A Petrobras informou que a Refinaria de Petróleo Riograndense (RPR) processou, pela primeira vez, 100% de óleo de soja em uma unidade de refino industrial.
O comunicado foi feito pela companhia (BOV:PETR3) (BOV:PETR4) nesta terça-feira (07).
O teste foi realizado entre fim de outubro e início de novembro a partir de acordo de cooperação assinado, em maio de 2023, entre as empresas que têm participação acionária na RPR (Petrobras, Braskem e Ultra). O acordo previa a utilização das unidades da refinaria para a realização do teste com tecnologias desenvolvidas pelo CENPES.
“A tecnologia, desenvolvida no Centro de Pesquisas, Desenvolvimento e Inovação (CENPES) da Petrobras, permite adotar como carga uma matéria-prima 100% renovável, com inovações de processo e catalisador, gerando produtos petroquímicos integralmente renováveis”, explica a petrolífera. “O processamento de matéria-prima 100% renovável em unidade de craqueamento catalítico fluido (FCC) é o primeiro do mundo.”
Os catalisadores empregados no teste são da linha ReNewFCC e foram produzidos em parceria com a Fábrica Carioca de Catalisadores (FCC SA), uma joint venture entre a Petrobras e a Ketjen, que atua na produção de catalisadores e aditivos para a indústria de refino.
Segundo comunicado, está programada para junho de 2024 a realização de um segundo teste, que será por meio do coprocessamento de carga mineral com bio-óleo (matéria-prima avançada de biomassa não alimentar), gerando propeno, gasolina e diesel, todos com conteúdo renovável.
A Petrobras está investindo em torno de R$ 45 milhões para viabilizar a conclusão do desenvolvimento de processamento de carga renovável.
A companhia também disse estar se preparando para a produção de insumos petroquímicos e combustíveis renováveis como GLP, combustíveis marítimos, propeno e bioaromáticos (BTX – benzeno, tolueno e xileno), usados nas indústrias da borracha sintética, nylon e PVC.
No documento, a estatal afirma que foi identificado, ainda, que os teores alcançados de concentração de BTX, empregando catalisadores, são capazes de atender aos níveis exigidos para formular gasolinas de elevado desempenho, praticamente isenta de enxofre.