “surpreendente”.

As casas também mencionaram que a BRF, atualmente maior acionista da Marfrig, também trouxe um resultado positivo.

“O encerramento da venda de 16 fábricas da Marfrig para a Minerva deverá ser fundamental para manter a alavancagem em níveis razoáveis, embora longe de confortáveis, além da melhoria do dinamismo dos lucros da BRF”, expôs a XP.

* Com informações da ADVFN, RI das empresas, Valor, Infomoney, Estadão, Reuters e TC

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